2017劳动节放假安排时间表 股市2017年五一放假安

Napole?o | |||||
---|---|---|---|---|---|
![]() Retrato de Napole?o em 1812 por Jacques-Louis David. | |||||
Imperador dos Franceses | |||||
1o Reinado | 18 de maio de 1804 a 11 de abril de 1814 | ||||
Coroa??o | 2 de dezembro de 1804 | ||||
Antecessor(a) | Si próprio como Primeiro C?nsul da República Francesa | ||||
Sucessor(a) | Luís XVIII | ||||
2o Reinado | 20 de mar?o de 1815 a 22 de junho de 1815 | ||||
Predecessor(a) | Luís XVIII | ||||
Sucessor(a) | Luís XVIII | ||||
Primeiro-C?nsul da República Francesa | |||||
Período | 13 de dezembro de 1799 a 18 de maio de 1804 | ||||
Predecessor(a) | Diretório da Primeira República Francesa | ||||
Sucessor(a) | Si próprio como Imperador dos Franceses | ||||
Dados pessoais | |||||
Nascimento | Napole?o Bonaparte 15 de agosto de 1769 Ajaccio, Córsega, Fran?a | ||||
Morte | 5 de maio de 1821 (51 anos) Longwood, Santa Helena | ||||
Sepultado em | H?tel des Invalides, Paris, Fran?a | ||||
Esposas | Josefina de Beauharnais Maria Luísa da áustria | ||||
| |||||
Casa | Bonaparte | ||||
Pai | Carlo Maria Bonaparte | ||||
M?e | Maria Letícia Ramolino | ||||
Religi?o | Catolicismo | ||||
Assinatura | ![]() |
Napole?o Bonaparte[nota 1] (Ajaccio, 15 de agosto de 1769 – Longwood, 5 de maio de 1821) foi um estadista e líder militar francês que ganhou destaque durante a Revolu??o Francesa e liderou várias campanhas militares de sucesso durante as Guerras Revolucionárias Francesas. Foi Imperador dos Franceses como Napole?o I de 1804 a 1814 e brevemente em 1815 durante os Cem Dias. Napole?o dominou os assuntos europeus e globais por mais de uma década, enquanto liderava a Fran?a contra uma série de coaliz?es nas guerras napole?nicas. Ele venceu a maioria desses conflitos e a grande maioria de suas batalhas, construindo um grande império que governava grande parte da Europa continental antes de seu colapso final em 1815. Ele é considerado um dos maiores comandantes da história e suas guerras e campanhas s?o estudadas em escolas militares em todo o mundo. O legado político e cultural de Napole?o perdurou como um dos líderes mais célebres e controversos da história da humanidade.[1][2]
Ele nasceu na Córsega de uma família italiana relativamente modesta, da nobreza menor. Ele estava servindo como oficial de artilharia no exército francês quando a Revolu??o Francesa eclodiu em 1789. Ele rapidamente subiu nas fileiras dos militares, aproveitando as novas oportunidades apresentadas pela Revolu??o e tornando-se general aos 24 anos. O Diretório Francês acabou por lhe dar o comando do Exército da Itália depois que ele suprimiu a revolta dos 13 Vendémiaire contra o governo dos insurgentes realistas. Aos 26 anos, ele iniciou sua primeira campanha militar contra os austríacos e os monarcas italianos alinhados com os Habsburgos, sendo que venceu praticamente todas as batalhas e conquistou a Península Italiana em um ano, enquanto estabelecia "repúblicas irm?s" com apoio local e se tornando um herói de guerra na Fran?a. Em 1798, ele liderou uma expedi??o militar ao Egito que serviu de trampolim para o poder político. Ele orquestrou um golpe em novembro de 1799 e se tornou o primeiro c?nsul da República.
Na primeira década do século XIX, o império francês sob comando de Napole?o se envolveu em uma série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napole?nicas. Após uma sequência de vitórias, a Fran?a garantiu uma posi??o dominante na Europa continental, e Napole?o manteve a esfera de influência da Fran?a, através da forma??o de amplas alian?as e a nomea??o de amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da Fran?a. As campanhas de Napole?o s?o até hoje estudadas nas academias militares de quase todo o mundo. A Campanha da Rússia em 1812 marcou uma virada na sorte de Napole?o. Seu Grande Armée foi seriamente danificado na campanha e nunca se recuperou totalmente. Em 1813, a Sexta Coliga??o derrotou suas for?as em Leipzig. No ano seguinte, a coliga??o invadiu a Fran?a, for?ou Napole?o a abdicar e o exilou na ilha de Elba. Napole?o escapou de Elba em fevereiro de 1815 e assumiu o controle da Fran?a mais uma vez. Os Aliados responderam formando uma Sétima Coaliz?o que o derrotou na Batalha de Waterloo, em junho. Os britanicos o exilaram para a remota ilha de Santa Helena, no Atlantico Sul, onde morreu seis anos depois, aos 51 anos.
A influência de Napole?o no mundo moderno trouxe reformas liberais para os vários territórios que ele conquistou e controlou, como os Países Baixos, a Suí?a e grandes partes da Itália e da Alemanha modernas. Ele implementou políticas liberais fundamentais na Fran?a e em toda a Europa Ocidental. Seu Código Napole?nico influenciou os sistemas legais de mais de 70 na??es em todo o mundo. O historiador britanico Andrew Roberts declara: "As ideias que sustentam nosso mundo moderno — meritocracia, igualdade perante a lei, direitos de propriedade, tolerancia religiosa, educa??o secular moderna, finan?as sólidas etc. — foram defendidas, consolidadas, codificadas e estendidas geograficamente por Napole?o. Além disso, ele também acrescentou uma administra??o local racional e eficiente, o fim do banditismo rural, o incentivo à ciência e às artes, a aboli??o do feudalismo e a maior codifica??o de leis desde a queda do Império Romano".[3]
Juventude

Os ancestrais de Napole?o descendiam da nobreza italiana menor de origem toscana que vieram para a Córsega da Ligúria no século XVI.[4] Napole?o se vangloriou de sua heran?a italiana dizendo: "Eu sou da ra?a que funda impérios" e ele se referiu a si mesmo como "mais italiano ou toscano do que corso".[5] Seus pais, Carlo Maria di Buonaparte e Maria Letizia Ramolino, mantiveram um lar ancestral chamado "Casa Buonaparte" em Ajaccio. Napole?o nasceu lá em 15 de agosto de 1769, seu quarto filho e terceiro menino. Um menino e uma menina nasceram primeiro, mas morreram na infancia. Ele tinha um irm?o mais velho, José, e os irm?os Luciano, Elisa, Luís, Paulina, Carolina e Jer?nimo. Napole?o foi batizado como católico.[6] Embora ele tenha nascido Napoleone di Buonaparte,[7] ele mudou seu nome para Napoleon Bonaparte quando tinha 27 anos em 1796 após seu primeiro casamento.[nota 2]
Napole?o nasceu no mesmo ano em que a República de Gênova, uma antiga comuna da Itália,[11] transferiu a Córsega para a Fran?a.[12] O Estado vendeu direitos de soberania um ano antes de seu nascimento em 1768 e a ilha foi conquistada pela Fran?a durante o ano de seu nascimento e formalmente incorporada como província em 1770, depois de 500 anos sob o domínio genovês e 14 anos de independência.[nota 3] Os pais de Napole?o lutaram contra os franceses para manter a independência, mesmo quando Maria estava grávida dele. Seu pai era um advogado que foi nomeado representante da Córsega na corte de Luís XVI em 1777.[15]
A influência dominante da infancia de Napole?o foi sua m?e, cuja firme disciplina conteve uma crian?a indisciplinada.[15] Mais tarde na vida, Napole?o declarou: "O destino futuro da crian?a é sempre o trabalho da m?e".[16] A avó materna de Napole?o havia se casado com a família suí?a Fesch em seu segundo casamento e o tio de Napole?o, o cardeal Joseph Fesch, cumpriria um papel de protetor da família Bonaparte por alguns anos. A forma??o nobre e moderadamente rica de Napole?o lhe proporcionou maiores oportunidades de estudar do que as disponíveis para um típico corso da época.[17]

Quando ele completou 9 anos,[18][19] mudou-se para o continente francês e se matriculou em uma escola religiosa em Autun em janeiro de 1779. Em maio, ele se transferiu com uma bolsa de estudos para uma academia militar em Brienne-le-Chateau.[20] Na juventude, ele foi um nacionalista franco da Córsega e apoiou a independência do Estado da Fran?a. Como muitos corsos, Napole?o falava e lia corso (como língua materna) e italiano (como língua oficial da Córsega).[21][22][23] Ele come?ou a aprender francês na escola por volta dos 10 anos.[24] Embora tenha se tornado fluente em francês, ele falava com um sotaque distinto da Córsega e nunca aprendeu a escrever corretamente em francês.[25] No entanto, ele n?o era um caso isolado, pois estimava-se em 1790 que menos de 3 milh?es de pessoas, da popula??o de 28 milh?es de franceses, eram capazes de falar o francês padr?o, e os que podiam escrevê-lo eram ainda menos.[26]
Napole?o era rotineiramente intimidado por seus pares por seu sotaque, local de nascimento, baixa estatura, maneirismos e incapacidade de falar francês rapidamente.[22] Bonaparte tornou-se reservado e melancólico, aplicando-se à leitura. Um examinador observou que Napole?o "sempre se destacou por sua aplica??o na matemática. Ele é bastante familiarizado com história e geografia… Esse garoto seria um excelente marinheiro".[nota 4][28] No início da idade adulta, ele pretendeu brevemente tornar-se escritor; ele escreveu sobre a história da Córsega e uma novela romantica.[18]
Após a conclus?o de seus estudos em Brienne, em 1784, Napole?o foi admitido na école Militaire em Paris. Ele treinou para se tornar um oficial de artilharia e, quando a morte de seu pai reduziu sua renda, foi for?ado a concluir o curso de dois anos em um ano.[29] Ele foi o primeiro corso a se formar na école Militaire e foi examinado pelo famoso cientista Pierre-Simon Laplace.[30]
Início de carreira

Ao se formar em setembro de 1785, Bonaparte foi oficializado como segundo tenente no regimento de artilharia.[nota 5][20] Ele serviu em Valence e Auxonne até depois do início da Revolu??o em 1789 e tirou quase dois anos de licen?a na Córsega e Paris durante esse período. Naquela época, ele era um nacionalista corso fervoroso e escreveu ao líder corso Pasquale Paoli em maio de 1789: "Enquanto a na??o estava morrendo, eu nasci. Trinta mil franceses foram vomitados em nossas costas, afogando o trono da liberdade em ondas de sangue. Essa foi a vis?o odiosa que foi a primeira a me impressionar".[32]
Ele passou os primeiros anos da Revolu??o na Córsega, lutando em um complexo conflito de três vias entre monarquistas, revolucionários e nacionalistas da Córsega. Ele era um defensor do movimento republicano jacobino, organizando clubes na Córsega,[33] e recebeu o comando de um batalh?o de voluntários. Ele foi promovido a capit?o do exército regular em julho de 1792, apesar de exceder sua licen?a e liderar uma revolta contra as tropas francesas.[34]
Ele entrou em conflito com Paoli, que havia decidido se separar da Fran?a e sabotar a contribui??o da Córsega à Expédition de Sardaigne, impedindo um ataque francês à ilha da Sardenha em La Maddalena.[35] Bonaparte e sua família fugiram para o continente francês em junho de 1793 por causa da separa??o com Paoli.[36]
Cerco a Toulon

Em julho de 1793, Bonaparte publicou um panfleto pró-republicano intitulado Le souper de Beaucaire (Ceia em Beaucaire) que lhe valeu o apoio de Augustin Robespierre, irm?o mais novo do líder revolucionário Maximilien de Robespierre. Com a ajuda de seu colega corso Antoine Christophe Saliceti, Bonaparte foi nomeado comandante de artilharia das for?as republicanas no cerco de Toulon.[37]
Ele adotou um plano para capturar uma colina onde armas republicanas poderiam dominar o porto da cidade e for?ar os britanicos a evacuar. O ataque à posi??o levou à captura da cidade, mas durante ela Bonaparte foi ferido na coxa. Ele foi promovido a general de brigada aos 24 anos. Chamando a aten??o do Comitê de Seguran?a Pública, ele foi encarregado da artilharia do Exército da Itália na Fran?a.[38]
Napole?o passou algum tempo como inspetor de fortifica??es costeiras na costa do Mediterraneo, perto de Marselha, enquanto aguardava a confirma??o do posto do Exército da Itália. Ele elaborou planos para atacar o Reino da Sardenha como parte da campanha da Fran?a contra a Primeira Coaliz?o. Augustin Robespierre e Saliceti estavam prontos para ouvir o recém-promovido general de artilharia.[39]
O exército francês executou o plano de Bonaparte na Batalha de Saorgio, em abril de 1794, e depois avan?ou para capturar Ormea nas montanhas. De Ormea, seguiram para o oeste para flanquear as posi??es austro-sardenha em torno de Saorge. Depois dessa campanha, Augustin Robespierre enviou Bonaparte em miss?o à República de Gênova para determinar as inten??es daquele país em rela??o à Fran?a.[40]
13 Vendémiaire
Alguns contemporaneos alegaram que Bonaparte foi posto em pris?o domiciliar em Nice por sua associa??o com os Robespierres após a queda na Rea??o Termidoriana em julho de 1794, mas o secretário de Napole?o, Bourrienne, contestou a alega??o em suas memórias. Segundo Bourrienne, o ciúme entre o Exército dos Alpes e o Exército da Itália (com quem Napole?o era destacado na época) era o responsável.[41] Bonaparte enviou uma defesa apaixonada em uma carta ao comissário Saliceti, e posteriormente foi absolvido de qualquer irregularidade.[42] Ele foi libertado em duas semanas e, devido às suas habilidades técnicas, foi convidado a elaborar planos para atacar posi??es italianas no contexto da guerra da Fran?a com a áustria. Ele também participou de uma expedi??o para recuperar a Córsega dos britanicos, mas os franceses foram repelidos pela Marinha Real Britanica.[43]
Em 1795, Bonaparte ficou noivo de Désirée Clary, filha de Fran?ois Clary. A irm? de Désirée, Julie, havia se casado com o irm?o mais velho de Bonaparte, José.[44] Em abril de 1795, ele foi designado para o Exército do Oeste, que estava envolvido na Guerra da Vendéia — uma guerra civil, contra-revolucionária e monarquista em Vendée, uma regi?o no oeste da Fran?a central. No comando de infantaria, foi rebaixado do posto de general de artilharia — para o qual o exército já tinha uma cota total — e ele alegou ter saúde precária para evitar o destacamento.[45]

Ele foi transferido para o Bureau de Topografia do Comitê de Seguran?a Pública e procurou, sem sucesso, ser transferido para Constantinopla, a fim de oferecer seus servi?os ao sult?o turco.[46] Durante esse período, ele escreveu a novela romantica Clisson et Eugénie, sobre um soldado e seu amante, em um claro paralelo ao relacionamento de Bonaparte com Désirée.[47] Em 15 de setembro, Bonaparte foi retirado da lista de generais em servi?o regular por sua recusa em servir na campanha da Vendeia. Ele enfrentou uma situa??o financeira difícil e reduziu as perspectivas de carreira.[48]
Em 3 de outubro, os monarquistas de Paris declararam uma rebeli?o contra a Conven??o Nacional.[49] Paul Barras, líder da Rea??o Termidoriana, conhecia as fa?anhas militares de Bonaparte em Toulon e deu-lhe o comando das for?as improvisadas em defesa da Conven??o no Palácio das Tulherias. Napole?o vira o massacre da Guarda Suí?a do rei três anos antes e percebeu que a artilharia seria a chave para sua defesa.[20]
Ele ordenou que um jovem oficial da cavalaria chamado Joaquim Murat confiscasse grandes canh?es e os usou para repelir os atacantes em 5 de outubro de 1795 (13 Vendémiaire An IV no calendário republicano francês) — 1400 monarquistas morreram e o resto fugiu.[49] Ele havia limpado as ruas com "um cheiro de uva ", de acordo com o historiador do século XIX Thomas Carlyle em A Revolu??o Francesa: Uma História.[50][51]
A derrota da insurrei??o monarquista extinguiu a amea?a à Conven??o e rendeu a Bonaparte fama repentina, riqueza e patrocínio do novo governo, o Diretório. Murat casou-se com uma das irm?s de Napole?o, tornando-se seu cunhado; ele também serviu sob o governo de Napole?o como um de seus generais. Bonaparte foi promovido a comandante do Interior e recebeu o comando do exército da Itália.[36]
Dentro de semanas, ele estava envolvido romanticamente com Jossefina de Beauharnais, a ex-amante de Barras. Os dois se casaram em 9 de mar?o de 1796 em uma cerim?nia civil.[52]
Primeira Campanha Italiana

Dois dias após o casamento, Bonaparte deixou Paris para assumir o comando do Exército da Itália. Ele imediatamente entrou na ofensiva, na esperan?a de derrotar as for?as do Piemonte antes que seus aliados austríacos pudessem intervir. Em uma série de vitórias rápidas durante a Campanha de Montenotte, ele derrubou o Piemonte da guerra em duas semanas. Os franceses ent?o concentraram-se nos austríacos pelo restante da guerra, cujo destaque se tornou a prolongada luta por Mantua. Os austríacos lan?aram uma série de ofensivas contra os franceses para romper o cerco, mas Napole?o derrotou todos os esfor?os de socorro, marcando vitórias nas batalhas de Castiglione, Bassano, Arcole e Rivoli. O triunfo decisivo da Fran?a em Rivoli, em janeiro de 1797, levou ao colapso da posi??o austríaca na Itália. Em Rivoli, os austríacos perderam até 14 mil homens, enquanto os franceses perderam cerca de 5 mil.[53]
A próxima fase da campanha contou com a invas?o francesa no cora??o dos Habsburgos. As for?as francesas no sul da Alemanha foram derrotadas pelo austríaco arquiduque Carlos em 1796, mas o arquiduque retirou suas for?as para proteger Viena depois de aprender sobre a forma de ataque de Napole?o. No primeiro encontro entre os dois comandantes, Napole?o afastou seu oponente e avan?ou profundamente no território austríaco depois de vencer na Batalha de Tarvis, em mar?o de 1797. Os austríacos ficaram alarmados com o impulso francês que chegou até Leoben, cerca de 100 km de Viena, e finalmente decidiu negociar pela paz.[54] O Tratado de Leoben, seguido pelo mais abrangente Tratado de Campoformio, deu à Fran?a o controle da maior parte do norte da Itália e dos Países Baixos, e uma cláusula secreta prometeu a República de Veneza para a áustria. Bonaparte marchou sobre Veneza e for?ou sua rendi??o, encerrando 1 100 anos de independência da cidade. Ele também autorizou os franceses a saquear tesouros como os Cavalos de S?o Marcos.[55]
Sua aplica??o de ideias militares convencionais a situa??es do mundo real permitiu seus triunfos militares, como o uso criativo da artilharia como for?a móvel para apoiar sua infantaria. Ele afirmou mais tarde na vida: "Lutei sessenta batalhas e n?o aprendi nada que n?o sabia no início. Olhe para César; ele lutou contra o primeiro como o último".[56]

