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História
Pré-história Idade da Pedra 百度 主要从事学生营养方面的研究和工作,包括儿童少年饮食行为的研究、人群营养状况的调查和监测、营养教育、学校营养午餐。

Paleolítico

Paleolítico Inferior c. 3,3 milh?es - c. 300.000 a.C.
Paleolítico Médio c. 300.000 - c. 30.000 a.C.
Paleolítico Superior c. 30.000 - c. 10.000 a.C.
Mesolítico c. 13.000 - c. 9.000 a.C.

Neolítico

c. 10.000 - c. 3.000 a.C.
Idade dos Metais Idade do Cobre c. 3.300 - c. 1.200 a.C.
Idade do Bronze c. 3.300 - c. 700 a.C.
Idade do Ferro c. 1.200 a.C. - c. 1.000 d.C.
Idade Antiga Antiguidade Oriental c. 4.000 - c. 500 a.C.
Antiguidade Clássica c. 800 a.C. - 476 d.C.
Antiguidade Tardia c. 284 d.C. - c. 750
Idade Média Alta Idade Média 476 - c. 1000
Baixa Idade Média Idade Média Plena c. 1000 - c. 1300
Idade Média Tardia c. 1300 - 1453
Idade Moderna 1453 - 1789
Idade Contemporanea 1789 - hoje

A Idade Moderna é um período histórico que é definido como parte ou como imediatamente anterior ao período moderno, com divis?es baseadas principalmente na história da Europa e no conceito mais amplo de modernidade. N?o há uma data exata que marque o início ou o fim do período e sua extens?o pode variar dependendo da área da história que está sendo estudada. Em geral, considera-se que o início do período moderno durou desde o início do século XVI até o início do século XIX (cerca de 1501-1800). Em um contexto europeu, é definido como o período após a Idade Média e anterior ao advento da modernidade; mas as datas dessas fronteiras est?o longe de ser universalmente acordadas. No contexto da história global, o início do período moderno é frequentemente usado mesmo em contextos onde n?o há um período "medieval" equivalente.

Vários eventos e transi??es históricas foram propostos como o início do início do período moderno, incluindo a queda de Constantinopla em 1453, o início do Renascimento, o fim das Cruzadas, a Reforma na Alemanha dando origem ao Protestantismo e o início da Era do Descobrimento e com ela o início da primeira onda de coloniza??o europeia, tipo, Descobrimento do Brasil, Coloniza??o espanhola e coloniza??o inglesa na América. Seu fim é muitas vezes marcado pela Revolu??o Francesa, e às vezes também pela Revolu??o Americana ou pela ascens?o de Napole?o Bonaparte ao poder, com o advento da coloniza??o moderna da segunda onda do Novo Imperialismo.

Historiadores nas últimas décadas argumentaram que, do ponto de vista mundial, a característica mais importante do início do período moderno foi seu caráter globalizante de dissemina??o. Novas economias e institui??es surgiram, tornando-se mais sofisticadas e globalmente articuladas ao longo do período. O início do período moderno também incluiu a ascens?o do domínio do mercantilismo como uma teoria econ?mica. Outras tendências notáveis do período incluem o desenvolvimento da ciência experimental, o progresso tecnológico cada vez mais rápido, a política cívica secularizada, as viagens aceleradas devido a melhorias no mapeamento e no projeto de navios e o surgimento de estados-na??o.

Historiadores à escala mundial nas décadas mais recentes têm argumentado que de uma perspectiva mundial, a característica mais importante que deu início à idade moderna foi a globaliza??o.[1] Este período da história moderna está caracterizado pela explora??o e coloniza??o do Continente Americano e o estabelecimento de contatos sólidos entre civiliza??es espalhadas pelo mundo. As potências mundiais envolveram-se umas com as outras através do comércio, à medida que bens, plantas, animais e alimentos viajavam do Velho Mundo para o Novo Mundo e vice-versa.