Bonaparte poderia vencer batalhas ocultando o destacamento de tropas e concentrando suas for?as na "articula??o" da frente enfraquecida de um inimigo. Se ele n?o pudesse usar sua favorita estratégia de pin?a, ele assumia a posi??o central e atacava duas for?as cooperantes em suas dobradi?as: girava para lutar contra uma até que ela fugisse, depois se virava para a outra.[57] Nesta campanha italiana, o exército de Bonaparte capturou 150 mil prisioneiros, 540 canh?es e 170 bandeiras.[58] O exército francês travou 67 a??es e venceu 18 batalhas com a tecnologia de artilharia superior e as táticas de Bonaparte.[59]
Durante a campanha, Bonaparte tornou-se cada vez mais influente na política francesa. Ele fundou dois jornais: um para as tropas em seu exército e outro para circula??o na Fran?a.[60] Os monarquistas atacaram Bonaparte por saquear a Itália e advertiram que ele poderia se tornar um ditador.[61] As for?as de Napole?o extraíram cerca de 45 milh?es de dólares em fundos da Itália durante sua campanha no país e outros 12 milh?es de dólares em metais preciosos e joias. Suas for?as também confiscaram mais de trezentas pinturas e esculturas de valor inestimável.[62]
Bonaparte enviou o general Pierre Augereau a Paris para liderar um golpe de Estado e expurgar os monarquistas em 4 de setembro — golpe de 18 Frutidor. Isso deixou Barras e seus aliados republicanos no controle novamente, mas dependentes de Bonaparte, que iniciou as negocia??es de paz com a áustria. Essas negocia??es resultaram no Tratado de Campoformio e Bonaparte retornou a Paris em dezembro como um herói.[63] Ele conheceu Talleyrand, o novo ministro das Rela??es Exteriores da Fran?a e eles come?aram a se preparar para uma invas?o da Gr?-Bretanha.[36]
Expedi??o egípcia

Após dois meses de planejamento, Bonaparte decidiu que o poder naval da Fran?a ainda n?o era forte o suficiente para enfrentar a Marinha Real Britanica. Ele decidiu por uma expedi??o militar para tomar o Egito e, assim, minar o acesso da Gr?-Bretanha aos seus interesses comerciais na índia.[36] Bonaparte desejava estabelecer uma presen?a francesa no Oriente Médio, ligando-se a Tipu, o sult?o de Mysore que travou as longas quatro guerras Anglo-Mai?or durante a invas?o britanica da índia.[64] Napole?o assegurou ao Diretório que "assim que conquistasse o Egito, ele estabeleceria rela??es com os príncipes indianos e, juntamente com eles, atacaria os ingleses em seus domínios".[65] O Diretório concordou em garantir uma rota comercial para a índia.[66]
Em maio de 1798, Bonaparte foi eleito membro da Academia Francesa de Ciências. Sua expedi??o egípcia incluiu um grupo de 167 cientistas, entre matemáticos, naturalistas, químicos e geodesistas. Suas descobertas incluíram a Pedra de Roseta e seu trabalho foi publicado na Description de l'égypte em 1809.[67]
A caminho do Egito, Bonaparte chegou a Malta em 9 de junho de 1798, controlada pela ordem dos Cavaleiros Hospitalários. O gr?o-mestre Ferdinand von Hompesch zu Bolheim se rendeu sem resistir, e assim Bonaparte capturou uma importante base naval com a perda de apenas três homens.[68]
O general Bonaparte e sua expedi??o escaparam às buscas em seu encal?o feitas pela Marinha Real Britanica, e desembarcaram em Alexandria em 1o de julho.[36] Ele travou a Batalha de Shubra Khit contra os mamelucos, a casta militar dominante do Egito. Isso ajudou os franceses a praticar sua tática defensiva para a Batalha das Piramides, travada em 21 de julho, por volta de 24 km das piramides. As for?as do general Bonaparte, de 25 mil, eram aproximadas às da cavalaria egípcia dos mamelucos. Vinte e nove franceses[69] e aproximadamente dois mil egípcios foram mortos. A vitória impulsionou o moral do exército francês.[70]

Em 1o de agosto de 1798, a frota britanica sob comando de Horatio Nelson capturou ou destruiu todos, exceto dois navios franceses na Batalha do Nilo, derrotando o objetivo de Bonaparte de fortalecer a posi??o francesa no Mediterraneo.[71] Seu exército conseguiu um aumento temporário do poder francês no Egito, apesar de enfrentar repetidas revoltas.[72] No início de 1799, ele transferiu um exército para a província otomana de Damasco (Síria e Galiléia). Bonaparte liderou esses 13 mil soldados franceses na conquista das cidades costeiras de Arish, Gaza, Jaffa e Haifa.[73] O ataque a Jaffa foi particularmente brutal. Bonaparte descobriu que muitos dos defensores eram ex-prisioneiros de guerra em liberdade condicional, por isso ordenou que a guarni??o e 1 400 prisioneiros fossem executados por baioneta ou afogamento para economizar balas. Homens, mulheres e crian?as foram roubados e assassinados por três dias.[74]
Bonaparte come?ou com um exército de 13 mil homens; 1,5 mil desapareceram, 1,2 mil morreram em combate e milhares morreram de doen?as — principalmente a peste bub?nica. Ele n?o conseguiu reduzir a fortaleza do Acre, ent?o marchou com seu exército de volta ao Egito em maio. Para acelerar o retiro, Bonaparte ordenou que os homens atingidos pela peste fossem envenenados com ópio; o número de mortos permanece em disputa, variando de um mínimo de 30 a um máximo de 580. Ele também trouxe mil homens feridos.[75] De volta ao Egito, em 25 de julho, Bonaparte derrotou uma invas?o anfíbia otomana em Abukir.[76]
Governante da Fran?a

Enquanto estava no Egito, Bonaparte se manteve informado dos assuntos europeus. Ele soube que a Fran?a havia sofrido uma série de derrotas na Guerra da Segunda Coaliz?o.[77] Em 24 de agosto de 1799, ele aproveitou a partida temporária de navios britanicos dos portos costeiros franceses e partiu para a Fran?a continental, apesar de n?o ter recebido ordens explícitas de Paris.[71] O exército ficou a cargo de Jean-Baptiste Kléber.[78]
Desconhecido por Bonaparte, o Diretório havia enviado ordens para que ele voltasse para evitar possíveis invas?es do solo francês, mas más linhas de comunica??o impediam a entrega dessas mensagens.[77] Quando chegou a Paris em outubro, a situa??o da Fran?a havia sido melhorada por uma série de vitórias. A República, no entanto, estava falida e o Diretório ineficaz era impopular com a popula??o francesa.[79] O Diretório discutia a "deser??o" de Bonaparte, mas era fraco demais para puni-lo.
Apesar das falhas no Egito, Napole?o voltou às boas-vindas de um herói. Ele firmou uma alian?a com o diretor Emmanuel Joseph Sieyès, seu irm?o Luciano Bonaparte, o presidente do Conselho dos Quinhentos, Roger Ducos, o diretor Joseph Fouché e Talleyrand; assim eles derrubaram o Diretório através de um golpe de Estado em 9 de novembro de 1799 ("o 18 Brumaire" de acordo com o calendário revolucionário), fechando o Conselho dos Quinhentos. Napole?o tornou-se "primeiro c?nsul" por dez anos, com dois c?nsules nomeados por ele que tinham apenas vozes consultivas. Seu poder foi confirmado pela nova "Constitui??o do Ano VIII", originalmente criada por Sieyès para dar a Napole?o um papel menor, mas reescrita por Napole?o e aceita pelo voto popular direto (3 milh?es a favor, 1 567 contra). A constitui??o preservou a aparência de uma república, mas, na realidade, estabeleceu uma ditadura.[80][81]
Consulado da Fran?a

Napole?o estabeleceu um sistema político que o historiador Martyn Lyons chamou de "ditadura por plebiscito".[82] Preocupado com as for?as democráticas desencadeadas pela Revolu??o, mas n?o querendo ignorá-las completamente, Napole?o recorreu a consultas eleitorais regulares com o povo francês em seu caminho para o poder imperial. Ele redigiu a Constitui??o do ano VIII e garantiu sua própria elei??o como primeiro c?nsul, residindo nas Tulherias. A constitui??o foi aprovada em um plebiscito fraudulento realizado em janeiro seguinte, com 99,94% oficialmente listado como voto "sim".[83]
O irm?o de Napole?o, Luciano, falsificou os números para mostrar que 3 milh?es de pessoas haviam participado do plebiscito. O número real foi de 1,5 milh?o.[82] Observadores políticos na época supunham que o público votante francês elegível continha cerca de 5 milh?es de pessoas, ent?o o regime duplicou artificialmente a taxa de participa??o para indicar entusiasmo popular pelo consulado. Nos primeiros meses do consulado, com a guerra na Europa ainda violenta e a instabilidade interna ainda atormentando o país, o domínio de Napole?o no poder permaneceu muito tênue.[84]
Na primavera de 1800, Napole?o e suas tropas cruzaram os Alpes suí?os rumo a Itália, com o objetivo de surpreender os exércitos austríacos que haviam reocupado a península quando Napole?o ainda estava no Egito.[nota 6] Após uma difícil travessia pelos Alpes, o exército francês entrou nas planícies do norte da Itália praticamente sem oposi??o.[86] Enquanto um exército francês se aproximava do norte, os austríacos estavam ocupados com outro estacionado em Gênova, cercado por uma for?a substancial. A feroz resistência deste exército francês, sob comando de André Masséna, deu à for?a do norte algum tempo para realizar suas opera??es com pouca interferência.[87]
Depois de passar vários dias procurando um pelo outro, os dois exércitos colidiram na Batalha de Marengo em 14 de junho. O inimigo austríaco general Melas tinha uma vantagem numérica, tendo cerca de 30 mil soldados austríacos, enquanto Napole?o comandava 24 mil tropas francesas.[88] A batalha come?ou favoravelmente para os austríacos quando o ataque inicial surpreendeu os franceses e gradualmente os levou a recuar. Melas afirmou que havia vencido a batalha e se retirou para sua sede por volta das 15 horas, deixando seus subordinados encarregados de perseguir os franceses.[89] As linhas francesas nunca quebraram durante seu retiro tático. Napole?o constantemente cavalgava entre as tropas pedindo-lhes que se levantassem e lutassem.[90]
No final da tarde, uma divis?o completa sob Desaix chegou ao campo e reverteu a maré da batalha. Uma série de barreiras de artilharia e cavalaria dizimaram o exército austríaco, que fugiu do rio Bormida de volta para a cidade piemontesa de Alexandria, deixando para trás 14 mil baixas.[90] No dia seguinte, o exército austríaco concordou em abandonar o norte da Itália mais uma vez com a Conven??o de Alexandria, que lhes concedia passagem segura para solo amigável em troca de suas fortalezas em toda a regi?o.

Embora os críticos tenham culpado Napole?o por vários erros táticos anteriores à batalha, eles também elogiaram sua audácia por escolher uma estratégia de campanha arriscada, optando por invadir a península italiana do norte quando a grande maioria das invas?es francesas vieram do oeste, próximo ou ao longo do litoral.[91] Como Chandler aponta, Napole?o passou quase um ano tirando os austríacos da Itália em sua primeira campanha. Em 1800, ele levou apenas um mês para atingir o mesmo objetivo. O estrategista e marechal de campo alem?o Alfred von Schlieffen concluiu que "Bonaparte n?o aniquilou seu inimigo, mas o eliminou e o tornou inofensivo" enquanto "[atingiu] o objetivo da campanha: a conquista do norte da Itália".[92]
O triunfo de Napole?o em Marengo garantiu sua autoridade política e aumentou sua popularidade em casa, mas n?o levou a uma paz imediata. O irm?o de Bonaparte, José, liderou as complexas negocia??es em Lunéville e relatou que a áustria, encorajada pelo apoio britanico, n?o reconheceria o novo território que a Fran?a havia adquirido. à medida que as negocia??es se tornavam cada vez mais difíceis, Bonaparte deu ordens a seu general Moreau para atacar a áustria mais uma vez. Moreau e os franceses varreram a Baviera e obtiveram uma vitória esmagadora em Hohenlinden em dezembro de 1800. Como resultado, os austríacos capitularam e assinaram o Tratado de Lunéville em fevereiro de 1801. O tratado reafirmou e expandiu os ganhos franceses anteriores em Campo Formio.[93]
Paz temporária na Europa
Após uma década de guerra constante, a Fran?a e o Reino Unido assinaram o Tratado de Amiens em mar?o de 1802, encerrando as Guerras Revolucionárias. Amiens pediu a retirada das tropas britanicas dos territórios coloniais conquistados recentemente, bem como garantias para reduzir os objetivos expansionistas da República Francesa.[87] Com a Europa em paz e a economia em recupera??o, a popularidade de Napole?o alcan?ou seus níveis mais altos sob o Consulado, tanto no país como no exterior.[94] Em um novo plebiscito durante a primavera de 1802, o público francês saiu em grande número para aprovar uma constitui??o que tornou permanente o Consulado, elevando essencialmente Napole?o a ditador por toda a vida.
Enquanto o plebiscito, dois anos antes, havia levado 1,5 milh?o de pessoas às urnas, o novo referendo levou 3,6 milh?es a votar (72% de todos os eleitores elegíveis).[95] N?o houve vota??o secreta em 1802 e poucas pessoas queriam desafiar abertamente o regime. A constitui??o obteve aprova??o com mais de 99% dos votos. Seus amplos poderes foram explicitados na nova constitui??o: Artigo 1. O nome do povo francês e o Senado proclama Napole?o-Bonaparte primeiro c?nsul por toda a vida.[96] Depois de 1802, ele era geralmente chamado de Napole?o e n?o de Bonaparte.[31]

A breve paz na Europa permitiu que Napole?o se concentrasse nas col?nias francesas no exterior. S?o Domingos conseguiu adquirir um alto nível de autonomia política durante as Guerras Revolucionárias, com Toussaint Louverture se instalando como ditador de fato em 1801. Napole?o viu sua chance de recuperar a antiga col?nia rica quando assinou o Tratado de Amiens. Na década de 1780, S?o Domingos era a col?nia mais rica da Fran?a, produzindo mais a?úcar do que todas as col?nias das Antilhas Britanicas juntas. No entanto, durante a Revolu??o, a Conven??o Nacional votou pela aboli??o da escravid?o em fevereiro de 1794.[97] Sob os termos de Amiens, Napole?o concordou em apaziguar as demandas britanicas por n?o abolir a escravid?o em nenhuma col?nia onde o decreto de 1794 nunca havia sido implementado. No entanto, o decreto de 1794 só foi implementado em S?o Domingos, Guadalupe e Guiana e era uma carta morta no Senegal, Maurício, Reuni?o e Martinica, a última das quais conquistada pelos britanicos, que mantinham a institui??o da escravid?o naquela ilha do Caribe.[98]
Em Guadalupe, a lei de 1794 aboliu a escravid?o e foi violentamente aplicada por Victor Hugues contra a oposi??o de proprietários de escravos. No entanto, quando a escravid?o foi restabelecida em 1802, houve uma revolta de escravos por Louis Delgres.[99] A lei resultante de 20 de maio teve o propósito expresso de restabelecer a escravid?o em S?o Domingos, Guadalupe e Guiana Francesa, e restaurou a escravid?o por todo o Império Francês e suas col?nias do Caribe por mais meio século, enquanto o comércio transatlantico francês de escravos continuou por outros vinte anos.[100][101][102][103][104]
Napole?o enviou uma expedi??o sob o comando do seu cunhado, o general Leclerc, para reafirmar o controle sobre S?o Domingos. Embora os franceses tenham conseguido capturar Toussaint Louverture, a expedi??o fracassou quando altas taxas de doen?as prejudicaram o exército francês, e Jean Jacques Dessalines conquistou uma série de vitórias, primeiro contra Leclerc, e quando ele morreu de febre amarela, depois contra Donatien-Marie Joseph de Vimeur, vice-presidente de Rochambeau, a quem Napole?o enviou para ajudar Leclerc com outros 20 mil homens. Em maio de 1803, Napole?o reconheceu a derrota e as últimas 8 mil tropas francesas deixaram a ilha e os escravos proclamaram uma república independente que eles chamaram de Haiti em 1804. No processo, Dessalines tornou-se indiscutivelmente o comandante militar de maior sucesso na luta contra a Fran?a napole?nica.[105][106] Vendo o fracasso de seus esfor?os coloniais, Napole?o decidiu em 1803 vender o Território da Luisiana para os Estados Unidos, duplicando instantaneamente o tamanho dos EUA. O pre?o de venda na Compra da Luisiana era inferior a três centavos por acre, um total de 15 milh?es de dólares.[1][107]
A paz com a Gr?-Bretanha mostrou-se desconfortável e controversa.[108] A Gr?-Bretanha n?o evacuou Malta como prometido e protestou contra a anexa??o do Piemonte por Bonaparte e seu Ato de Media??o, que estabeleceu uma nova Confedera??o Suí?a. Nenhum desses territórios foi coberto por Amiens, mas eles inflamaram as tens?es significativamente.[109] A disputa culminou em uma declara??o de guerra da Gr?-Bretanha em maio de 1803; Napole?o respondeu remontando o campo de invas?o em Boulogne.[71]
Império Francês

Durante o Consulado, Napole?o enfrentou vários planos de assassinato feitos por monarquista e jacobinos, incluindo os conspira??o des poignards (Dagger enredo) em outubro 1800 e o Lote da Rue Saint-Nicaise (também conhecido como a Máquina Infernal) dois meses depois.[110] Em janeiro de 1804, sua polícia descobriu um plano de assassinato contra ele que envolvia Moreau e que era ostensivamente patrocinado pela família Bourbon, ex-governantes da Fran?a. A conselho de Talleyrand, Napole?o ordenou o sequestro do duque de Enghien, violando a soberania de Baden. O duque foi rapidamente executado após um julgamento militar secreto, mesmo que ele n?o estivesse envolvido na trama.[111]
Para expandir seu poder, Napole?o usou esses planos de assassinato para justificar a cria??o de um sistema imperial baseado no modelo romano. Ele acreditava que uma restaura??o Bourbon seria mais difícil se a sucess?o de sua família estivesse entrincheirada na constitui??o.[112] Lan?ando mais um referendo, Napole?o foi eleito Imperador dos franceses por uma contagem superior a 99%.[95] Como no Consulado Perpétuo, dois anos antes, este referendo produziu forte participa??o, trazendo quase 3,6 milh?es de eleitores para as vota??es.