Novas economias e institui??es emergiram, tornando-se mais sofisticadas e globalmente articuladas à medida que o tempo foi passando. Este processo come?ou nas cidades-estado medievais do norte da Itália, particularmente Génova, Veneza e Mil?o. Este período da história humana também inclui o estabelecimento de uma teoria econ?mica dominante, o mercantilismo. A coloniza??o europeia dos continentes americano, asiático e africano ocorreu desde o século XV até ao século XX, disseminando a religi?o crist? por todo o mundo.

As tendências em diversas regi?es do mundo durante a Idade Moderna apresentam uma mudan?a daquilo que havia sido ao longo de séculos a organiza??o, a política ou a economia. O feudalismo foi posto de lado na Europa, ao mesmo tempo que este período viu também a Reforma Protestante, a desastrosa Guerra dos Trinta Anos, a Revolu??o Comercial, a coloniza??o europeia do continente americano, a Era Dourada da Pirataria e o início da Idade das Revolu??es, que para além de ter ocorrido a Revolu??o Industrial, trouxe também a ocorrência de grandes revolu??es políticas e sociais como a francesa e a norte-americana.

Na ásia, no século XVI, a economia chinesa sob a Dinastia Ming foi estimulada gra?as às trocas comerciais com os portugueses, os espanhóis e os holandeses, enquanto no Jap?o come?ou o período conhecido como Nanban, depois da chegada dos primeiros portugueses ao arquipélago. Outras tendências notáveis deste período incluem o desenvolvimento da ciência experimental, as viagens cada vez mais céleres gra?as aos avan?os na cartografia e na produ??o de mapas, o progresso tecnológico cada vez mais rápido, a seculariza??o das políticas civis e o aparecimento dos estados-na??o. O final deste período da história humana termina com o aparecimento da Idade Contemporanea, consensualmente definida como tendo come?ado com a Revolu??o Francesa.[2]

Feudalismo e capitalismo

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O feudalismo foi um sistema político, econ?mico e social que predominou durante toda a Idade Média. Mas, já no final da Idade Média, o uso da terra, fundamental para o povo naquele período, foi perdendo a for?a. Os campos foram abandonados e o comércio nascia fortalecido.

Depois de longos anos de devasta??o e desordem, come?ava certa estabilidade econ?mica. O castelo, centro das atividades econ?micas, ia perdendo sua importancia. O progresso do comércio artesanal, as feiras medievais, a cidade burguesa incompatível com o feudo ofereciam chances de lucro e atrativos do comércio.

Johannes Gutenberg, o inventor da imprensa.

A difus?o de alguns inventos que impulsionaram o progresso técnico e os avan?os da ciência contribuíram para essa transforma??o: a bússola, inven??o dos chineses, come?ou a se generalizar entre os séculos XIV e XV e permitia a orienta??o dos navegadores em alto-mar; a pólvora, também inventada pelos chineses, introduzida na Europa (século XIV), revolucionou a arte da guerra; a imprensa foi um invento revolucionário devido ao alem?o Johannes Gutenberg (século XV), e com ela se multiplicaram os livros. A vida urbana tem início, aumenta a popula??o das cidades.

No início da Idade Moderna, as cidades se expandem, v?o de forma gradual deixando para trás a experiência do feudo. Claro que elas tiveram que lutar para sobreviver, tanto na parte econ?mica como na social e política.

As comunica??es iam se tornando mais velozes, estradas iam se abrindo, mudando toda a paisagem de cada localidade.

Uma nova classe social, que reunia banqueiros, artes?os, camponeses, mercadores, aparecia com o nome de burguesia.

O dinheiro adquiriu valor e o comércio superou a terra.

Liga Hanseática.

A passagem econ?mica da Idade Média para a Moderna se deu com o aparecimento do capitalismo.

Gradativamente, o comércio foi se desenvolvendo, a princípio dentro da própria cidade, depois entre duas ou mais cidades e, por fim, entre países.

Com o sistema capitalista, os trabalhadores come?aram a ter um salário. Os produtos foram produzidos em maior quantidade, e nascia assim a passagem do feudalismo ao capitalismo.

O desenvolvimento das navega??es vai fortalecer as rotas marítimas e comerciais abertas na Idade Média.

Crescia o comércio por terra e por mar e mudava o quadro político, econ?mico e social da Europa.