Madame de Rémusat, uma observadora atenta da ascens?o de Bonaparte ao poder absoluto, explica que "os homens desgastados pela turbulência da Revolu??o […] procuravam o domínio de um governante capaz" e que "as pessoas acreditavam sinceramente que Bonaparte, seja como c?nsul ou imperador, exerceria sua autoridade e os salvaria dos perigos da anarquia".[113]
A coroa??o de Napole?o, oficiada pelo Papa Pio VII, ocorreu na Notre Dame de Paris, em 2 de dezembro de 1804. Duas coroas separadas foram trazidas para a cerim?nia: uma coroa de louros dourada lembrando o Império Romano e uma réplica da coroa de Carlos Magno.[114]
Guerra da Terceira Coaliz?o

A Gr?-Bretanha havia quebrado a Paz de Amiens declarando guerra à Fran?a em maio de 1803.[115] Em dezembro de 1804, um acordo anglo-sueco se tornou o primeiro passo para a cria??o da Terceira Coaliz?o. Em abril de 1805, a Gr?-Bretanha também assinou uma alian?a com a Rússia.[116] A áustria havia sido derrotada pela Fran?a duas vezes na memória recente e queria vingan?a, por isso se juntou à coaliz?o alguns meses depois.[117]
Antes da forma??o da Terceira Coaliz?o, Napole?o havia reunido uma for?a de invas?o, o Armée d'Angleterre, em torno de seis campos em Boulogne, no norte da Fran?a. Ele pretendia usar essa for?a de invas?o para atacar a Inglaterra. Eles nunca invadiram, mas as tropas de Napole?o receberam treinamento cuidadoso e inestimável para futuras opera??es militares.[118] Os homens de Boulogne formaram o núcleo do que Napole?o mais tarde chamou de La Grande Armée. No início, esse exército francês tinha cerca de 200 mil homens organizados em sete corpos, que eram grandes unidades de campo que continham 36 a 40 canh?es cada e eram capazes de a??o independente até que outros corpos pudessem resgatar.[119]
Um único corpo adequadamente situado em uma forte posi??o defensiva poderia sobreviver pelo menos um dia sem apoio, dando ao Grande Armée inúmeras op??es estratégicas e táticas em todas as campanhas. No topo dessas for?as, Napole?o criou uma reserva de cavalaria de 22 mil membros organizada em duas divis?es de coura?as, quatro divis?es de drag?es montados, uma divis?o de drag?es desmontados e uma de cavalaria leve, todas apoiadas por 24 pe?as de artilharia.[120] Em 1805, o Grande Armée havia crescido para uma for?a de 350 mil homens, que estavam bem equipados, bem treinados e liderados por oficiais competentes.[121]
Napole?o sabia que a frota francesa n?o poderia derrotar a Marinha Real em uma batalha frente a frente, ent?o ele planejou atraí-la para longe do Canal da Mancha através de táticas diversificadas.[122] A principal ideia estratégica envolveu a marinha francesa escapar dos bloqueios britanicos de Toulon e Brest e amea?ar atacar as índias Ocidentais. Esperava-se que, diante desse ataque, os britanicos enfraquecessem sua defesa das abordagens ocidentais enviando navios para o Caribe, permitindo que uma frota franco-espanhola combinada assumisse o controle do canal por tempo suficiente para os exércitos franceses atravessarem e invadirem. No entanto, o plano se desenrolou após a vitória britanica na Batalha do Cabo Finisterra, em julho de 1805. O almirante francês Villeneuve ent?o se retirou para Cádis, em vez de se juntar às for?as navais francesas em Brest para um ataque ao Canal da Mancha.[123]
Em agosto de 1805, Napole?o havia percebido que a situa??o estratégica havia mudado fundamentalmente. Enfrentando uma invas?o potencial de seus inimigos continentais, ele decidiu atacar primeiro e desviou as vistas de seu exército do Canal da Mancha para o Reno. Seu objetivo básico era destruir os exércitos austríacos isolados no sul da Alemanha antes que seus aliados russos pudessem chegar. Em 25 de setembro, após grande sigilo e marcha febril, 200 mil tropas francesas come?aram a atravessar o Reno em uma frente de 260 km.[124][125]
O comandante austríaco Karl Mack reuniu a maior parte do exército austríaco na fortaleza de Ulm, na Suábia. Napole?o balan?ou suas for?as para o sudeste e o Grande Armée realizou um elaborado movimento de roda que ultrapassava as posi??es austríacas. A manobra de Ulm surpreendeu completamente o general Mack, que tardiamente entendeu que seu exército havia sido cortado. Após alguns pequenos conflitos que culminaram na Batalha de Ulm, Mack finalmente se rendeu depois de perceber que n?o havia como romper o cerco francês. Por apenas duas mil baixas francesas, Napole?o conseguiu capturar um total de 60 mil soldados austríacos através da marcha rápida de seu exército.[126] A Campanha de Ulm é geralmente considerada uma obra-prima estratégica e teve influência no desenvolvimento do Plano Schlieffen no final do século XIX.[126]

Após a campanha de Ulm, as for?as francesas conseguiram capturar Viena em novembro. A queda de Viena proporcionou aos franceses uma enorme recompensa ao capturar 100 mil mosquetes, 500 canh?es e as pontes intactas do outro lado do Danúbio.[127] Nesta conjuntura crítica, o czar Alexandre I e o Sacro Imperador Romano Francisco II decidiram envolver Napole?o na batalha, apesar das reservas de alguns de seus subordinados. Napole?o enviou seu exército para o norte em busca dos Aliados, mas depois ordenou que suas for?as recuassem para que ele pudesse fingir uma grave fraqueza.[128]
Desesperado para atrair os Aliados para a batalha, Napole?o deu todas as indica??es nos dias que precederam o combate de que o exército francês estava em um estado lamentável, mesmo abandonando as dominantes Pratzen Heights, perto da vila de Austerlitz. Na Batalha de Austerlitz, na Morávia, em 2 de dezembro, ele desdobrou o exército francês abaixo das Colinas de Pratzen e enfraqueceu deliberadamente seu flanco direito, seduzindo os Aliados a lan?ar um ataque importante na esperan?a de enrolar toda a linha francesa. Uma marcha for?ada de Viena pelo marechal Davout e seu III Corpo preencheu a lacuna deixada por Napole?o bem a tempo.[128]
Enquanto isso, o forte destacamento dos Aliados contra o flanco direito francês enfraqueceu seu centro nas Colinas de Pratzen, que foram violentamente atacadas pelo IV Corpo do Marechal Soult. Com o centro aliado demolido, os franceses varreram os dois flancos inimigos e fizeram as for?as aliadas a fugir caoticamente, capturando milhares de prisioneiros no processo. A batalha é frequentemente vista como uma obra-prima tática por causa da execu??o quase perfeita de um plano calibrado, mas perigoso — da mesma estatura de Canas, o célebre triunfo de Aníbal cerca de dois mil anos antes.[128]
O desastre aliado em Austerlitz abalou significativamente a fé do imperador Francisco no esfor?o de guerra liderado pelos britanicos. A Fran?a e a áustria concordaram com o armistício imediatamente e o Tratado de Pressburg se seguiu logo depois, em 26 de dezembro. Pressburg tirou a áustria da guerra e da Coaliz?o, refor?ando os tratados anteriores de Campo Formio e Lunéville entre as duas potências. O tratado confirmou a perda austríaca de terras para a Fran?a na Itália e na Baviera e na Alemanha para aliados alem?es de Napole?o. Também imp?s uma indeniza??o de 40 milh?es de francos aos Habsburgos derrotados e permitiu que as tropas russas em fuga passassem livremente por territórios hostis e retornassem ao seu território. Napole?o continuou dizendo: "A batalha de Austerlitz é a melhor de todas as que lutei".[129] Frank McLynn sugere que Napole?o teve tanto sucesso em Austerlitz que perdeu o contato com a realidade e o que costumava ser a política externa francesa se tornou uma "política napole?nica pessoal".[130] Vincent Cronin discorda, afirmando que Napole?o n?o era excessivamente ambicioso para si mesmo, "ele encarnou as ambi??es de trinta milh?es de franceses".[131]
Alian?as no Oriente Médio

Napole?o continuou a organizar um grande plano para estabelecer uma presen?a francesa no Oriente Médio, a fim de pressionar a Gr?-Bretanha e a Rússia, e talvez formar uma alian?a com o Império Otomano.[64] Em fevereiro de 1806, o imperador otomano Selim III reconheceu Napole?o como imperador. Ele também optou por uma alian?a com a Fran?a, chamando-a de "nosso aliado sincero e natural".[132] Essa decis?o levou o Império Otomano a uma guerra perdida contra a Rússia e a Gr?-Bretanha. Também foi formada uma alian?a franco-persa entre Napole?o e o Império Persa de Fat'h-Ali Shah Qajar. Ele entrou em colapso em 1807, quando a Fran?a e a Rússia formaram uma alian?a inesperada. No final, Napole?o n?o fez alian?as efetivas no Oriente Médio.[133]
Guerra da Quarta Coaliz?o e Tilsit
Após Austerlitz, Napole?o estabeleceu a Confedera??o do Reno em 1806. Uma cole??o de Estados alem?es que pretendiam servir como uma zona tamp?o entre a Fran?a e a Europa Central, a cria??o da Confedera??o significou o fim do Sacro Império Romano e alarmou significativamente os prussianos. A descarada reorganiza??o do território alem?o pelos franceses arriscou amea?ar a influência prussiana na regi?o, se n?o a eliminar completamente. A febre da guerra em Berlim aumentou constantemente durante o ver?o de 1806. Por insistência de sua corte, especialmente de sua esposa, a rainha Louise, Frederico Guilherme III decidiu desafiar o domínio francês da Europa Central entrando em guerra.[134]

As manobras militares come?aram em setembro de 1806. Em uma carta ao marechal Soult, detalhando o plano da campanha, Napole?o descreveu os aspectos essenciais da guerra napole?nica e introduziu a frase le bataillon-carré ("batalh?o quadrado").[135] No sistema bataillon-carré, os vários corpos do Grande Armée marchavam uniformemente juntos, a uma curta distancia de apoio. Se um único corpo fosse atacado, os outros poderiam rapidamente entrar em a??o e chegar para ajudar.[136]
Napole?o invadiu a Prússia com 180 mil soldados, marchando rapidamente na margem direita do rio Saale. Como nas campanhas anteriores, seu objetivo fundamental era destruir um oponente antes que refor?os de outro pudessem influenciar o equilíbrio da guerra. Ao saber o paradeiro do exército prussiano, os franceses seguiram para o oeste e cruzaram o Saale com for?a esmagadora. Na Batalha de Jena–Auerstedt, travada em 14 de outubro, os franceses derrotaram convincentemente os prussianos e infligiram pesadas baixas. Com vários comandantes importantes mortos ou incapacitados, o rei prussiano mostrou-se incapaz de comandar efetivamente o exército, que come?ou a se desintegrar rapidamente.[136]
Em uma persegui??o que simbolizava o "pico da guerra napole?nica", de acordo com o historiador Richard Brooks,[136] os franceses conseguiram capturar 140 mil soldados, mais de dois mil canh?es e centenas de vag?es de muni??o, tudo em um único mês. O historiador David Chandler escreveu sobre as for?as da Prússia: "Nunca a moral de nenhum exército foi mais completamente destruída".[135]
Após seu triunfo, Napole?o imp?s os primeiros elementos do Sistema Continental através do Decreto de Berlim emitido em novembro de 1806. O Sistema Continental, que proibia as na??es europeias de negociar com a Gr?-Bretanha, foi amplamente violado ao longo de seu reinado.[137][138] Nos meses seguintes, Napole?o marchou contra os exércitos russos que avan?avam pela Pol?nia e esteve envolvido no sangrento impasse na Batalha de Eylau, em fevereiro de 1807.[139] Após um período de descanso e consolida??o de ambos os lados, a guerra recome?ou em junho, com uma luta inicial em Heilsberg que se mostrou indecisa.[140]
Em 14 de junho, Napole?o obteve uma vitória esmagadora sobre os russos na Batalha de Friedland, destruindo a maioria do exército russo em uma luta muito sangrenta. A escala de sua derrota convenceu os russos a fazer as pazes com os franceses. Em 19 de junho, o czar Alexandre enviou um enviado para procurar um armistício com Napole?o. Este último assegurou ao enviado que o rio Vístula representava as fronteiras naturais entre a influência francesa e russa na Europa. Nessa base, os dois imperadores iniciaram negocia??es de paz na cidade de Tilsit, depois de se encontrarem em uma balsa ic?nica no rio Niemen. A primeira coisa que Alexandre disse a Napole?o provavelmente foi: "Eu odeio os ingleses tanto quanto você".[140]
Alexandre enfrentou a press?o de seu irm?o, duque Constantino, para fazer as pazes com Napole?o. Dada a vitória que ele acabara de alcan?ar, o imperador francês ofereceu aos russos termos relativamente brandos — exigindo que a Rússia ingresse no Sistema Continental, retirasse suas for?as da Valáquia e Moldávia e entregasse as Ilhas J?nicas à Fran?a.[141] Por outro lado, Napole?o ditou termos de paz muito severos para a Prússia, apesar das incessantes exorta??es da rainha Luísa. Apagando metade dos territórios da Prússia do mapa, Napole?o criou um novo reino de 2 800 quil?metros quadrados chamado Vestfália e nomeou seu jovem irm?o Jér?me como seu monarca. O tratamento humilhante da Prússia em Tilsit causou um antagonismo profundo e amargo que se apodreceu à medida que a era napole?nica progredia. Além disso, as pretens?es de Alexandre de fazer amizade com Napole?o levaram este a julgar seriamente as verdadeiras inten??es de seu colega russo, que violaria numerosas disposi??es do tratado nos próximos anos. Apesar desses problemas, os Tratados de Tilsit finalmente deram uma trégua na guerra de Napole?o e permitiram que ele retornasse à Fran?a, que ele n?o visitava há mais de 300 dias.[142]
Guerra Peninsular e Erfurt

Os assentamentos em Tilsit deram a Napole?o tempo para organizar seu império. Um de seus principais objetivos tornou-se a aplica??o do sistema continental contra os britanicos. Ele decidiu concentrar sua aten??o no Reino de Portugal, que constantemente violava suas proibi??es comerciais. Após a derrota na Guerra das Laranjas em 1801, Portugal adotou uma política de dupla face. A princípio, Jo?o VI concordou em fechar seus portos ao comércio britanico. A situa??o mudou drasticamente após a derrota franco-espanhola em Trafalgar; Jo?o ficou mais ousado e retomou oficialmente as rela??es diplomáticas e comerciais com a Gr?-Bretanha. Insatisfeito com essa mudan?a de política do governo português, Napole?o negociou um tratado secreto com Carlos IV de Espanha e enviou um exército para invadir Portugal.[143] Em 17 de outubro de 1807, 24 mil tropas francesas sob o comando do general Junot cruzaram os Pirenéus com a coopera??o espanhola e se dirigiram a Portugal para fazer cumprir as ordens de Napole?o.[144] Esse ataque foi o primeiro passo no que acabaria se tornando a Guerra Peninsular, uma luta de seis anos que minou significativamente a for?a francesa. Durante o inverno de 1808, os agentes franceses se envolveram cada vez mais nos assuntos internos da Espanha, tentando incitar a discórdia entre os membros da família real espanhola. Em 16 de fevereiro de 1808, as maquina??es francesas secretas finalmente se materializaram quando Napole?o anunciou que iria intervir para mediar entre as fac??es políticas rivais no país.[145]
O marechal Murat levou 120 mil soldados para a Espanha. Os franceses chegaram a Madri em 24 de mar?o,[146] onde revoltas selvagens contra a ocupa??o eclodiram poucas semanas depois. Napole?o nomeou seu irm?o, José Bonaparte, como o novo rei da Espanha no ver?o de 1808. A nomea??o enfureceu uma popula??o espanhola fortemente religiosa e conservadora. A resistência à agress?o francesa logo se espalhou por toda a Espanha. A chocante derrota francesa na Batalha de Bailén, em julho, deu esperan?a aos inimigos de Napole?o e, em parte, convenceu o imperador francês a intervir pessoalmente. Antes de ir para a Península Ibérica, Napole?o decidiu abordar vários problemas remanescentes com os russos. No congresso de Erfurt, em outubro de 1808, Napole?o esperava manter a Rússia do seu lado durante a próxima luta na Espanha e durante qualquer conflito potencial contra a áustria. Os dois lados chegaram a um acordo, a Conven??o de Erfurt, que pedia à Gr?-Bretanha que cessasse sua guerra contra a Fran?a, que reconhecia a conquista russa da Finlandia do domínio da Suécia e que afirmava o apoio da Rússia à Fran?a em uma possível guerra contra a áustria "da melhor forma que fosse possível".[147]

Napole?o ent?o retornou à Fran?a e se preparou para a guerra. A Grande Armée, sob o comando pessoal do imperador, atravessou rapidamente o rio Ebro em novembro de 1808 e infligiu uma série de derrotas esmagadoras contra as for?as espanholas. Depois de liberar a última for?a espanhola que guardava a capital em Somosierra, Napole?o entrou em Madri em 4 de dezembro com 80 mil soldados.[148]
Ele ent?o soltou seus soldados contra Moore e as for?as britanicas. Os britanicos foram rapidamente levados para a costa e se retiraram da Espanha inteiramente após um último confronto na Batalha da Corunha em janeiro de 1809. Napole?o acabaria saindo da Península Ibérica para lidar com os austríacos na Europa Central, mas a Guerra Peninsular continuou muito depois de sua ausência. Ele nunca retornou à Espanha após a campanha de 1808. Vários meses após a Batalha da Corunha, os britanicos enviaram outro exército para a península sob o futuro duque de Wellington. A guerra ent?o se estabeleceu em um impasse estratégico complexo e assimétrico, onde todos os lados lutavam para ganhar vantagem. O ponto alto do conflito tornou-se a brutal guerra de guerrilhas que envolveu grande parte do interior da Espanha. Ambos os lados cometeram as piores atrocidades das guerras napole?nicas durante esta fase do conflito.[149]
Os combates violentos de guerrilha na Espanha, ausentes em grande parte das campanhas francesas na Europa Central, interromperam severamente as linhas francesas de suprimento e comunica??o. Embora a Fran?a tenha mantido cerca de 300 mil soldados na Península Ibérica durante a Guerra Peninsular, a grande maioria estava vinculada ao dever de guarni??o e às opera??es de inteligência.[149]
O impacto da invas?o napole?nica da Espanha e a expuls?o da monarquia Bourbon espanhola em favor de seu irm?o Joseph tiveram um enorme impacto no Império Espanhol. Na América espanhola, muitas elites locais formaram juntas e estabeleceram mecanismos para governar em nome de Fernando VII de Espanha, a quem consideravam o legítimo monarca espanhol. A eclos?o das guerras de independência hispano-americanas na maior parte do império foi resultado das a??es desestabilizantes de Napole?o na Espanha e levou ao surgimento de homens-fortes na sequência dessas guerras.[150]
Guerra da Quinta Coaliz?o e Marie Louise

Depois de quatro anos à margem, a áustria tentou outra guerra com a Fran?a para vingar suas derrotas recentes. A áustria n?o p?de contar com o apoio russo, porque este estava em guerra com a Gr?-Bretanha, a Suécia e o Império Otomano em 1809. Frederico Guilherme da Prússia prometeu inicialmente ajudar os austríacos, mas renegou antes do início do conflito.[151]
Um relatório do ministro das Finan?as da áustria sugeria que o tesouro ficaria sem dinheiro em meados de 1809 se o grande exército que os austríacos haviam formado desde a Terceira Coaliz?o permanecesse mobilizado. Embora o arquiduque Carlos tenha avisado que os austríacos n?o estavam prontos para outro confronto com Napole?o, uma posi??o que o levou ao chamado "partido da paz", ele também n?o queria ver o exército desmobilizado. No início da manh? de 10 de abril, os principais elementos do exército austríaco atravessaram o rio Inn e invadiram a Baviera. O ataque austríaco inicial surpreendeu os franceses; o próprio Napole?o ainda estava em Paris quando soube da invas?o. Ele chegou a Donauw?rth no dia 17 para encontrar o Grande Armée em uma posi??o perigosa, com seus dois agrupamentos separados por 120 km e unidos por um fino cord?o de tropas da Baviera. Carlos pressionou a ala esquerda do exército francês e atirou seus homens em dire??o ao III Corpo do Marechal Davout. Em resposta, Napole?o apresentou um plano para cortar as for?as austríacas na célebre Manobra de Landshut.[152]

Ele realinhou o eixo de seu exército e marchou com seus soldados em dire??o à cidade de Eckmühl. Os franceses conquistaram uma vitória convincente na resultante Batalha de Eckmühl, for?ando Carlos a retirar suas for?as sobre o Danúbio e a Boêmia. Em 13 de maio, Viena caiu pela segunda vez em quatro anos, embora a guerra continuasse, já que a maioria do exército austríaco havia sobrevivido aos compromissos iniciais no sul da Alemanha. Em 17 de maio, o principal exército austríaco de Carlos havia chegado ao Marchfeld. Carlos manteve a maior parte de suas tropas a vários quil?metros da margem do rio, na esperan?a de concentrá-las no ponto em que Napole?o decidiu atravessar. Em 21 de maio, os franceses fizeram seu primeiro grande esfor?o para atravessar o Danúbio, precipitando a Batalha de Aspern-Essling. Os austríacos desfrutaram de uma superioridade numérica confortável sobre os franceses durante toda a batalha. No primeiro dia, Carlos disp?s de 110 mil soldados contra apenas 31 mil comandados por Napole?o.[153] No segundo dia, os refor?os haviam aumentado o número de franceses para 70 mil.[154]
A batalha foi caracterizada por uma luta feroz pelas duas aldeias de Aspern e Essling, os pontos focais da ponte francesa. No final da luta, os franceses haviam perdido Aspern, mas ainda controlavam Essling. Um bombardeio de artilharia austríaco sustentado acabou convencendo Napole?o a retirar suas for?as de volta à Ilha Lobau. Ambos os lados infligiram cerca de 23 mil baixas um ao outro.[155] Foi a primeira derrota que Napole?o sofreu em uma grande batalha desse tipo e causou emo??o em muitas partes da Europa porque provou que ele poderia ser derrotado no campo de batalha.[156]
Após o revés na Aspern-Essling, Napole?o levou mais de seis semanas planejando e se preparando para contingências antes de fazer outra tentativa de atravessar o Danúbio.[157] De 30 de junho aos primeiros dias de julho, os franceses recrutaram o Danúbio com for?a, com mais de 180 mil soldados marchando pelo Marchfeld em dire??o aos austríacos. Carlos recebeu os franceses com 150 mil de seus próprios homens.[158] Na batalha de Wagram, que também durou dois dias, Napole?o comandou suas for?as na que foi a maior batalha de sua carreira até ent?o. Napole?o terminou o confronto com um impulso central concentrado que perfurou um buraco no exército austríaco e for?ou Carlos a recuar. As perdas na áustria foram muito pesadas, atingindo mais de 40 mil vítimas.[159] Os franceses estavam exaustos demais para perseguir os austríacos imediatamente, mas Napole?o acabou alcan?ando Carlos em Znaim e este último assinou um armistício em 12 de julho.

No Reino da Holanda, os britanicos lan?aram a Campanha Walcheren para abrir uma segunda frente na guerra e aliviar a press?o sobre os austríacos. O exército britanico desembarcou em Walcheren em 30 de julho, quando os austríacos já haviam sido derrotados. A Campanha Walcheren foi caracterizada por pouca luta, mas pesadas baixas, gra?as à popularmente conhecida "Febre Walcheren". Mais de quatro mil tropas britanicas foram perdidas e o restante se retirou em dezembro de 1809.[160]
O Tratado de Sch?nbrunn de outubro de 1809 foi o mais severo que a Fran?a havia imposto à áustria na memória recente. Metternich e o arquiduque Carlos tiveram como objetivo fundamental a preserva??o do Império Habsburgo e, para esse fim, conseguiram fazer Napole?o buscar objetivos mais modestos em troca de promessas de amizade entre os dois poderes.[161] No entanto, embora a maioria das terras hereditárias permanecesse parte do reino dos Habsburgos, a Fran?a recebeu os portos da Caríntia, Carniola e do Adriático, enquanto a Galícia foi dada aos poloneses e a área de Salzburgo do Tirol foi para os bávaros. A áustria perdeu mais de três milh?es de indivíduos, cerca de um quinto de sua popula??o total, como resultado dessas mudan?as territoriais.[162]
Napole?o voltou seu foco para assuntos domésticos após a guerra. A imperatriz Josefina ainda n?o havia dado à luz um filho de Napole?o, que ficou preocupado com o futuro de seu império após sua morte. Desesperado por um herdeiro legítimo, Napole?o se divorciou de Josefina em 10 de janeiro de 1810 e come?ou a procurar uma nova esposa. Na esperan?a de consolidar a recente alian?a com a áustria através de uma conex?o familiar, Napole?o casou-se com Maria Luísa, duquesa de Parma, filha de Francisco II, que tinha 18 anos na época. Em 20 de mar?o de 1811, Marie Louise deu à luz um menino, a quem Napole?o tornou herdeiro aparente e concedeu o título de rei de Roma. Seu filho nunca realmente governou o império, mas, devido ao seu breve domínio titular e primo Luís Napole?o, chamado de Napole?o III, os historiadores costumam se referir a ele como Napole?o II.[163]
Invas?o da Rússia
Em 1808, Napole?o e o czar Alexandre se reuniram no Congresso de Erfurt para preservar a alian?a russo-francesa. Os líderes tiveram um relacionamento pessoal amigável após a primeira reuni?o em Tilsit, em 1807.[164] Em 1811, no entanto, as tens?es aumentaram e Alexandre estava sob press?o da nobreza russa para romper a alian?a. Uma grande press?o sobre o relacionamento entre as duas na??es eram viola??es regulares do sistema continental pelos russos, o que levou Napole?o a amea?ar Alexandre com sérias consequências se ele formasse uma alian?a com a Gr?-Bretanha.[165]


Em 1812, conselheiros de Alexandre sugeriram a possibilidade de uma invas?o do Império Francês e a retomada da Pol?nia. Ao receber relatórios de inteligência sobre os preparativos de guerra da Rússia, Napole?o expandiu seu Grande Armée para mais de 450 mil homens.[166] Ele ignorou repetidos conselhos contra uma invas?o do cora??o da Rússia e se preparou para uma campanha ofensiva; em 24 de junho de 1812, a invas?o come?ou.[167]
Na tentativa de obter maior apoio de nacionalistas e patriotas poloneses, Napole?o chamou a guerra de Segunda Guerra da Pol?nia — a Primeira Guerra da Pol?nia foi a revolta da Confedera??o de Bar pelos nobres poloneses contra a Rússia em 1768. Os patriotas poloneses queriam que a parte russa da Pol?nia se juntasse ao Ducado de Varsóvia e que uma Pol?nia independente fosse criada. Isto foi rejeitado por Napole?o, que afirmou ter prometido a seu aliado áustria que isso n?o aconteceria. Napole?o recusou-se a manipular os servos russos devido a preocupa??es de que isso pudesse provocar uma rea??o na retaguarda de seu exército. Os servos mais tarde cometeram atrocidades contra soldados franceses durante o retiro da Fran?a.[168]
Os russos evitaram o objetivo de Napole?o de um compromisso decisivo e, em vez disso, recuaram mais profundamente no interior da Rússia. Uma breve tentativa de resistência foi feita em Smolensk em agosto; os russos foram derrotados em uma série de batalhas e Napole?o retomou seu avan?o. Os russos novamente evitaram a batalha, embora em alguns casos isso só tenha sido alcan?ado porque Napole?o hesitou em atacar quando a oportunidade surgiu. Devido às táticas de terra arrasadas do exército russo, os franceses tinham cada vez mais dificuldade em encontrar comida para si e para seus cavalos.[169]
Os russos finalmente ofereceram uma batalha fora de Moscou em 7 de setembro: a Batalha de Borodino resultou em aproximadamente 44 mil russos e 35 mil franceses mortos, feridos ou capturados, e pode ter sido o dia mais sangrento da batalha na história até aquele momento.[170] Embora os franceses tivessem vencido, o exército russo aceitou e resistiu à grande batalha que Napole?o esperava que fosse decisiva. O relato de Napole?o era: "A mais terrível de todas as minhas batalhas foi a de Moscou. Os franceses mostraram-se dignos de vitória, mas os russos mostraram-se dignos de serem invencíveis".[171]
O exército russo se retirou e passou por Moscou. Napole?o entrou na cidade, assumindo que sua queda terminaria a guerra e Alexandre negociaria a paz. No entanto, sob ordens do governador da cidade, Feodor Rostopchin, em vez de capitular, Moscou foi queimada. Depois de cinco semanas, Napole?o e seu exército foram embora. No início de novembro, Napole?o se preocupou com a perda de controle na Fran?a após o golpe de Malet em 1812. Seu exército caminhou pela neve até os joelhos e quase 10 mil homens e cavalos morreram congelados apenas na noite de 8 e 9 de novembro. Após a Batalha de Berezina, Napole?o conseguiu escapar, mas teve que abandonar grande parte da restante artilharia. Em 5 de dezembro, pouco antes de chegar a Vilnius, Napole?o deixou o exército em um trenó.[172]
Os franceses sofreram durante um retiro ruinoso, inclusive da dureza do inverno russo. O Grande Armée, que come?ou com mais de 400 mil tropas da linha de frente, estava com menos de 40 mil quando cruzou o rio Berezina em novembro de 1812.[173] Os russos haviam perdido 150 mil homens em batalha e centenas de milhares de civis.[174]
Guerra da Sexta Coaliz?o

Houve uma pausa nos combates durante o inverno de 1812-1813, enquanto russos e franceses reconstruíram suas for?as; Napole?o foi capaz de colocar 350 mil tropas em combate.[175] Atenta à perda da Fran?a na Rússia, a Prússia se uniu à áustria, Suécia, Rússia, Gr?-Bretanha, Espanha e Portugal em uma nova coaliz?o. Napole?o assumiu o comando na Alemanha e infligiu uma série de derrotas à Coaliz?o que culminaram na Batalha de Dresden em agosto de 1813.[176]
Apesar desses sucessos, os números continuaram aumentando contra Napole?o e o exército francês foi detido por uma for?a com o dobro do seu tamanho e perdeu na Batalha de Leipzig. Esta foi de longe a maior batalha das guerras napole?nicas e custou mais de 90 mil baixas no total.[177]
Em novembro de 1813, os Aliados ofereceram termos de paz nas propostas de Frankfurt. Napole?o permaneceria como imperador da Fran?a, mas seria reduzido a suas "fronteiras naturais". Isso significava que a Fran?a poderia manter o controle da Bélgica, da Sabóia e da Renania (a margem oeste do rio Reno), enquanto abandonava o controle de todo o resto, incluindo toda a Espanha e Holanda, e a maior parte da Itália e Alemanha. Metternich disse a Napole?o que esses eram os melhores termos que os Aliados provavelmente ofereceriam; depois de mais vitórias, os termos seriam cada vez mais duros. A motiva??o de Metternich era manter a Fran?a como um equilíbrio contra as amea?as russas, enquanto terminava a série de guerras altamente desestabilizadora.[178]
Napole?o, esperando vencer a guerra, demorou demais e perdeu esta oportunidade; em dezembro, os Aliados haviam retirado a oferta. Quando estava de costas para o muro em 1814, ele tentou reabrir as negocia??es de paz com base na aceita??o das propostas de Frankfurt. Os Aliados agora tinham termos novos e mais severos que incluíam a retirada da Fran?a para seus limites de 1791, o que significava a perda da Bélgica. Napole?o continuaria imperador, mas ele rejeitou o termo. Os britanicos queriam que Napole?o fosse removido permanentemente, e eles prevaleceram, mas Napole?o recusou veementemente.[178][179]

Napole?o se retirou para a Fran?a, seu exército foi reduzido a 70 mil soldados e pouca cavalaria; ele enfrentou mais de três vezes mais tropas aliadas.[180] Os franceses estavam cercados: exércitos britanicos pressionados do sul e outras for?as da coaliz?o posicionadas para atacar dos Estados alem?es. Napole?o ganhou uma série de vitórias na Campanha dos Seis Dias, embora essas n?o tenham sido significativas o suficiente para mudar a maré. Os líderes de Paris se renderam à Coaliz?o em mar?o de 1814.[181]
Em 1 de abril, Alexandre dirigiu-se ao conservador Sénat. Muito dócil para Napole?o, sob o estímulo de Talleyrand, ele se voltou contra ele. Alexandre disse ao Sénat que os Aliados estavam lutando contra Napole?o, n?o contra a Fran?a, e estavam preparados para oferecer condi??es de paz honrosas se Napole?o fosse removido do poder. No dia seguinte, o Sénat aprovou o Acte de déchéance de l'Empereur ("Ato de morte do imperador"), que declarou Napole?o deposto. Napole?o avan?ou até Fontainebleau quando soube que Paris estava perdida. Quando Napole?o prop?s a marcha do exército na capital, seus oficiais e marechais se amotinaram.[182]
Em 4 de abril, liderados por Michel Ney, eles enfrentaram Napole?o, que afirmou que o exército o seguiria, enquanto Ney respondeu que o exército seguiria seus generais. Apesar dos soldados comuns e oficiais do regimento quisessem continuar lutando, sem oficiais superiores ou delegados, qualquer invas?o de Paris seria impossível. Curvando-se ao inevitável, em 4 de abril Napole?o abdicou em favor de seu filho, com Maria Luísa como regente. No entanto, os Aliados se recusaram a aceitar isso sob insistência de Alexandre, que temia que Napole?o pudesse encontrar uma desculpa para retomar o trono.[183]
Exílio para Elba

No Tratado de Fontainebleau, os Aliados exilaram Napole?o a Elba, uma ilha de 12 mil habitantes no Mediterraneo, 20 km a largo da costa da Toscana. Eles lhe deram soberania sobre a ilha e lhe permitiram manter o título de Imperador. Napole?o tentou o suicídio com uma pílula que ele carregara depois de quase ser capturado pelos russos durante o retiro de Moscou. Sua potência enfraqueceu com a idade, no entanto, e ele sobreviveu ao exílio, enquanto sua esposa e filho se refugiaram na áustria.[184]
Ele foi transportado para a ilha no HMS Undaunted pelo capit?o Thomas Ussher e chegou a Portoferraio em 30 de maio de 1814. Nos primeiros meses em Elba, ele criou uma pequena marinha e exército, desenvolveu as minas de ferro, supervisionou a constru??o de novas estradas, emitiu decretos sobre métodos agrícolas modernos e revisou o sistema legal e educacional da ilha.[185][186]
Alguns meses depois de seu exílio, Napole?o soube que sua ex-esposa Josefina havia morrido na Fran?a. Ele ficou arrasado com a notícia, trancando-se em seu quarto e recusando-se a sair por dois dias.[187]
Cem Dias
Separado de sua esposa e filho, que haviam retornado à áustria, cortado do subsídio garantido a ele pelo Tratado de Fontainebleau, e ciente dos rumores de que ele seria banido para uma ilha remota no Oceano Atlantico, Napole?o escapou de Elba em 26 de fevereiro de 1815, com 700 homens. Dois dias depois, ele desembarcou no continente francês em Golfe-Juan e come?ou a ir para o norte.[188]

O 5o Regimento foi enviado para interceptá-lo e fez contato logo ao sul de Grenoble em 7 de mar?o de 1815. Napole?o aproximou-se do regimento sozinho, desmontou o cavalo e, quando estava ao alcance da bala, gritou aos soldados: "Aqui estou. Mate seu imperador, se desejar".[189] Os soldados responderam rapidamente com "Vive L'Empereur!" Ney, que se gabara do rei Bourbon restaurado, Luís XVIII, de que ele levaria Napole?o a Paris em uma gaiola de ferro, beijou carinhosamente seu ex-imperador e esqueceu seu juramento de lealdade ao monarca Bourbon. Os dois marcharam juntos em dire??o a Paris com um exército crescente. O impopular Luís XVIII fugiu para a Bélgica depois de perceber que tinha pouco apoio político. Em 13 de mar?o, os poderes do Congresso de Viena declararam Napole?o um fora da lei. Quatro dias depois, a Gr?-Bretanha, a Rússia, a áustria e a Prússia prometeram colocar 150 mil homens em campo para p?r fim ao seu domínio.[190]
Napole?o chegou a Paris em 20 de mar?o e governou por um período agora chamado de "Cem Dias". No início de junho, as for?as armadas à sua disposi??o haviam chegado a 200 mil e ele decidiu tomar a ofensiva para tentar abrir uma brecha entre os exércitos britanico e prussiano que se aproximavam. O exército francês do norte cruzou a fronteira para o Reino Unido da Holanda, na atual Bélgica.[191]
As for?as de Napole?o lutaram contra dois exércitos da Coaliz?o, comandados pelo duque de Wellington e pelo príncipe prussiano Blücher, na Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815. O exército de Wellington resistiu a repetidos ataques dos franceses e os expulsou do campo enquanto os prussianos chegaram em for?a e invadiram o flanco direito de Napole?o.
Napole?o voltou a Paris e descobriu que tanto a legislatura quanto o povo se voltaram contra ele. Percebendo que sua posi??o era insustentável, ele abdicou em 22 de junho em favor de seu filho. Ele deixou Paris três dias depois e se estabeleceu no antigo palácio de Josefina em Malmaison (na margem ocidental do Sena, cerca de 17 kilometres (11 mi) a oeste de Paris. Enquanto Napole?o viajava para Paris, as for?as da Coaliz?o invadiram a Fran?a (chegando nas proximidades de Paris em 29 de junho), com a inten??o declarada de restaurar Luís XVIII no trono francês.
Quando Napole?o soube que as tropas prussianas tinham ordens para capturá-lo vivo ou morto, ele fugiu para Rochefort, considerando uma fuga para os Estados Unidos. Navios britanicos estavam bloqueando todos os portos. Napole?o se rendeu ao capit?o Frederick Maitland no HMS Bellerophon em 15 de julho de 1815.[192]
Exílio em Santa Helena


Os britanicos mantiveram Napole?o na ilha de Santa Helena, no Oceano Atlantico, 1 870 km da costa oeste da áfrica. Eles também tomaram a precau??o de enviar uma guarni??o de soldados para a desabitada Ilha de Ascens?o, que ficava entre Santa Helena e a Europa.[193]
Napole?o foi transferido para Longwood House em Santa Helena em dezembro de 1815; o local caíra em desuso e era úmido, varrido pelo vento e doentio.[194][195] O The Times publicou artigos insinuando que o governo britanico estava tentando acelerar sua morte. Napole?o frequentemente reclamava das condi??es de vida em cartas ao governador e seu custodiante, Hudson Lowe,[196] enquanto seus assistentes reclamavam de "resfriados, catarros, pisos úmidos e provis?es precárias".[197] Especula-se pelos cientistas modernos que sua doen?a posterior surgiu devido a envenenamento por arsênico causado por arsenito de cobre no papel de parede da Longwood House.[198]
Com um pequeno quadro de seguidores, Napole?o ditou suas memórias e resmungou sobre as condi??es. Lowe cortou as despesas de Napole?o, decidiu que n?o seriam permitidos presentes se mencionassem seu status imperial e fez seus apoiadores assinarem uma garantia de que ficariam com o prisioneiro indefinidamente.[199]
No exílio, Napole?o escreveu um livro sobre Júlio César, um de seus grandes heróis.[200] Ele também estudou inglês sob a tutela do conde Emmanuel de Las Cases, com o objetivo principal de poder ler jornais e livros em inglês, pois o acesso a jornais e livros franceses era fortemente restrito a ele em Santa Helena.[201]
Havia rumores de conspira??es e até de sua fuga, mas, na realidade, nenhuma tentativa séria foi feita.[202] Para o poeta inglês Lord Byron, Napole?o era o epítome do herói romantico, o gênio perseguido, solitário e imperfeito.[203]
Morte

O médico pessoal de Napole?o, Barry O'Meara, alertou Londres que seu estado de saúde em declínio foi causado principalmente pelo tratamento severo. Napole?o ficou confinado por meses a fio em sua habita??o úmida e miserável de Longwood.[204]
Em fevereiro de 1821, a saúde de Napole?o come?ou a deteriorar-se rapidamente e ele se reconciliou com a Igreja Católica. Ele morreu em 5 de maio de 1821, após confiss?o, extrema-un??o e viático na presen?a do padre Ange Vignali. Suas últimas palavras foram: France, l'armée, tête d'armée, Joséphine ("Fran?a, o exército, chefe do exército, Josefina").[205][206]
A máscara mortuária original de Napole?o foi criada por volta de 6 de maio, embora n?o esteja claro qual médico a criou.[nota 7][208] Em seu testamento, ele pediu para ser enterrado nas margens do Sena, mas o governador britanico disse que ele deveria ser enterrado em Santa Helena, no vale dos salgueiros.[205]
Em 1840, Luís Filipe I obteve permiss?o dos britanicos para devolver os restos mortais de Napole?o à Fran?a. Em 15 de dezembro de 1840, foi realizado um funeral de Estado. O carro funerário prosseguiu do Arco do Triunfo até os Campos Elísios, atravessou a Place de la Concorde até a Esplanade des Invalides e depois para a cúpula na capela de St. Jér?me, onde permaneceu até a tumba projetada por Louis Visconti.
Em 1861, os restos de Napole?o foram sepultados em um sarcófago de pedra de pórfiro na cripta sob a cúpula em Les Invalides.[209]
Causa da morte