Grandes associa??es surgiram (associa??es livres), formando as hansas. A mais conhecida foi a Liga Hanseática ou Hansa Teut?nica. Era uma associa??o que agrupava mais de 160 cidades no comércio com o leste da Europa.

Progresso comercial

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O progresso comercial e urbano, a burguesia, o artesanato, as feiras, as rotas terrestres e marítimas deram ao rei a certeza de que, se ele n?o aceitasse o comércio e se aliasse aos burgueses, certamente n?o teria sucesso financeiro.

Surgiu a alian?a rei-burguesia, e tal fato foi, sem dúvida, a abertura do sistema capitalista.

O capitalismo é um sistema político, social e econ?mico que tem como características:

Fases do capitalismo

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  • Na sua fase pré-inicial, recebeu o nome de pré-capitalismo, porque nessa fase as rela??es de produ??o ainda n?o foram totalmente assalariadas (séculos XII e XV).
  • Capitalismo comercial, fase em que come?am a existir rela??es de trabalho e produ??o assalariadas (séculos XV ao XVIII).
  • Capitalismo industrial, que surgiu na Inglaterra, com a Revolu??o Industrial. A acumula??o de capital come?ou a se concentrar em grandes produ??es e o capital passou a dominar o processo de distribui??o e consumo de mercadorias. O trabalho assalariado instalou-se definitivamente (séculos XVIIIa XX).
  • Capitalismo financeiro é a base do capitalismo em que se vê grande quantidade de concentra??o financeira. Grandes movimentos e sistemas bancários dominaram o mercado. (é o sistema predominante nos dias atuais para os países que adotam o capitalismo como sistema econ?mico.)
  • A globaliza??o é um dos processos de aprofundamento da integra??o econ?mica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunica??o dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI.

Portanto, a Idade Moderna surge com novos empreendimentos políticos, econ?micos e sociais.

Surgiu a organiza??o empresarial e o espírito de lucro, dando início aos tempos modernos. Abre-se um novo contexto sociocultural e econ?mico na Europa.

Grandes navega??es

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No período de transi??o da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, o Mar Mediterraneo continuou a principal liga??o entre os países conhecidos. Esse intercambio se fazia através das rotas das especiarias, que eram monopólio das grandes cidades italianas, como Gênova e Veneza. As mercadorias orientais (sedas, porcelanas e principalmente condimentos, como a pimenta e a canela, indispensáveis para a conserva??o dos alimentos), depois de passarem por muitos portos e intermediários, eram vendidas a pre?os altíssimos para as na??es europeias, obrigando-as a uma situa??o de dependência dos comerciantes italianos.

A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o tráfico de mercadorias. Dominando a maioria dos portos mediterraneos, os turcos exigiam elevadas taxas das caravanas comerciais, for?ando assim novo aumento nos pre?os dos produtos.

Era necessário descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e italiana. Os reinos ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir condi??es técnicas e financeiras para explorar as novas terras.

A península ibérica e as grandes navega??es

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Reino português

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Uma carta náutica de Fern?o Vaz Dourado, da áfrica ocidental extraída do atlas náutico de 1571, pertencente ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa.

Portugal foi a primeira na??o a financiar expedi??es marítimas. Vários fatores contribuíram para esse pioneirismo: a existência de bons portos; a familiaridade portuguesa com o mar, devido à grande atividade pesqueira desenvolvida na regi?o; uma burguesia enriquecida e disposta a investir para aumentar seus lucros; a paz interna e a centraliza??o do poder. Portugal foi o primeiro reino a se unificar, formando um estado nacional.

A Escola de Sagres também contribuiu grandemente, fornecendo condi??es tecno-científicas para a navega??o num oceano ate ent?o desconhecido: o Atlantico.

Bússolas e astrolábios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores cartógrafos da época e, principalmente, a caravela com suas velas triangulares possibilitaram aos navegantes resistir e atravessar o bravio "Mar Tenebroso".

A expans?o portuguesa iniciou-se pelo norte da áfrica, com a tomada de Ceuta, em 1415 (importante centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e A?ores. Gradativamente, em expedi??es sucessivas, sempre contornando o continente africano, em 1487, Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperan?a no sul da áfrica. Em 1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental da índia.