A causa de sua morte foi debatida. O médico de Napole?o, Fran?ois Carlo Antommarchi, liderou a autópsia, que descobriu que a causa da morte era cancer de est?mago. Antommarchi n?o assinou o relatório oficial.[210] O pai de Napole?o morrera de cancer no est?mago, embora isso aparentemente fosse desconhecido na época da autópsia.[211] Antommarchi encontrou evidências de uma úlcera no est?mago; essa era a explica??o mais conveniente para os britanicos, que queriam evitar críticas por causa de seus cuidados com Napole?o.[205]

Em 1955, foram publicados os diários do criado de Napole?o, Louis Marchand. Sua descri??o de Napole?o nos meses anteriores à sua morte levou Sten Forshufvud em um artigo de 1961 na Nature a propor outras causas para sua morte, incluindo envenenamento deliberado por arsênico.[212] O arsênico foi usado como veneno durante a época porque era indetectável quando administrado por um longo período. Além disso, em um livro de 1978 escrito com Ben Weider, Forshufvud observou que o corpo de Napole?o estava bem preservado quando foi movido em 1840. O arsênico é um forte conservante e, portanto, isso apoiou a hipótese de envenenamento. Forshufvud e Weider observaram que Napole?o havia tentado saciar a sede anormal bebendo grandes quantidades de xarope de orgeat que continha compostos de cianeto nas amêndoas usadas para dar sabor.
Eles sustentaram que o tartarato de potássio usado em seu tratamento impedia o est?mago de expulsar esses compostos e que sua sede era um sintoma do veneno. A hipótese deles era que o calomel dado a Napole?o se tornasse uma overdose, o que o matou e deixou extensos danos nos tecidos.[212] De acordo com um artigo de 2007, o tipo de arsênico encontrado nas hastes capilares de Napole?o era mineral, o mais tóxico e, segundo o toxicologista Patrick Kintz, isso confirmava a conclus?o de que ele foi assassinado.[213]
Existem estudos modernos que apoiaram a descoberta original da autópsia.[213] Em um estudo de 2008, os pesquisadores analisaram amostras de cabelos de Napole?o ao longo de sua vida, bem como amostras de sua família e de outros contemporaneos. Todas as amostras apresentaram altos níveis de arsênico, aproximadamente 100 vezes maior que a média atual. Segundo esses pesquisadores, o corpo de Napole?o já estava fortemente contaminado com arsênico quando menino, e a alta concentra??o de arsênico em seus cabelos n?o foi causada por envenenamento intencional; as pessoas eram constantemente expostas ao arsênico pelas colas e corantes durante toda a vida.[nota 8] Estudos publicados em 2007 e 2008 descartaram evidências de envenenamento por arsênico e confirmaram evidências de úlcera péptica e cancer gástrico como causa da morte.[215]
Religi?o

Napole?o foi batizado em Ajaccio em 21 de julho de 1771. Ele foi criado como católico, mas nunca desenvolveu muita fé.[216]
Napole?o teve um casamento civil com Josefina de Beauharnais, sem cerim?nia religiosa. Napole?o foi coroado imperador em 2 de dezembro de 1804 em Notre-Dame de Paris, em uma cerim?nia presidida pelo papa Pio VII. Na véspera da cerim?nia de coroa??o e por insistência do Papa Pio VII, foi celebrada uma cerim?nia religiosa privada de Napole?o e Josefina. O cardeal Fesch realizou o casamento.[217] Esse casamento foi anulado pelos tribunais sob controle de Napole?o em janeiro de 1810. Em 1 de abril de 1810, Napole?o casou-se com a princesa austríaca Maria Luísa em uma cerim?nia católica. Napole?o foi excomungado pela Igreja Católica, mas depois se reconciliou com a Igreja antes de sua morte em 1821.[218] Enquanto exilado em Santa Helena, ele é registrado por ter dito "Conhe?o homens; e digo que Jesus Cristo n?o é um homem".[219][220][221]
Concordata

Buscando a reconcilia??o nacional entre revolucionários e católicos, a Concordata de 1801 foi assinada em 15 de julho de 1801 entre Napole?o e o Papa Pio VII. Solidificou a Igreja Católica Romana como a igreja majoritária da Fran?a e trouxe de volta a maior parte de seu status civil. A hostilidade dos católicos devotos contra o Estado já havia sido amplamente resolvida. A Concordata n?o restaurou as vastas terras e doa??es da igreja que haviam sido apreendidas durante a revolu??o e vendidas. Como parte da Concordata, Napole?o apresentou outro conjunto de leis chamado Artigos organicos.[222][223]
Enquanto a Concordata devolveu muito poder ao papado, o equilíbrio das rela??es Igreja-Estado se inclinou firmemente a favor de Napole?o. Ele selecionou os bispos e supervisionou as finan?as da igreja. Napole?o e o Papa acharam a Concordata útil. Acordos semelhantes foram feitos com a Igreja em territórios controlados por Napole?o, especialmente na Itália e na Alemanha.[224] Agora, Napole?o poderia ganhar favores com os católicos, enquanto também controlava Roma em um sentido político. Napole?o disse em abril de 1801: "Os conquistadores hábeis n?o se envolveram com os padres. Ambos podem contê-los e usá-los". As crian?as francesas receberam um catecismo que as ensinou a amar e respeitar Napole?o.[225]
Pris?o do Papa Pio VII
Em 1809, sob as ordens de Napole?o, o papa Pio VII foi preso na Itália e em 1812 o pontífice prisioneiro foi transferido para a Fran?a, sendo mantido no palácio de Fontainebleau.[226] Como a pris?o foi feita de maneira clandestina, algumas fontes[227] a descrevem como um sequestro. O papa só foi libertado em 1814 quando os aliados invadiram a Fran?a. Em janeiro de 1813, Napole?o for?ou pessoalmente o papa a assinar uma humilhante "Concordata de Fontainebleau".[228] O documento de 1813 foi posteriormente repudiado pelo pontífice.[229]
Emancipa??o religiosa
Napole?o emancipou judeus, bem como protestantes em países católicos e católicos em países protestantes, de leis que os restringiam a guetos, e ele expandiu seus direitos à propriedade, adora??o e carreiras. Apesar da rea??o antissemita às políticas de Napole?o por parte de governos estrangeiros e dentro da Fran?a, ele acreditava que a emancipa??o beneficiaria os franceses atraindo judeus para o país, dadas as restri??es que enfrentavam em outros lugares.[230]
Em 1806, Napole?o reuniu uma assembleia de notáveis judeus para discutir doze quest?es que tratavam amplamente das rela??es entre judeus e crist?os, bem como outras quest?es relacionadas à capacidade judaica de se integrar à sociedade francesa. Mais tarde, depois que as perguntas foram respondidas de maneira satisfatória, de acordo com o Imperador, um "Grande Sinédrio" foi reunido para transformar as respostas em decis?es que formariam a base do status futuro dos judeus na Fran?a e no resto do império que Napole?o estava construindo.[231]
Ele declarou: "Jamais aceitarei propostas que obriguem o povo judeu a deixar a Fran?a, porque para mim os judeus s?o iguais a qualquer outro cidad?o em nosso país. é preciso fraqueza para expulsá-los do país, mas é preciso for?a para assimilá-los".[232] Ele era t?o visto como favorável aos judeus que a Igreja Ortodoxa Russa o condenou formalmente como "Anticristo e o Inimigo de Deus".[233]
Um ano após a reuni?o final do Sinédrio, em 17 de mar?o de 1808, Napole?o colocou os judeus em liberdade condicional. Várias novas leis que restringiam a cidadania oferecida aos judeus 17 anos antes foram instituídas na época. No entanto, apesar da press?o dos líderes de várias comunidades crist?s de se absterem de conceder a emancipa??o dos judeus, no prazo de um ano após a emiss?o das novas restri??es, elas foram novamente levantadas em resposta ao apelo dos judeus de toda a Fran?a.[231]
Personalidade

Os historiadores enfatizam a for?a da ambi??o que levou Napole?o de uma vila obscura para comandar a maior parte da Europa.[234] Estudos acadêmicos aprofundados sobre seu início de vida concluem que até os 2 anos de idade ele tinha uma "disposi??o gentil".[22] Seu irm?o mais velho, José, frequentemente recebia a aten??o de sua m?e, o que tornava Napole?o mais assertivo e motivado pela aprova??o. Durante seus primeiros anos de escolaridade, ele era severamente intimidado pelos colegas por sua identidade corsa e fluência na língua francesa. Para suportar o estresse, ele se tornou dominador, desenvolvendo um complexo de inferioridade.
George F. E. Rudé enfatiza sua "rara combina??o de vontade, intelecto e vigor físico".[235] Em situa??es individuais, ele normalmente exercia um efeito hipnótico nas pessoas, aparentemente inclinando os líderes mais fortes à sua vontade.[236] Ele entendeu a tecnologia militar, mas n?o era um inovador nesse sentido.[237] Ele foi um inovador no uso dos recursos financeiros, burocráticos e diplomáticos da Fran?a. Ele poderia ditar rapidamente uma série de comandos complexos para seus subordinados, tendo em mente onde as principais unidades deveriam estar em cada ponto futuro e, como um mestre do xadrez, "vendo" as melhores jogadas adiante.[238]
Napole?o mantinha hábitos de trabalho rigorosos e eficientes, priorizando o que precisava ser feito. Ele trapaceou nas cartas, mas pagou as perdas; ele teve que vencer tudo o que tentou.[239] Ele mantinha relés de funcionários e secretárias no trabalho. Ao contrário de muitos generais, Napole?o n?o examinou a história para perguntar o que Aníbal, Alexandre ou qualquer outra pessoa teriam feito em uma situa??o semelhante. Os críticos disseram que ele venceu muitas batalhas simplesmente por causa da sorte; Napole?o respondeu: "Dê-me generais da sorte", argumentando que a "sorte" chega aos líderes que reconhecem a oportunidade e a aproveitam.[240] Dwyer afirma que as vitórias de Napole?o em Austerlitz e Jena em 1805–06 aumentaram seu senso de auto-grandiosidade, deixando-o ainda mais certo de seu destino e invencibilidade.[241]
Em termos de influência nos eventos, foi mais do que a personalidade de Napole?o que entrou em vigor. Ele reorganizou a própria Fran?a para fornecer os homens e dinheiro necessários para as guerras.[242] Ele inspirou seus homens — o Duque de Wellington disse que sua presen?a no campo de batalha valia 40 mil soldados, pois inspirava confian?a dos soldados.[243] Ele também enervou o inimigo. Na batalha de Auerstadt, em 1806, o rei Frederico Guilherme III da Prússia superou os franceses em 63 mil a 27 mil; no entanto, quando lhe disseram erroneamente que Napole?o estava no comando, ele ordenou uma retirada apressada que se transformou em uma derrota.[244] A for?a de sua personalidade neutralizou as dificuldades materiais, enquanto seus soldados lutavam com a confian?a de que com Napole?o no comando certamente venceria.[245]
Imagem
Napole?o se tornou um ícone cultural mundial que simboliza o gênio militar e o poder político. Martin van Creveld o descreveu como "o ser humano mais competente que já viveu".[246] Desde sua morte, muitas cidades, ruas, navios e até personagens de desenhos animados foram nomeados em homenagem a ele. Ele foi retratado em centenas de filmes e discutido em centenas de milhares de livros e artigos.[247]
Quando se conheceram pessoalmente, muitos de seus contemporaneos ficaram surpresos com sua aparência física aparentemente normal em contraste com seus feitos e reputa??o significativos, especialmente em sua juventude, quando ele era constantemente descrito como pequeno e magro. Joseph Farington, que observou Napole?o pessoalmente em 1802, comentou que "Samuel Rogers estava um pouco distante de mim e… parecia desapontado com o rosto [de Napole?o] e disse que era um pouco italiano". Farington disse que os olhos de Napole?o eram "mais claros e mais acinzentados do que eu esperava", que "sua pessoa está abaixo do tamanho médio" e que "seu aspecto geral era mais suave do que eu imaginava".[248]
Um amigo pessoal de Napole?o disse que quando o conheceu em Brienne-le-Chateau na juventude, Napole?o era notável "pela cor escura de sua pele, por seu olhar penetrante e perscrutador, e pelo estilo de sua conversa"; ele também disse que Napole?o era pessoalmente um homem sério e sombrio: "sua conversa apresentava a aparência de mau humor e ele certamente n?o era muito amável".[249] Johann Ludwig Wurstemberger, que acompanhou Napole?o no Campo Fornio em 1797 e na campanha suí?a de 1798, observou que "Bonaparte era um tanto esguio e de aparência macilenta; seu rosto também era muito magro, com uma tez escura … seu cabelo preto caía uniformemente sobre os dois ombros", mas "sua aparência e express?o eram sinceras e poderosas".[250]
Denis Davydov o conheceu pessoalmente e o considerou notavelmente médio na aparência: "Seu rosto era levemente moreno, com tra?os regulares. O nariz n?o era muito grande, mas reto, com uma ligeira curvatura quase imperceptível. O cabelo em sua cabe?a era loiro-avermelhado escuro; suas sobrancelhas e cílios eram muito mais escuros que a cor de seus cabelos, e seus olhos azuis, destacados pelos cílios quase pretos, davam a ele uma express?o muito agradável… O homem que vi tinha baixa estatura, pouco mais de um metro e cinquenta, e bastante pesado, embora tivesse apenas 37 anos".[251]
Durante as guerras napole?nicas, ele foi levado a sério pela imprensa britanica como um tirano perigoso, prestes a invadir. Napole?o foi ridicularizado nos jornais britanicos como um homem pequeno de temperamento baixo e foi apelidado de "Little Boney em um ataque forte".[252] Uma can??o de ninar advertia as crian?as de que Bonaparte comia pessoas malcriadas, como o "bicho-pap?o".[253] Com 1,57m, ele tinha a altura de um homem francês comum, mas era baixo para um aristocrata ou oficial (parte do motivo pelo qual ele foi designado para a artilharia, pois na época a infantaria e a cavalaria exigiam mais figuras de comando).[254] é possível que ele fosse mais alto (1,70m) devido à diferen?a na medida francesa de polegadas.[255]
Alguns historiadores acreditam que a raz?o do erro sobre seu tamanho na morte veio do uso de uma velha régua francesa obsoleta (um pé francês é igual a 33 cm, enquanto um pé inglês é igual a 30,47 cm).[254] Napole?o era um defensor do sistema métrico e n?o tinha utilidade para os velhos critérios. é mais provável que ele tivesse 1,57 m, a altura em que ele foi medido em Santa Helena (uma ilha britanica), uma vez que provavelmente teria sido medido com uma régua inglesa em vez de uma régua do antigo regime francês.
Nos últimos anos, ele ganhou bastante peso e tinha uma tez considerada pálida, algo que os contemporaneos notaram. O romancista Paul de Kock, que o viu em 1811 na varanda das Tulherias, chamou Napole?o de "amarelo, obeso e inchado".[256] Um capit?o britanico que o conheceu em 1815 declarou: "Fiquei muito decepcionado, como acredito que todos os outros, em sua aparência. … Ele é gordo, e sim o que chamamos de barriga de pote, e embora sua perna seja bem modelada, é bastante desajeitada … Ele é muito pálido, com olhos cinza-claros e cabelos castanhos finos e com aparência oleosa, e, no geral, um sujeito muito desagradável e de aparência sacerdotal".[257]
O personagem modelo de Napole?o é um "tirano mesquinho" comicamente baixo e isso se tornou um clichê na cultura popular. Ele é frequentemente retratado usando um grande chapéu bicorne com a m?o no colete — uma referência à pintura produzida em 1812 por Jacques-Louis David.[258] Em 1908, Alfred Adler, um psicólogo, citou Napole?o para descrever um complexo de inferioridade no qual pessoas baixas adotam um comportamento agressivo demais para compensar a falta de altura; isso inspirou o termo complexo de Napole?o.[259]
Reformas

Napole?o instituiu várias reformas, como ensino superior, código tributário, sistemas rodoviários e de esgoto, além de ter estabelecido o Banco da Fran?a, o primeiro banco central da história do país. Ele negociou a Concordata de 1801 com a Igreja Católica, que procurava reconciliar a popula??o majoritariamente católica com seu regime. Foi apresentado ao lado dos Artigos Organicos, que regulavam o culto público na Fran?a. Ele dissolveu o Sacro Império Romano antes da Unifica??o Alem? no final do século XIX. A venda do território da Louisiana para os Estados Unidos dobrou o tamanho do território estadunidense.[260]
Em maio de 1802, ele instituiu a Legi?o de Honra, um substituto para as antigas decora??es realistas e Ordens de Cavalaria, para incentivar realiza??es civis e militares; o pedido ainda é a decora??o mais alta da Fran?a.[261]
Código Napole?nico
O conjunto de leis civis de Napole?o, o Código Civil — agora conhecido como Código Napole?nico — foi preparado por comitês de especialistas jurídicos sob a supervis?o de Jean Jacques Régis de Cambacérès, o Segundo C?nsul. Napole?o participou ativamente das sess?es do Conselho de Estado que revisaram os projetos. O desenvolvimento do código foi uma mudan?a fundamental na natureza do sistema jurídico do direito civil, com ênfase no direito claramente escrito e acessível. Outros códigos ("códigos Les cinq") foram encomendados por Napole?o para codificar o direito penal e comercial; foi publicado um Código de Instru??o Penal, que promulgava regras de devido processo legal.[262]

O código napole?nico foi adotado em grande parte da Europa continental, embora apenas nas terras que ele conquistou, e permaneceu em vigor após a derrota de Napole?o. Napole?o disse: "Minha verdadeira glória é n?o ter vencido quarenta batalhas … Waterloo apagará a memória de tantas vitórias … Mas … o que viverá para sempre, é o meu Código Civil".[263] O código influencia um quarto das jurisdi??es mundiais, como as da Europa Continental, das Américas e da áfrica.[264]
Dieter Langewiesche descreveu o código como um "projeto revolucionário" que estimulou o desenvolvimento da sociedade burguesa na Alemanha pela extens?o do direito à propriedade própria e uma acelera??o em dire??o ao fim do feudalismo. Napole?o reorganizou o que havia sido o Sacro Império Romano, composto por mais de mil entidades, em uma Confedera??o do Reno composta por quarenta estados, o que ajudou a promover a Confedera??o Alem? e a unifica??o da Alemanha em 1871.[265]
O movimento em dire??o à unifica??o nacional na Itália foi similarmente precipitado pelo domínio napole?nico.[266] Essas mudan?as contribuíram para o desenvolvimento do nacionalismo e do Estado-na??o.[267]
Napole?o implementou uma ampla gama de reformas liberais na Fran?a e na Europa Continental, especialmente na Itália e na Alemanha, conforme resumido pelo historiador britanico Andrew Roberts:
As ideias que sustentam nosso mundo moderno - meritocracia, igualdade perante a lei, direitos de propriedade, tolerancia religiosa, educa??o secular moderna, finan?as sólidas e assim por diante - foram defendidas, consolidadas, codificadas e geograficamente estendidas por Napole?o. A elas acrescentou uma administra??o local racional e eficiente, o fim do banditismo rural, o incentivo à ciência e às artes, a aboli??o do feudalismo e a maior codifica??o de leis desde a queda do Império Romano.[268]
Napole?o derrubou diretamente restos de feudalismo em grande parte da Europa continental ocidental. Ele liberalizou as leis de propriedade, acabou com as dívidas de senhorio, aboliu a guilda de comerciantes e artes?os para facilitar o empreendedorismo, legalizou o divórcio, fechou os guetos judeus e fez os judeus serem iguais a todos os outros. A Inquisi??o terminou como o Sacro Império Romano. O poder dos tribunais da igreja e da autoridade religiosa foi fortemente reduzido e a Igualdade perante a lei foi proclamada para todos os homens.[269]
Guerra

No campo da organiza??o militar, Napole?o tomou emprestado de teóricos anteriores, como Jacques Antoine Hippolyte, conde de Guibert, e das reformas dos governos franceses anteriores, e depois desenvolveu muito do que já estava em vigor. Ele continuou a política, que surgiu da Revolu??o, de promo??o baseada principalmente no mérito.[270]
O corpo do exército substituiu as divis?es como as maiores unidades do exército, a artilharia móvel foi integrada às baterias de reserva, o sistema de pessoal ficou mais fluido e a cavalaria retornou como uma importante forma??o na doutrina militar francesa. Estes métodos s?o agora referidos como características essenciais da guerra napole?nica.[270] Embora ele tenha consolidado a prática do recrutamento moderno introduzido pelo Diretório, um dos primeiros atos da monarquia restaurada foi finalizá-lo.[271]
Seus oponentes aprenderam com as inova??es de Napole?o. A crescente importancia da artilharia após 1807 surgiu da cria??o de uma for?a de artilharia altamente móvel, do crescimento do número de artilharia e de mudan?as nas práticas de artilharia. Como resultado desses fatores, Napole?o, em vez de contar com a infantaria para desgastar as defesas do inimigo, agora podia usar artilharia de massa como ponta de lan?a para furar uma quebra na linha do inimigo que era ent?o explorada pelo apoio à infantaria e à cavalaria. McConachy rejeita a teoria alternativa de que a crescente dependência da artilharia pelo exército francês, iniciada em 1807, foi consequência do declínio da qualidade da infantaria francesa e, posteriormente, da inferioridade da Fran?a em número de cavaleiros.[272] Armas e outros tipos de tecnologia militar permaneceram estáticas nas eras revolucionária e napole?nica, mas a mobilidade operacional do século XVIII passou por mudan?as.[273]
A maior influência de Napole?o estava na condu??o da guerra. Antoine-Henri Jomini explicou os métodos de Napole?o em um livro amplamente usado que influenciou todos os exércitos europeus e americanos.[274] Napole?o foi considerado pelo influente teórico militar Carl von Clausewitz como um gênio na arte operacional da guerra e os historiadores o classificam como um grande comandante militar.[275] Quando perguntado sobre quem era o maior general do dia, Wellington respondeu: "Nesta era, nas eras passadas, em qualquer era, Napole?o".[276]
Sob Napole?o, uma nova ênfase para a destrui??o, e n?o apenas a manobra de exércitos inimigos emergiu. Invas?es do território inimigo passaram a ocorrer em frentes mais amplas, o que tornou as guerras mais caras e mais decisivas. O efeito político da guerra aumentou; derrotar uma potência europeia significava mais do que a perda de enclaves isolados. As pazes quase cartaginesas entrela?aram esfor?os nacionais inteiros, intensificando o fen?meno revolucionário da guerra total.[277]
Sistema métrico
A introdu??o oficial do sistema métrico em setembro de 1799 foi impopular em grandes se??es da sociedade francesa. O governo de Napole?o ajudou muito a ado??o do novo padr?o n?o apenas em toda a Fran?a, mas também em toda a esfera de influência francesa. Napole?o deu um passo retrógrado em 1812, quando aprovou uma legisla??o para introduzir as mesures usuelles (unidades tradicionais de medida) para o comércio varejista,[278] um sistema de medida que lembrava as unidades pré-revolucionárias, mas era baseado no quilograma e no metro; por exemplo, o livre metrique (libra métrica) era de 500 g,[279] em contraste com o valor do livre du roi (libra do rei), 489,5 g.[280] Outras unidades de medida foram arredondadas de maneira semelhante antes da introdu??o definitiva do sistema métrico em partes da Europa em meados do século XIX.[281]
Educa??o
As reformas educacionais de Napole?o lan?aram as bases de um moderno sistema educacional na Fran?a e em grande parte da Europa.[282] Napole?o sintetizou os melhores elementos acadêmicos do Antigo Regime, O Iluminismo e a Revolu??o, com o objetivo de estabelecer uma sociedade estável, bem-educada e próspera. Ele fez do francês a única língua oficial. Ele deixou o ensino fundamental nas m?os de ordens religiosas, mas ofereceu apoio público ao ensino médio. Napole?o fundou várias escolas secundárias estaduais (liceus) destinadas a produzir uma educa??o padronizada e uniforme em toda a Fran?a.[283]
A todos os alunos passaram a ser ensinadas as ciências, juntamente com as línguas modernas e clássicas. Ao contrário do sistema durante o Antigo Regime, os tópicos religiosos n?o dominavam o currículo, embora estivessem presentes com os professores do clero. Napole?o esperava usar a religi?o para produzir estabilidade social.[283] Ele deu aten??o especial aos centros avan?ados, como a école Polytechnique, que forneciam tanto conhecimentos militares quanto pesquisas de ponta em ciência.[284] Napole?o fez alguns dos primeiros esfor?os para estabelecer um sistema de educa??o secular e pública. O sistema apresentava bolsas de estudos e disciplina rigorosa, com o resultado sendo um sistema educacional francês que superou seus colegas europeus, muitos dos quais emprestaram elementos do sistema francês.[285]
Memória e avalia??o
Críticas

No campo político, os historiadores debatem se Napole?o era "um déspota iluminado que lan?ou as bases da Europa moderna" ou "um megalomaníaco que causou mais miséria do que qualquer homem antes da chegada de Hitler".[286] Muitos historiadores concluíram que ele tinha ambi??es grandiosas de política externa. As potências continentais, em 1808, estavam dispostas a conceder a ele quase todos os seus ganhos e títulos, mas alguns estudiosos afirmam que ele era excessivamente agressivo e pressionou demais, até que seu império entrou em colapso.[287][288]
Napole?o acabou com a ilegalidade e a desordem na Fran?a pós-revolucionária.[289] No entanto, foi considerado um tirano e usurpador por seus oponentes.[290] Seus críticos apontam que ele n?o estava preocupado quando era confrontado com a perspectiva de guerra e morte para milhares de pessoas, transformou sua busca por um domínio indiscutível em uma série de conflitos por toda a Europa e ignorou tratados e conven??es internacionais. Seu papel na Revolu??o Haitiana e sua decis?o de restabelecer a escravid?o nas col?nias francesas no exterior s?o controversos e afetam sua reputa??o.[291]
Napole?o institucionalizou a pilhagem de territórios conquistados: os museus franceses contêm arte roubada pelas for?as de Napole?o de toda a Europa. Os artefatos foram levados ao Museu do Louvre para um grande museu central; seu exemplo mais tarde serviria de inspira??o para imitadores mais notórios.[292] Ele foi comparado a Adolf Hitler pelo historiador Pieter Geyl em 1947[293] e Claude Ribbe em 2005.[294] David G. Chandler, historiador da guerra napole?nica, escreveu em 1973 que: "Nada poderia ser mais degradante para o antigo [Napole?o] e mais lisonjeiro para o último [Hitler]. A compara??o é odiosa. No geral, Napole?o foi inspirado por um sonho nobre, totalmente diferente do de Hitler…. Napole?o deixou grandes e duradouros testemunhos de sua genialidade — em códigos de direito e identidades nacionais que sobrevivem até os dias atuais. Adolf Hitler n?o deixou nada além de destrui??o".[295]
Os críticos argumentam que o verdadeiro legado de Napole?o deve refletir a perda de status para a Fran?a e as mortes desnecessárias trazidas por seu governo: o historiador Victor Davis Hanson escreve: "Afinal, o registro militar é inquestionável — 17 anos de guerras, talvez seis milh?es de europeus mortos, a Fran?a falida, suas col?nias no exterior perdidas".[296] McLynn afirma que "ele pode ser visto como o homem que retraiu a vida econ?mica europeia por uma gera??o pelo impacto deslocado de suas guerras".[290] Vincent Cronin responde que essas críticas se baseiam na premissa falha de que Napole?o foi responsável pelas guerras que levam seu nome, quando na verdade a Fran?a foi vítima de uma série de coaliz?es que visavam destruir os ideais da Revolu??o.[297]
O historiador militar britanico Correlli Barnett o chama de "um desajuste social" que explorou a Fran?a por seus objetivos pessoais megalomaníacos. Ele diz que a reputa??o de Napole?o é exagerada.[298] O estudioso francês Jean Tulard fez um relato influente de sua imagem como salvador.[299] Louis Bergeron elogiou as inúmeras mudan?as que ele fez na sociedade francesa, especialmente em rela??o à lei e à educa??o.[300] Seu maior fracasso foi a invas?o russa. Muitos historiadores culparam o mau planejamento de Napole?o, mas os estudiosos russos enfatizam a resposta russa, observando que o notório inverno foi duro para os defensores.[301]
A grande e crescente historiografia em francês, inglês, russo, espanhol e outras línguas foi resumida e avaliada por numerosos estudiosos.[302][303][304]
Propaganda e memória
O uso da propaganda por Napole?o contribuiu para sua ascens?o ao poder, legitimou seu regime e estabeleceu sua imagem para a posteridade. A censura rigorosa, que controlava a imprensa, os livros, o teatro e a arte, fazia parte de seu esquema de propaganda, cujo objetivo era retratá-lo como aquele que, desesperadamente, traz paz e estabilidade à Fran?a. A retórica propagandística mudou em rela??o aos eventos e à atmosfera do reinado de Napole?o, concentrando-se primeiro em seu papel como general no exército e na identifica??o como soldado, passando para seu papel de imperador e líder civil. Visando especificamente seu público civil, Napole?o promoveu um relacionamento com a comunidade artística contemporanea, assumindo um papel ativo no comissionamento e no controle de diferentes formas de produ??o artística, de acordo com seus objetivos de propaganda.[305] Na Inglaterra, Rússia e em toda a Europa — embora n?o na Fran?a — Napole?o era um tópico popular de caricatura.[306][307][308]
Hazareesingh (2004) explora como a imagem e a memória de Napole?o s?o melhor compreendidas. Elas desempenharam um papel fundamental no desafio político coletivo da monarquia de restaura??o de Bourbon em 1815-1830. Pessoas de diferentes esferas da vida e áreas da Fran?a, particularmente veteranos napole?nicos, se baseavam no legado napole?nico e em suas conex?es com os ideais da revolu??o de 1789.[309]
Boatos generalizados sobre o seu retorno de Santa Helena e Napole?o como uma inspira??o para o patriotismo, liberdades individuais e coletivas e mobiliza??o política se manifestaram em materiais sediciosos, exibindo as cores tricolor e rosetas. Havia também atividades subversivas comemorando aniversários da vida de Napole?o e interrompendo as celebra??es reais — elas demonstravam o objetivo predominante e bem-sucedido dos diversos apoiadores de Napole?o de desestabilizar constantemente o regime Bourbon.[309]
Datta (2005) mostra que, após o colapso do Boulangismo militarista no final da década de 1880, a lenda napole?nica foi divorciada da política partidária e revivida na cultura popular. Concentrando-se em duas pe?as e dois romances do período — Madame Sans-Gêne, de Victorien Sardou (1893), Les Déracinés (1897), de Maurice Barrès, L'Aiglon (1900), de Edmond Rostand, e Napoléonette (1913), de André de Lorde e Gyp — Datta examina como os escritores e críticos da Belle époque exploraram a lenda napole?nica para diversos fins políticos e culturais.[310]
Reduzido a um personagem menor, o novo Napole?o ficcional tornou-se n?o mais como uma figura histórica mundial, mas íntima, modelada pelas necessidades dos indivíduos e consumida como entretenimento popular. Em suas tentativas de representar o imperador como uma figura da unidade nacional, os defensores e detratores da Terceira República usaram a lenda como um veículo para explorar ansiedades sobre gênero e temores sobre os processos de democratiza??o que acompanharam essa nova era da política e cultura de massa.[310]
Congressos Napole?nicos Internacionais acontecem regularmente, com a participa??o de membros das for?as armadas francesas e estadunidenses, políticos e estudiosos franceses de diferentes países.[311] Em janeiro de 2012, o prefeito de Montereau-Fault-Yonne, perto de Paris — local de uma vitória tardia de Napole?o — prop?s o desenvolvimento do Bivouac, um parque temático comemorativo sobre Napole?o a um custo projetado de 200 milh?es de euros.[312]
Influência de longo prazo fora da Fran?a

Napole?o foi responsável por espalhar os valores da Revolu??o Francesa para outros países, especialmente na reforma legal e na aboli??o da servid?o.[313]
Após a queda de Napole?o, o Código Napole?nico n?o apenas foi retido por países conquistados, incluindo Holanda, Bélgica, partes da Itália e Alemanha, mas também foi usado como base de certas partes da lei fora da Europa, incluindo a República Dominicana, o estado dos EUA da Louisiana e a província canadense de Quebec.[314] A memória de Napole?o na Pol?nia é favorável, por seu apoio à independência e oposi??o à Rússia, seu código legal, a aboli??o da servid?o e a introdu??o de burocracias modernas da classe média.[315]
Napole?o poderia ser considerado um dos fundadores da Alemanha moderna. Depois de dissolver o Sacro Império Romano, ele reduziu o número de Estados alem?es de 300 para menos de 50 antes da Unifica??o Alem?. Um subproduto da ocupa??o francesa foi um forte desenvolvimento no nacionalismo alem?o. Napole?o também ajudou significativamente os Estados Unidos quando concordou em vender o território da Louisiana por 15 milh?es de dólares durante a presidência de Thomas Jefferson. Esse território quase dobrou o tamanho dos Estados Unidos, adicionando o equivalente a 13 estados à Uni?o.[316]
Casamentos e filhos
Napole?o casou-se com Josefina de Beauharnais em 1796, quando tinha 26 anos; ela era uma viúva de 32 anos cujo primeiro marido havia sido executado durante a Revolu??o. Cinco dias após a morte do primeiro marido de Josefina, foi executado o iniciador do Reinado do Terror, Maximilien de Robespierre, e, com a ajuda de amigos de alto escal?o, Josefina foi libertada.[317] Até conhecer Bonaparte, ela era conhecida como "Rose", um nome que ele n?o gostava. Ele a chamou de "Josefina" e ela passou por esse nome desde ent?o. Bonaparte costumava enviar suas cartas de amor durante suas campanhas.[318] Ele adotou formalmente o filho Eugênio e a prima em segundo grau (via casamento) Estefania e arranjou casamentos dinásticos para eles. Josefina mandou a filha Hortênsia casar-se com o irm?o de Napole?o, Luís.[319]