A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores portugueses e, ao mesmo tempo, estabelecia concorrência com os produtos trazidos através das rotas italianas.

Reino espanhol

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Provável retrato de Colombo em pormenor de "Virgen de los Navegantes" pintado por Alejo Fernández entre 1500 e 1536, atualmente na "Sala de los Almirantes", no Reales Alcázares de Sevilla (foto por Manuel da Silva Rosa).

Formado pela uni?o dos reis Dom Fernando de Arag?o e Dona Isabel de Castela, a Espanha lan?ou-se à explora??o dos mares quase um século depois de Portugal. Dois motivos provocaram esse atraso:

  • era necessário primeiramente expulsar os mouros (mu?ulmanos) do território espanhol;
  • era preciso descobrir um novo caminho para n?o utilizar a rota portuguesa.

A Espanha n?o hesitou em dar o empreendimento ao estrangeiro Cristóv?o Colombo. Sua teoria da esfericidade da Terra (confirmada pouco depois pelo cientista Nicolau Copérnico) n?o mereceu muito crédito na época.

Acreditando na possibilidade de atingir as índias sempre navegando para oeste, Colombo dirigiu suas três caravelas nessa rota, e teria alcan?ado as índias caso o continente americano n?o estivesse no caminho.

As naus espanholas desembarcaram na ilha de Guanaani (atual ilhas Bahamas) e depois em Cuba e S?o Domingos. Era o ano de 1492. Certo de que obtivera sucesso, Colombo deu o nome de índios aos habitantes encontrados na nova terra. Realizou ainda outras viagens, sempre explorando as ilhas americanas.

Interven??o católica

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Detalhe do mapa "Terra Brasilis" (Atlas Miller, 1519), atualmente na Biblioteca Nacional de Fran?a.

A descoberta da América por Colombo provocou disputa entre os reinos ibéricos, interessados na posse de terras. Portugal preocupou-se em firmar um tratado que lhe assegurasse o domínio das terras existentes a leste do oceano Atlantico.

O acordo entre os dois países foi julgado pelo papa Alexandre VI, que confirmou um novo tratado. Partindo-se de uma linha imaginária tra?ada a partir do pólo (37°), o Tratado de Tordesilhas estabeleceu que as terras encontradas a oeste dessa linha pertenceriam à Espanha e aquelas situadas a leste seriam de Portugal.

Por esse motivo, a esquadra de Pedro álvares Cabral, que se dirigia às índias, fez um desvio proposital para oeste para garantir ao rei português a posse das terras do Brasil.

Os outros países europeus desconsideraram esse tratado, que os excluía, e procuraram se estabelecer e explorar o novo continente.

Características da coloniza??o ibérica

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As novas conquistas n?o ofereceram interesse imediato a Portugal. O comércio de especiarias estava no auge: o aumento de consumo e sua falta no mercado europeu faziam com que as cargas dos navios que retomavam das índias fossem disputadas e as mercadorias alcan?assem pre?os elevados na revenda. Por esse motivo, Portugal limitou-se a estabelecer algumas feitorias nas novas terras, para desenvolver atividades extrativas. Com a demarca??o de terras entre Espanha e Portugal e a posterior ocupa??o europeia das terras, os indígenas ficaram expostos diante estas duas frentes de expans?o como pelas frentes missionárias e de plantations. Tais frentes n?o eram movimentos pacíficos e pretendiam incorporar o mesmo território e os mesmos indivíduos (SCHMITZ, 1991, p. 49).[3] Utilizava-se da m?o-de-obra indígena, onde poderia ocorrer o escambo, troca de utensílios europeus por outros materiais, servi?os ou mesmo indígenas destinados ao escravismo. No sul do Brasil, por volta de 1600, acontecem as "descidas", escraviza??o sistemática dos índios. Eram promovidas pelos moradores de S?o Vicente que aportavam em Laguna, Araranguá, Mampituba e Lagoa dos Patos, onde na costa existiam feitorias para negociar os indígenas. Segundo Schmitz (1991, p. 50),[4] este comércio tinha como mentores pajés e mesti?os, que quando os navios chegaram à barra, eram enviados emissários ao sert?o pelos chefes chamados Tubar?es para avisar que havia utensílios para trocar por gente.