Por Fran?ois Gérard, Museu do Hermitage
Josefina teve amantes, como a tenente Hippolyte Charles, durante a campanha italiana de Napole?o.[320] Napole?o aprendeu desse caso e uma carta que ele escreveu sobre isso foi interceptada pelos britanicos e publicada amplamente, para constrangê-lo. Napole?o também tinha seus próprios assuntos: durante a campanha egípcia, ele tomou Pauline Bellisle Fourès, esposa de um oficial subalterno, como amante. Ela ficou conhecida como "Cleópatra".[nota 9][322]
Enquanto as amantes de Napole?o tiveram filhos dele, Josefina n?o produziu um herdeiro, possivelmente por causa do estresse de sua pris?o durante o Reino do Terror ou de um aborto que ela possa ter tido nos seus vinte anos.[323] Napole?o escolheu o divórcio para se casar novamente em busca de um herdeiro. Apesar de seu divórcio com Josefina, Napole?o mostrou dedica??o a ela pelo resto da vida. Quando ouviu a notícia da morte dela no exílio em Elba, ele se trancou em seu quarto e n?o saiu por dois dias inteiros.[187]
Em 11 de mar?o de 1810, por procura??o, casou-se com Maria Luísa, arquiduquesa de áustria, 19 anos, e uma sobrinha de Maria Antonieta. Assim, ele se casou com uma família real e imperial alem?.[324] Luísa ficou menos do que satisfeita com o acordo, pelo menos a princípio, afirmando: "Só ver o homem seria a pior forma de tortura". Sua tia-avó fora executada na Fran?a, enquanto Napole?o travara inúmeras campanhas contra a áustria durante toda a carreira militar. No entanto, ela pareceu amolecer com o tempo. Depois do casamento, ela escreveu ao pai: "Ele me ama muito. Eu respondo ao seu amor sinceramente. Há algo muito atraente e ansioso sobre ele que é impossível resistir".[187]
Napole?o e Maria Luísa permaneceram casados até a morte dele, embora ela n?o tenha se juntado a ele no exílio em Elba e depois nunca mais tenha visto o marido. O casal teve um filho, Napole?o Francisco Carlos José (1811-1832), conhecido desde o nascimento como o rei de Roma. Ele se tornou Napole?o II em 1814 e reinou por apenas duas semanas. Ele recebeu o título de Duque de Reichstadt em 1818 e morreu de tuberculose aos 21 anos, sem filhos.[324]
Napole?o reconheceu um filho ilegítimo: Charles Léon (1806-1881), de Eléonore Denuelle de La Plaigne.[325] Alexandre Colonna-Walewski (1810–1868), filho de sua amante Maria Walewska, embora reconhecido pelo marido de Walewska, também era conhecido por ser filho dele, e o DNA de um descendente direto masculino foi usado para ajudar a confirmar Y-haplótipo cromoss?mico de Napole?o.[326] Ele também pode ter tido filhos ilegítimos ainda n?o reconhecidos, como Eugen Megerle von Mühlfeld, de Emilie Victoria Kraus.[327]
Notas e referências
Notas
- ↑ nascido Napoleone di Buonaparte (Italiano: [napole?o?ne di ?bw?na?parte]).
- ↑ O primeiro registro conhecido dele assinando seu nome como Bonaparte foi quando ele tinha 27 anos (em 1796).[8][6][9] Em sua juventude, seu nome também foi escrito como Nabulione, Nabulio, Napolionne e Napulione.[10]
- ↑ O Tratado de Versalhes de 1768 cedeu formalmente os direitos da Córsega, que permaneceu sem desincorporada durante 1769[12] até se tornar uma província francesa 1770.[13] A Córsega seria integrada como um département quando estas divis?es territoriais foram criadas em 1790.[14]
- ↑ Além do nome, n?o parece haver uma conex?o entre ele e o teorema de Napole?o.[27]
- ↑ Ele era conhecido principalmente como Bonaparte até se tornar o primeiro c?nsul vitalício.[31]
- ↑ Isso é retratado em Bonaparte cruzando os Alpes, de Hippolyte Delaroche.[85]
- ↑ Era costume lan?ar uma máscara mortuária de um líder. Sabe-se da existência de pelo menos quatro máscaras mortuárias genuínas de Napole?o: uma em Nova Orleans, uma em um museu de Liverpool, outra em Havana e uma na biblioteca da Universidade da Carolina do Norte.[207]
- ↑ O corpo pode tolerar grandes doses de arsênico se ingerido regularmente, e o arsênico era a moda cura para tudo.[214]
- ↑ Uma noite, durante uma liga??o ilícita com a atriz Marguerite George, Napole?o teve um grande ataque. Este e outros ataques menores levaram os historiadores a debater se ele tinha epilepsia e, em caso afirmativo, em que extens?o.[321]
Referências
- ↑ a b Roberts 2014, Introduction.
- ↑ Charles Messenger, ed. (2001). Reader's Guide to Military History. Abingdon-on-Thames: Routledge. pp. 391–427. ISBN 978-1-135-95970-8
- ↑ Roberts 2014, p. xxxiii.
- ↑ McLynn 1998, p. 2
- ↑ Gueniffey, Patrice (13 de abril de 2015). Bonaparte. Cambridge: Harvard University Press. ISBN 9780674426016
- ↑ a b Dwyer 2008, ch 1
- ↑ ?6 Things You Should Know About Napoleon?. History.com. Consultado em 16 de janeiro de 2021. Arquivado do original em 11 de abril de 2014
- ↑ Roberts 2014
- ↑ ?Napoleon I?. Encyclop?dia Britannica (em inglês). Consultado em 23 de janeiro de 2018. Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2018
- ↑ Dwyer 2008, p. xv
- ↑ Encyclop?dia Britannica. Britannica.com. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ a b McLynn 1998, p. 6
- ↑ McLynn 1998, p. 20
- ↑ ?Corsica?. Encyclop?dia Britannica (em inglês). Consultado em 23 de janeiro de 2018. Cópia arquivada em 28 de novembro de 2017
- ↑ a b Cronin 1994, p. 20-21
- ↑ Chamberlain, Alexander (1896). The Child and Childhood in Folk Thought: (The Child in Primitive Culture) (em inglês). Nova Iorque: MacMillan. p. 385
- ↑ Cronin 1994, p. 27
- ↑ a b International School History (8 de fevereiro de 2012). ?Napoleon's Rise to Power?. Consultado em 29 de janeiro de 2018. Cópia arquivada em 8 de maio de 2015
- ↑ Johnson, Paul (2006). Napoleon: A Life (em inglês). Londres: Penguin. ISBN 978-0143037453
- ↑ a b c Roberts 2001, p. xvi
- ↑ Roberts 2014
- ↑ a b c Parker, Harold T. ?The Formation of Napoleon's Personality: An Exploratory Essay?. French Historical Studies. 7: 6–26. ISSN 0016-1071. JSTOR 286104. doi:10.2307/286104
- ↑ Adams, Michael (2014). Napoleon and Russia (em inglês). Londres: A&C Black. ISBN 978-0826442123
- ↑ Roberts, Andrew (2014). Napoleon: A Life (em inglês). Londres: Penguin. p. 11. ISBN 978-0698176287.
...having mastered [basic] French in April 1779, four months shy of his 10th birthday...
- ↑ McLynn 1998, p. 18
- ↑ ?Report on the necessity and means to annihilate the patois and to universalise the use of the French language?. French National Convention (em francês).
[...] the number of people who speak it purely does not exceed three million; and probably the number of those who write it correctly is even fewer.
- ↑ Wells 1992, p. 74
- ↑ McLynn 1998, p. 21
- ↑ Dwyer 2008, p. 42
- ↑ McLynn 1998, p. 26
- ↑ a b McLynn 1998, p. 290
- ↑ McLynn 1998, p. 37
- ↑ Nicholls, David (1999). Napoleon: A Biographical Companion. Santa Bárbara: ABC-CLIO. ISBN 978-0874369571
- ↑ McLynn 1998, p. 55
- ↑ McLynn 1998, p. 61
- ↑ a b c d e Roberts 2001, p. xviii
- ↑ Dwyer 2008, p. 132
- ↑ McLynn 1998, p. 76
- ↑ Chandler 1973, p. 30
- ↑ Patrice Gueniffey, Bonaparte: 1769–1802 (Harvard UP, 2015), pp. 137–59.
- ↑ Bourrienne, Memoirs of Napoleon, p. 39
- ↑ Bourrienne, Memoirs of Napoleon, p. 38
- ↑ Dwyer 2008, p. 157
- ↑ McLynn 1998, pp. 76, 84
- ↑ McLynn 1998, p. 92
- ↑ Dwyer 2008, p. 26
- ↑ Dwyer 2008, p. 164
- ↑ McLynn 1998, p. 93
- ↑ a b McLynn 1998, p. 96
- ↑ Johnson 2002, p. 27
- ↑ ?The works of Thomas Carlyle – The French Revolution, book 3.?. 1896. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Englund 2004, pp. 92–94
- ↑ Bell 2015, p. 29.
- ↑ Dwyer 2008, pp. 284–85
- ↑ McLynn 1998, p. 132
- ↑ McLynn 1998, p. 145
- ↑ McLynn 1998, p. 142
- ↑ Harvey 2006, p. 179
- ↑ McLynn 1998, p. 135
- ↑ Dwyer 2008, p. 306
- ↑ Dwyer 2008, p. 305
- ↑ Bell 2015, p. 30.
- ↑ Dwyer 2008, p. 322
- ↑ a b Watson 2003, p. 13–14
- ↑ Amini 2000, p. 12
- ↑ Dwyer 2008, p. 342
- ↑ Englund 2004, pp. 127–28
- ↑ McLynn 1998, p. 175
- ↑ McLynn 1998, p. 179
- ↑ Dwyer 2008, p. 372
- ↑ a b c Roberts 2001, p. xx
- ↑ Dwyer 2008, p. 392
- ↑ Dwyer 2008, pp. 411–24
- ↑ McLynn 1998, p. 189
- ↑ Gueniffey, Bonaparte: 1769–1802 pp. 500–02.
- ↑ Dwyer 2008, p. 442
- ↑ a b Connelly 2006, p. 57
- ↑ Dwyer 2008, p. 444
- ↑ Dwyer 2008, p. 455
- ↑ Fran?ois Furet, The French Revolution, 1770–1814 (1996), p. 212
- ↑ Lefebvre 1969a, p. 60–68
- ↑ a b Lyons 1994, p. 111
- ↑ Lefebvre 1969a, p. 71–92
- ↑ Holt, Lucius Hudson; Chilton, Alexander Wheeler (1919). A Brief History of Europe from 1789–1815 (em inglês). Nova Iorque: Macmillan.
August 1802 referendum napoleon.
- ↑ Chandler 2002, p. 51
- ↑ Chandler 1966, pp. 279–81
- ↑ a b McLynn 1998, p. 235
- ↑ Chandler 1966, p. 292
- ↑ Chandler 1966, p. 293
- ↑ a b Chandler 1966, p. 296
- ↑ Chandler 1966, pp. 298–304
- ↑ Chandler 1966, p. 301
- ↑ Schom 1997, p. 302
- ↑ Lyons 1994, pp. 111–14
- ↑ a b Lyons 1994, p. 113
- ↑ Edwards 1999, p. 55
- ↑ James, C. L. R. The Black Jacobins: Toussaint L'Ouverture and the San Domingo Revolution, [1963] (Penguin Books, 2001), pp. 141-2.
- ↑ Sue Peabody, French Emancipation'. oxfordbibliographies.com. Acessado em 27 de outubro de 2019.
- ↑ ?May 10th 1802, "The last cry of innocence and despair"?. herodote (em francês). Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Roberts 2014, p. 301
- ↑ James, C. L. R. (1963) [1938]. The Black Jacobins 2a ed. Nova Iorque: Vintage Books. pp. 45–55. OCLC 362702
- ↑ ?CHRONOLOGY-Who banned slavery when??. Thomson Reuters
- ↑ Oldfield. ?British Anti-slavery?. BBC. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Perry, James Arrogant Armies Great Military Disasters and the Generals Behind Them, (Edison: Castle Books, 2005) páginas 78–79.
- ↑ Christer Petley, White Fury: A Jamaican Slaveholder and the Age of Revolution (Oxford: Oxford University Press, 2018), p. 182.
- ↑ Roberts 2014, p. 303
- ↑ Connelly 2006, p. 70
- ↑ R.B. Mowat, The Diplomacy of Napoleon (1924) is a survey online; for a recent advanced diplomatic history, see Paul W. Schroeder, The Transformation of European Politics 1763–1848 (Oxford U.P. 1996) pp. 177–560
- ↑ McLynn 1998, p. 265
- ↑ McLynn 1998, p. 243
- ↑ McLynn 1998, p. 296
- ↑ McLynn 1998, p. 297
- ↑ De Rémusat, Claire Elisabeth, Memoirs of Madame De Rémusat, 1802–1808 Volume 1, HardPress Publishing, 2012, 542 pp., ISBN 978-1290517478.
- ↑ Roberts 2014, p. 355
- ↑ Schroeder 1996, pp. 231–86
- ↑ Chandler 1966, p. 328. Meanwhile, French territorial rearrangements in Germany occurred without Russian consultation and Napoleon's annexations in the Po valley increasingly strained relations between the two.
- ↑ Chandler 1966, p. 331
- ↑ Chandler 1966, p. 323
- ↑ Chandler 1966, p. 332
- ↑ Chandler 1966, p. 333
- ↑ Michael J. Hughes, Forging Napoleon's Grande Armée: Motivation, Military Culture, and Masculinity in the French Army, 1800–1808 (NYU Press, 2012).
- ↑ McLynn 1998, p. 321
- ↑ McLynn 1998, p. 332
- ↑ Richard Brooks (editor), Atlas of World Military History. p. 108
- ↑ Andrew Uffindell, Great Generals of the Napoleonic Wars. p. 15
- ↑ a b Richard Brooks (editor), Atlas of World Military History. p. 156.
- ↑ Chandler 1966, p. 407
- ↑ a b c Gilbert, Adrian (2000). The Encyclopedia of Warfare: From Earliest Time to the Present Day. Abindgon-on-Thames: Taylor & Francis. ISBN 978-1-57958-216-6
- ↑ Schom 1997, p. 414
- ↑ McLynn 1998, p. 350
- ↑ Cronin 1994, p. 344
- ↑ Karsh 2001, p. 12.
- ↑ Sicker 2001, p. 99.
- ↑ Leggiere, Michael V. (2015). Napoleon and Berlin: The Franco-Prussian War in North Germany, 1813. Norman: University of Oklahoma Press. ISBN 978-0806180175
- ↑ a b Chandler 1966, pp. 467–68
- ↑ a b c Brooks 2000, p. 110
- ↑ McLynn 1998, p. 497
- ↑ Jacques Godechot et al. Napoleonic Era in Europe (1971) pp. 126–39
- ↑ McLynn 1998, p. 370
- ↑ a b Fournier, August (1911). Napoleon I: A Biography. Nova Iorque: H. Holt
- ↑ Roberts 2014, pp. 458–59.
- ↑ Roberts 2014, pp. 459–61.
- ↑ Horne, Alistair (1997). How Far From Austerlitz? Napoleon 1805–1815. Nova Iorque: Pan Macmillan. ISBN 978-1743285404
- ↑ Todd Fisher & Gregory Fremont-Barnes, The Napoleonic Wars: The Rise and Fall of an Empire. p. 197.
- ↑ Fisher & Fremont-Barnes pp. 198–99.
- ↑ Fisher & Fremont-Barnes p. 199.
- ↑ ?The Erfurt Convention 1808?. Napoleon-series.org
- ↑ Fisher & Fremont-Barnes p. 205.
- ↑ a b Chandler 1966, pp. 659–60
- ↑ John Lynch, Caudillos in Spanish America 1800–1850. Oxford: Clarendon Press 1992, pp. 402–03.
- ↑ Fisher & Fremont-Barnes, p. 106.
- ↑ Chandler 1966, p. 690
- ↑ Chandler 1966, p. 701
- ↑ Chandler 1966, p. 705
- ↑ Chandler 1966, p. 706
- ↑ Chandler 1966, p. 707
- ↑ Chandler 1966, p. 708
- ↑ Chandler 1966, p. 720
- ↑ Chandler 1966, p. 729.
- ↑ ?The British Expeditionary Force to Walcheren: 1809?. napoleon-series.org. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Todd Fisher & Gregory Fremont-Barnes, The Napoleonic Wars: The Rise and Fall of an Empire. p. 144.
- ↑ Chandler 1966, p. 732.
- ↑ David Watkin, [books.google.com/books?id=cRrufMNLOhwC&pg=PA183 The Roman Forum]. Cambridge MA: Harvard University Press, 2012. 183.ISBN 9780674063679
- ↑ McLynn 1998, p. 378
- ↑ McLynn 1998, p. 495
- ↑ McLynn 1998, p. 507
- ↑ McLynn 1998, p. 506
- ↑ McLynn 1998, pp. 504–05
- ↑ Harvey 2006, p. 773
- ↑ McLynn 1998, p. 518
- ↑ Markham 1988, p. 194
- ↑ ?Napoleon1812?. napoleon-1812.nl. Arquivado do original em 13 de mar?o de 2016
- ↑ Markham 1988, pp. 190, 199
- ↑ McLynn 1998, p. 541
- ↑ McLynn 1998, p. 549
- ↑ McLynn 1998, p. 565
- ↑ Chandler 1995, p. 1020
- ↑ a b Riley, J.P. (2013). Napoleon and the World War of 1813: Lessons in Coalition Warfighting. Abingdon-on-Thames: Routledge. ISBN 978-1136321351
- ↑ Leggiere, Michael V. (2007). The Fall of Napoleon: The Allied Invasion of France, 1813–1814. 1. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 53–54. ISBN 978-0521875424
- ↑ Fremont-Barnes 2004, p. 14
- ↑ McLynn 1998, p. 585
- ↑ Gates 2003, p. 259.
- ↑ Lieven, Dominic (2010). Russia Against Napoleon: The True Story of the Campaigns of War and Peace. Londres: Penguin. pp. 484–85. ISBN 978-1101429389
- ↑ McLynn 1998, pp. 593–94
- ↑ McLynn 1998, p. 597
- ↑ Latson, Jennifer. ?Why Napoleon Probably Should Have Just Stayed in Exile the First Time?. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ a b c PBS (ed.). ?PBS – Napoleon: Napoleon and Josephine?. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ McLynn 1998, p. 604
- ↑ McLynn 1998, p. 605
- ↑ McLynn 1998, p. 607
- ↑ Chesney 2006, p. 35.
- ↑ Cordingly 2004, p. 254.
- ↑ Cox, Dale (2015). Nicolls' outpost : a War of 1812 fort at Chattahoochee, Florida. [S.l.]: Old Kitchen Books. ISBN 978-0692379363
- ↑ Hibbert, Christopher (2003). Napoleon's Women. Nova Iorque: W. W. Norton & Company. ISBN 978-0393324990
- ↑ ?Napoleon's moulds?. New Scientist (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Schom 1997, pp. 769–70
- ↑ ?Two Days at Saint Helena? (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ ?The Singular Case of Napoleon's Wallpaper?. New Scientist (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ McLynn 1998, p. 642
- ↑ I, Napoleon; Marchand, Louis Joseph (2017). Chronicles of Caesar's Wars: The First-Ever Translation (em inglês) 1 ed. [S.l.]: Clio Books
- ↑ ?Napoleon's English Lessons?. Napoleon.org. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Wilkins 1972
- ↑ McLynn 1998, p. 651
- ↑ Albert Benhamou (2012). ?Inside Longwood – Barry O'Meara's clandestine letters?. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2012
- ↑ a b c McLynn 1998, p. 655
- ↑ Roberts 2014, pp. 799–801.
- ↑ Fulghum 2007
- ↑ Wilson 1975, pp. 293–95
- ↑ Driskel 1993, p. 168
- ↑ McLynn 1998, p. 656
- ↑ Johnson 2002, pp. 180–81
- ↑ a b Cullen 2008, p. 146–48
- ↑ a b Cullen 2008, p. 156
- ↑ Cullen 2008, p. 50
- ↑ Cullen 2008, p. 161, and Hindmarsh et al. 2008, p. 2092
- ↑ ?L'Empire et le Saint-Siège?. Napoleon.org. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Napoleon.org (ed.). ?Napoleon's "divorce"?. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ ?April 29, 1821: Napoleon Reconciled with God?. Arquivado do original em 21 de maio de 2018
- ↑ The Southern review. 9. Baltimore e Londres: Poisal & Roszell; Trübner & Co. 1871. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Confidential Correspondence of the Emperor Napoleon and the Empress Josephine: Including Letters from the Time of Their Marriage Until the Death of Josephine, and Also Several Private Letters from the Emperor to His Brother Joseph, and Other Important Personages. With Numerous Illustrative Notes ... Nova Iorque: Mason Brothers. 1856. Consultado em 16 de janeiro de 2021.
Alexander, Caesar, Charlemagne, and I have founded empires. But on what did we rest the creations of our genius? Upon force. Jesus Christ founded his empire upon love; and at this hour millions of men would die for him
- ↑ Cyclop?dia of Moral and Religious Anecdote [abridged from the larger "Cyclop?dia" of K. Arvine], with an introductory essay by the Rev. George Cheever. Nova Iorque: J. J. Griffin & Company. 1851
- ↑ William Roberts, "Napoleon, the Concordat of 1801, and Its Consequences". in by Frank J. Coppa, ed., Controversial Concordats: The Vatican's Relations with Napoleon, Mussolini, and Hitler (1999) pp. 34–80.
- ↑ Nigel Aston, Religion and revolution in France, 1780–1804 (Catholic University of America Press, 2000) pp. 279–315
- ↑ Nigel Aston, Christianity and revolutionary Europe, 1750–1830 (Cambridge University Press, 2002) pp. 261–62.
- ↑ Granados, Luis (2012). Damned Good Company. Washington, D. C.: Humanist Press. pp. 182–83. ISBN 978-0931779244
- ↑ ?When Napoleon Captured the Pope?. The New York Times
- ↑ ?Napoleon and the Pope: From the Concordat to the Excommunication?
- ↑ ?Archived copy?
- ↑ ?Pius VII | pope?
- ↑ McLynn 1998, p. 436
- ↑ a b Green, David B. ?This Day in Jewish History / The Sanhedrin of Paris Convenes at the Behest of Napoleon?. Haaretz (em inglês)
- ↑ Schwarzfuchs 1979, p. 50
- ↑ Cronin 1994, p. 315
- ↑ Geyl 1982
- ↑ Rudé, George F.E. (1988). The French Revolution. Nova Iorque: Grove Weidenfeld. ISBN 978-0-8021-3272-7
- ↑ Coggins, Jack (1966). Soldiers And Warriors: An Illustrated History. Mineola: Courier Dover Publications. ISBN 978-0-486-45257-9
- ↑ Waller, Sally (2002). France in Revolution, 1776–1830. Londres: Heinemann. ISBN 978-0-435-32732-3
- ↑ See David Chandler, "General Introduction" to his The Campaigns of Napoleon: The Mind and Method of History's Greatest Soldier (1975).
- ↑ Roberts 2014, pp. 470–73.
- ↑ Copley, Gregory R. (2007). The Art of Victory: Strategies for Personal Success and Global Survival in a Changing World. Nova Iorque: Simon and Schuster. ISBN 978-1-4165-2478-6
- ↑ Dwyer 2013, pp. 175–76
- ↑ J. M. Thompson, Napoleon Bonaparte: His Rise and Fall (1954), p. 285
- ↑ Hibbert, Christopher (1999). Wellington: A Personal History. Cambridge: Da Capo Press. ISBN 978-0-7382-0148-1
- ↑ McLynn 1998, p. 357
- ↑ Englund 2004, pp. 379ff
- ↑ van Crevald, Martin (1987). Command in War. Cambridge: Harvard University Press. ISBN 978-0-674-14441-5
- ↑ ?Napoleon Bonaparte (Character)?. Internet Movie Database. Arquivado do original em 15 de outubro de 2007 and Bell 2007, p. 13
- ↑ The Fortnightly, Volume 114. Chapman and Hall, 1923. p. 836.
- ↑ Louis Antoine Fauvelet de Bourrienne. "Memoirs of Napoleon Bonaparte." Charles Scribner's Sons, 1889. Vol. 1, p. 7.
- ↑ Kircheisen, F. M. Napoleon Nova Iorque: Harcourt, Brace, 1932
- ↑ Davydov, Denis. In the Service of the Tsar Against Napoleon: The Memoirs of Denis Davydov, 1806–1814. Translation by Gregory Troubetzkoy. Greenhill Books, 1999. p. 64.
- ↑ ?Greatest cartooning coup of all time: The Brit who convinced everyone Napoleon was short?. National Post. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Roberts 2014, p. 93.
- ↑ a b Connelly, Owen (2006). Blundering to Glory: Napoleon's Military Campaigns. Lanham: Rowman & Littlefield. ISBN 978-0742553187
- ↑ ?The Myth of Napoleon's Height: How a Single Image Can Change History?. Entity (em inglês)
- ↑ Seward, Desmond. Napoleon's Family. Nova Iorque: Viking, 1986.
- ↑ The Bookman, Vol. 29, p. 304. Diary of Capt. Ross, commander of the Northumberland.
- ↑ Bordes 2007, p. 118.
- ↑ Hall 2006, p. 181
- ↑ McGraw-Hill's, US History 2012, pp. 112–13
- ↑ Blaufarb 2007, pp. 101–02
- ↑ McLynn 1998, p. 255
- ↑ Schwartz, Bernard (1998). The Code Napoleon and the Common-law World. Clark: The Lawbook Exchange. ISBN 978-1-886363-59-5
- ↑ Wood 2007, p. 55
- ↑ Scheck 2008, Chapter: The Road to National Unification
- ↑ Astarita 2005, p. 264
- ↑ Alter 2006, pp. 61–76
- ↑ Roberts 2014, p. xxxiii.
- ↑ Palmer, Robert R.; Colton, Joel (1995). A History of the Modern World: To 1815. Nova Iorque: McGraw-Hill. pp. 428–29. ISBN 0-07-040829-7
- ↑ a b Archer et al. 2002, p. 397
- ↑ Flynn 2001, p. 16
- ↑ McConachy, Bruce (2001). ?The Roots of Artillery Doctrine: Napoleonic Artillery Tactics Reconsidered? (PDF). The Journal of Military History. 65: 617–640. JSTOR 2677528. doi:10.2307/2677528
- ↑ Archer et al. 2002, p. 383
- ↑ Shy, John (1986). ?Jomini?. In: Paret, Peter. Makers of Modern Strategy: From Machiavelli to the Nuclear Age. [S.l.]: Princeton University Press. pp. 143–185. ISBN 978-1-234-56789-7.
- ↑ Archer et al. 2002, p. 380
- ↑ Roberts 2001, p. 272.
- ↑ Archer et al. 2002, p. 404
- ↑ ?Outlines of the evolution of weights and measures and the metric system?. Nova Iorque: The Macmillan Company. 1906. pp. 66–69
- ↑ Février, Denis. ?Un historique du mètre?. Ministère de l'Economie, des Finances et de l'Industrie (em francês). Consultado em 16 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 9 de mar?o de 2001
- ↑ Sabot, Thierry. ?Les poids et mesures sous l'Ancien Régime? [The weights and measures of the Ancien Régime]. histoire-genealogie (em francês)
- ↑ O'Connor 2003
- ↑ Emsley, Clive (2014). Napoleon: Conquest, Reform and Reorganisation. Abingdon-on-Thames: Routledge. ISBN 978-1317610281
- ↑ a b L. Pearce Williams (1956). ?Science, Education and Napoleon I?. Isis. 47: 369–382. JSTOR 226629. doi:10.1086/348507
- ↑ Bradley, Margaret (1975). ?Scientific education versus military training: the influence of Napoleon Bonaparte on the école Polytechnique?. Annals of science. 32 (5). pp. 415–49
- ↑ Roberts 2014, pp. 278–81
- ↑ ?Everything is Owed to Glory?. The Wall Street Journal. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Esdaile, Charles (2008). Napoleon's Wars: An International History, 1803–1815. New York: Viking. p. 39. ISBN 978-0-670-02030-0
- ↑ Gray, Colin S. (2007). War, Peace and International Relations: An Introduction to Strategic History. Abingdon-on-Thames: Routledge. ISBN 978-1-134-16951-1
- ↑ Abbott 2005, p. 3
- ↑ a b McLynn 1998, p. 666
- ↑ Repa, Jan. ?Furore over Austerlitz ceremony?. BBC. Consultado em 1 de dezembro de 2024
- ↑ Poulos 2000
- ↑ Geyl 1947
- ↑ Philip Dwyer, "Remembering and Forgetting in Contemporary France: Napoleon, Slavery, and the French History Wars", French Politics, Culture & Society (2008) 26#3. pp. 110–22. online
- ↑ Chandler 1973, p. xliii
- ↑ Hanson 2003
- ↑ Cronin 1994, p. 342–43
- ↑ Barnett, Correlli (1978). Bonaparte. [S.l.]: Allen and Unwin. ISBN 978-1317392972
- ↑ Tulard, Jean (1984). Napoleon: The Myth of the Saviour. Traduzido por Teresa Waugh. [S.l.]: George Weidenfeld & Nicolson. ISBN 978-0416395105
- ↑ Bergeron, Louis (1981). France Under Napoleon. Princeton: Princeton U.P. ISBN 978-0691007892
- ↑ Lieven, Dominic (2006). ?Russia and the Defeat of Napoleon (1812-14)?. Kritika: Explorations in Russian and Eurasian History (em inglês). 7 (2). pp. 283–308. Consultado em 1 de dezembro de 2024
- ↑ Alexander, Robert S. (2001). Napoleon. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 9780340719152, examines major debates among historians.
- ↑ Arnold, Eric A. (2000). ?English Language Napoleonic Historiography, 1973–1998: Thoughts and Considerations?. In: Western Society for French History. Proceedings of the Western Society for French History: Selected Papers of the 1998 Annual Meeting. 26. [S.l.]: New Mexico State University Press. pp. 283–94. ISSN 0099-0329.
- ↑ Dunne, John (2004). ?Recent Napoleonic Historiography: 'Poor Relation' Makes Good??. French History (em inglês). 18 (4). pp. 484–91. Consultado em 1 de dezembro de 2024
- ↑ Forrest, Alan (2004). ?Propaganda and the Legitimation of Power in Napoleonic France?. French History (em inglês). 18 (4). pp. 426–45. Consultado em 1 de dezembro de 2024
- ↑ Richardson 1921, pp. 101–06.
- ↑ Bryant, Mark (2010). ?Broadsides against Boney?. History Today (em inglês). 60 (1). pp. 52ff. Consultado em 1 de dezembro de 2024
- ↑ Bryant, Mark (2009). Napoleonic Wars in Cartoons. [S.l.]: Grub Street Publishing. ISBN 978-1906502270
- ↑ a b Hazareesingh 2004, pp. 463–83
- ↑ a b Datta, Venita (2005). ?'L'appel Au Soldat': Visions of the Napoleonic Legend in Popular Culture of the Belle Epoque?. French Historical Studies (em inglês). 28 (1). Duke University Press. pp. 1–30. JSTOR 40324425
- ↑ ?Call for Papers: International Napoleonic Society, Fourth International Napoleonic Congress?. La Fondation Napoléon. Arquivado do original em 8 de janeiro de 2009
- ↑ Ottavi, Laurent (2012). ?A New Napoleonic Campaign for Montereau?. Foundation Napoleon
- ↑ Grab 2003, country by country analysis
- ↑ ?Napoleonic Code?. Encyclop?dia Britannica. Consultado em 16 de janeiro de 2021
- ↑ Nieuwazny, Andrzej (1998). ?Napoleon and Polish identity?. History Today (em inglês). 48 (5). pp. 50–55
- ↑ McGraw-Hill's SAT Subject Test United States History, 3rd Edition, 2012, pp. 112–13.
- ↑ Biography.com (ed.). ?Biography of Josephine de Beauharnais?. Consultado em 16 de janeiro de 2021. Arquivado do original em 11 de novembro de 2011
- ↑ McLynn 1998, p. 117
- ↑ McLynn 1998, p. 271
- ↑ McLynn 1998, p. 118
- ↑ McLynn 1998, p. 284
- ↑ McLynn 1998, p. 188
- ↑ McLynn 1998, p. 100
- ↑ a b McLynn 1998, p. 663
- ↑ McLynn 1998, p. 630
- ↑ ?Reconstruction of the Lineage Y Chromosome Haplotype of Napoléon the First? (PDF). International Journal of Sciences. 2 (9): 127–39. ISSN 2305-3925
- ↑ McLynn 1998, p. 423
Bibliografia
Estudos biográficos
- Abbott, John (2005). Life of Napoleon Bonaparte. [S.l.]: Kessinger Publishing. ISBN 978-1-4179-7063-6
- Bell, David A. (2015). Napoleon: A Concise Biography. Oxford and New York: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-026271-6 only 140pp; by a scholar
- Blaufarb, Rafe (2007). Napoleon: Symbol for an Age, A Brief History with Documents. [S.l.]: Bedford. ISBN 978-0-312-43110-5
- Chandler, David (2002). Napoleon. [S.l.]: Leo Cooper. ISBN 978-0-85052-750-6
- Cronin, Vincent (1994). Napoleon. [S.l.]: HarperCollins. ISBN 978-0-00-637521-0
- Dwyer, Philip (2008). Napoleon: The Path to Power. [S.l.]: Yale University Press. ASIN B00280LN5G
- Dwyer, Philip (2013). Citizen Emperor: Napoleon in Power. [S.l.]: Yale University Press. ASIN B00GGSG3W4
- Englund, Steven (2004). Napoleon: A Political Life. [S.l.]: Scribner. ISBN 978-0-674-01803-7
- Johnson, Paul (2002). Napoleon: A life. [S.l.]: Penguin Books. ISBN 978-0-670-03078-1; 200 pp.; quite hostile
- Lefebvre, Georges (1969a). Napoleon from 18 Brumaire to Tilsit, 1799–1807. [S.l.]: Columbia University Press
- Lefebvre, Georges (1969b). Napoleon: from Tilsit to Waterloo, 1807–1815. [S.l.]: Columbia University Press
- Lyons, Martyn (1994). Napoleon Bonaparte and the Legacy of the French Revolution. [S.l.]: St. Martin's Press
- Markham, Felix (1963). Napoleon. [S.l.]: Mentor; 303 pp.; short biography by an Oxford scholar online
- McLynn, Frank (1998). Napoleon. [S.l.]: Pimlico. ISBN 978-0-7126-6247-5. ASIN 0712662472
- Roberts, Andrew (2014). Napoleon: A Life. [S.l.]: Penguin Group. ISBN 978-0-670-02532-9
- Thompson, J.M. (1951). Napoleon Bonaparte: His Rise and Fall. [S.l.]: Oxford U.P., 412 pp.
Fontes primárias
- Broadley, A. M., and J. Holland Rose. Napoleon in caricature 1795-1821 (John Lane, 1911) online, illustrated
- Gourgaud, Gaspard (1903) [1899]. Talks of Napoleon at St. Helena. Translated from the French by Elizabeth Wormeley Latimer. Chicago: A.C. McClurg
Estudos especializados
- Alder, Ken (2002). The Measure of All Things – The Seven-Year Odyssey and Hidden Error That Transformed the World. [S.l.]: Free Press. ISBN 978-0-7432-1675-3
- Alter, Peter (2006). T. C. W. Blanning and Hagen Schulze, ed. Unity and Diversity in European Culture c. 1800. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-726382-2
- Amini, Iradj (2000). Napoleon and Persia. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 978-0-934211-58-1
- Archer, Christon I.; Ferris, John R.; Herwig, Holger H. (2002). World History of Warfare. [S.l.]: University of Nebraska Press. ISBN 978-0-8032-4423-8
- Astarita, Tommaso (2005). Between Salt Water And Holy Water: A History Of Southern Italy. [S.l.]: W.W. Norton & Company. ISBN 978-0-393-05864-2
- Bell, David (2007). The First Total War. [S.l.]: Houghton Mifflin Harcourt. ISBN 978-0-618-34965-4
- Bordes, Philippe (2007). Jacques-Louis David. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 978-0-300-12346-3
- Brooks, Richard (2000). Atlas of World Military History. [S.l.]: HarperCollins. ISBN 978-0-7607-2025-7
- Chandler, David (1966). The Campaigns of Napoleon. New York: Scribner. ISBN 978-0025236608. OCLC 740560411
- Chandler, David (1973) [1966]. The Campaigns of Napoleon. [S.l.: s.n.]
- Chesney, Charles (2006). Waterloo Lectures:A Study Of The Campaign Of 1815. [S.l.]: Kessinger Publishing. ISBN 978-1-4286-4988-0
- Clausewitz, Carl von (2018). Napoleon's 1796 Italian Campaign. Trans and ed. Nicholas Murray and Christopher Pringle. Lawrence, Kansas: University Press of Kansas. ISBN 978-0-7006-2676-2
- Connelly, Owen (2006). Blundering to Glory: Napoleon's Military Campaigns. [S.l.]: Rowman & Littlefield. ISBN 978-0-7425-5318-7
- Cordingly, David (2004). The Billy Ruffian: The Bellerophon and the Downfall of Napoleon. [S.l.]: Bloomsbury. ISBN 978-1-58234-468-3
- Cullen, William (2008). Is Arsenic an Aphrodisiac?. [S.l.]: Royal Society of Chemistry. ISBN 978-0-85404-363-7
- Driskel, Paul (1993). As Befits a Legend. [S.l.]: Kent State University Press. ISBN 978-0-87338-484-1
- Flynn, George Q. (2001). Conscription and democracy: The Draft in France, Great Britain, and the United States. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 978-0-313-31912-9
- Fremont-Barnes, Gregory; Fisher, Todd (2004). The Napoleonic Wars: The Rise and Fall of an Empire. [S.l.]: Osprey. ISBN 978-1-84176-831-1
- Fulghum, Neil (2007). ?Death Mask of Napoleon?. University of North Carolina. Consultado em 4 de agosto de 2008. Cópia arquivada em 26 de julho de 2013
- Gates, David (2001). The Spanish Ulcer: A History of the Peninsular War. [S.l.]: Da Capo Press. ISBN 978-0-306-81083-1
- Gates, David (2003). The Napoleonic Wars, 1803–1815. [S.l.]: Pimlico. ISBN 978-0-7126-0719-3
- Godechot, Jacques; et al. (1971). The Napoleonic era in Europe. [S.l.]: Holt, Rinehart and Winston. ISBN 9780030841668
- Grab, Alexander (2003). Napoleon and the Transformation of Europe. [S.l.]: Macmillan. ISBN 978-0-333-68275-3
- Hall, Stephen (2006). Size Matters. [S.l.]: Houghton Mifflin Harcourt. p. 181. ISBN 978-0-618-47040-2
- Harvey, Robert (2006). The War of Wars. [S.l.]: Robinson. ISBN 978-1-84529-635-3
- Hindmarsh, J. Thomas; Savory, John (2008). ?The Death of Napoleon, Cancer or Arsenic??. Clinical Chemistry. 54 (12): 2092. doi:10.1373/clinchem.2008.117358. Consultado em 10 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 26 de dezembro de 2010
- Karsh, Inari (2001). Empires of the Sand: The Struggle for Mastery in the Middle East, 1789–1923. [S.l.]: Harvard University Press. ISBN 978-0-674-00541-9
- Mowat, R.B. (1924) The Diplomacy of Napoleon (1924) 350 pp. online
- O'Connor, J; Robertson, E F (2003). ?The history of measurement?. St Andrew's University. Consultado em 18 de julho de 2008
- Poulos, Anthi (2000). ?1954 Hague Convention for the Protection of Cultural Property in the Event of Armed Conflict? vol 28 ed. International Journal of Legal Information. 28: 1–44. doi:10.1017/S0731126500008842
- Richardson, Hubert N.B. A Dictionary of Napoleon and His Times (1921) online free 489pp
- Roberts, Chris (2004). Heavy Words Lightly Thrown. [S.l.]: Granta. ISBN 978-1-86207-765-2
- Schom, Alan (1997). Napoleon Bonaparte. [S.l.]: HarperCollins. ISBN 978-0-06-017214-5
- Schroeder, Paul W. (1996). The Transformation of European Politics 1763–1848. [S.l.]: Oxford U.P. pp. 177–560. ISBN 978-0-19-820654-5 advanced diplomatic history of Napoleon and his era
- Schwarzfuchs, Simon (1979). Napoleon, the Jews and the Sanhedrin. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-0-19-710023-3
- Watson, William (2003). Tricolor and crescent. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 978-0-275-97470-1. Consultado em 12 de junho de 2009
- Sicker, Martin (2001). The Islamic World in Decline: From the Treaty of Karlowitz to the Disintegration of the Ottoman Empire. [S.l.]: Greenwood. p. 99. ISBN 978-0275968915
- Wells, David (1992). The Penguin Dictionary of Curious and Interesting Geometry. [S.l.]: Penguin Books. ISBN 978-0-14-011813-1
Historiografia
- Broadley, Alexander Meyrick (1911). Napoleon in Caricature 1795-1821. [S.l.]: John Lane, 1911 Caricature
- Dwyer, Philip G. (2004). ?Napoleon Bonaparte as Hero and Saviour: Image, Rhetoric and Behaviour in the Construction of a Legend?. French History. 18 (4): 379–403. doi:10.1093/fh/18.4.379
- Dwyer, Philip (2008). ?Remembering and Forgetting in Contemporary France: Napoleon, Slavery, and the French History Wars?. French Politics, Culture & Society. 26 (3): 110–22. doi:10.3167/fpcs.2008.260306
- Englund, Steven. "Napoleon and Hitler". Journal of the Historical Society (2006) 6#1 pp. 151–69.
- Geyl, Pieter (1982) [1947]. Napoleon For and Against. [S.l.]: Penguin Books
- Hanson, Victor Davis (2003). ?The Claremont Institute: The Little Tyrant, A review of Napoleon: A Penguin Life?. The Claremont Institute
- Hazareesingh, Sudhir (2005). The Legend of Napoleon. [S.l.: s.n.]
- Hazareesingh, Sudhir. "Memory and Political Imagination: The Legend of Napoleon Revisited", French History (2004) 18#4 pp. 463–83.
- Hazareesingh, Sudhir (2005). ?Napoleonic Memory in Nineteenth-Century France: The Making of a Liberal Legend?. MLN. 120 (4): 747–73. doi:10.1353/mln.2005.0119
Liga??es externas
- O Guia Napole?nico
- Napoleon Series
- Sociedade Napole?nica Internacional
- Biografia do Servi?o Público de Radiodifus?o dos EUA
- Napole?o Bonaparte. 4267 no Projeto Gutenberg
Napole?o I de Fran?a Casa de Bonaparte 15 de agosto de 1769 – 5 de maio de 1821 | ||
---|---|---|
Diretório Francês | Consul Provisório da Fran?a 11 de novembro de 1799 – 12 de dezembro de 1799 Junto com Roger Ducos e Emmanuel Joseph Sieyès |
Consulado Francês |
Consulado Francês | Primeiro Consul da Fran?a 12 de dezembro de 1799 – 10 de maio de 1804 Junto com Jean-Jacques-Régis de Cambacérès e Charles-Fran?ois Lebrun |
Primeiro Império Francês |
Precedido por Luís XVI |
![]() Imperador dos Franceses 18 de maio de 1804 – 11 de abril de 1814 |
Sucedido por Luís XVIII |
Precedido por Luís XVIII |
![]() Imperador dos Franceses 20 de mar?o de 1815 – 22 de junho de 1815 | |
Precedido por Carlos V |
![]() Rei da Itália 17 de mar?o de 1805 – 11 de abril de 1814 |
Sucedido por Vítor Emanuel II
|
- Nascidos em 1769
- Mortos em 1821
- Napole?o Bonaparte
- Naturais de Ajaccio
- Reis de Itália
- Pessoas com excomunh?o convertida
- Presidentes da Itália
- Casa de Bonaparte
- Pessoas da Revolu??o Francesa
- Imperadores dos Franceses
- Monarcas católicos romanos
- Franceses de ascendência italiana
- Copríncipes de Andorra
- Nacionalistas da Fran?a
- Imperialistas da Fran?a
- Cavaleiros da Ordem de Santiago
- Carbonários