Mas a exclusividade da rota marítima durou pouco. Inglaterra, Fran?a e Holanda, ignorando propositadamente o tratado que dividia a América entre as duas na??es, passaram a utilizar-se dos caminhos recém-descobertos para suas próprias transa??es comerciais. O aumento da oferta de produtos provocou a queda dos pre?os e, portanto, dos lucros obtidos. Os reinos ibéricos tentaram, ent?o, nova atividade lucrativa, através do povoamento e explora??o colonial.

Coloniza??o portuguesa

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Fez-se ao longo do litoral atlantico, insistindo-se no cultivo de produtos raros na Europa. Um deles, a cana-de-a?úcar, encontrou condi??es de solo e clima propícios no Nordeste do Brasil, tornando-se a base da economia lusitana na época.

A necessidade de homens para a lavoura, homens que trabalhassem para donatários e n?o para seu próprio enriquecimento, alterou a rela??o inicial entre brancos e índios. "A legisla??o portuguesa sempre procurou contrariar ou dificultar a imigra??o, embora milhares de camponeses europeus n?o tivessem terras e passassem fome" (Décio Freitas). Livres, com valores culturais e estrutura social e econ?mica bem diversos dos colonizadores, os índios n?o se sujeitavam às imposi??es dos brancos. As lutas entre colonizadores e índios condenaram ao desaparecimento inúmeras na??es indígenas, ao mesmo tempo que instituíam a mais abominável explora??o humana: o regime escravo.

Coloniza??o espanhola

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Os conquistadores espanhóis encontraram impérios indígenas ricos e evoluídos, como os dos maias, astecas e incas. Esses povos possuíam conhecimentos de astronomia e geometria, cultivavam a terra utilizando o sistema de irriga??o, além de terem um artesanato e uma arquitetura evoluídos.

Para dominar esses povos, os espanhóis aproveitaram-se de suas armas e cavalos (desconhecidos para os nativos) e também das rivalidades entre tribos, aliando-se às menores para conquistar os maiores impérios. Com suas tradi??es destruídas e cidades arrasadas, foram for?ados a aceitar o trabalho obrigatório (encomienda). Cada comunidade indígena estava sob supervis?o de brancos (encomenderais), determinando também a (mita), o trabalho for?ado dos alde?es na realiza??o das obras públicas e outros servi?os ao governo.

Considerar o elemento nativo como inferior foi o tra?o comum na coloniza??o dos países ibéricos. Desrespeitaram e baniram a cultura local, provocando desaparecimento de muitas na??es indígenas em nome da "civiliza??o" que Ocidente trouxe como "legado" que deveria ser incorporado às terras conquistadas. Em menos de cem anos, vitimaram-se três quartos da popula??o americana. Tornou-se imperiosa a vinda de escravos africanos.

Política econ?mica

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O objetivo da coloniza??o foi primordialmente explorar da forma mais lucrativa possível seus domínios coloniais. N?o havia nenhuma inten??o de povoamento: trabalhadores livres, em grande número, buscariam seu próprio enriquecimento e dificultariam a fiscaliza??o e taxa??o de impostos.

Estabeleceram-se novos princípios econ?micos para as rela??es entre metrópole e col?nia. As principais leis mercantilistas foram:

  • Metalismo: acreditava-se que a riqueza de uma na??o era medida pela quantia de metais preciosos que possuísse. As col?nias espanholas, ricas em minérios, tornaram essa na??o a mais poderosa da época;
  • Pacto Colonial: definia as rela??es entre metrópole/col?nia. A col?nia vendia seus produtos exclusivamente para a metrópole e dela comprava tudo de que necessitasse. Essa exclusividade comercial influiu negativamente no desenvolvimento da col?nia. Sua margem de lucro era determinada pela metrópole, que reservava para si a revenda dos produtos coloniais a pre?os bem mais elevados no mercado europeu. Na importa??o colonial, a metrópole agia como intermediária, comprando os produtos de outros países para vendê-los com lucros de comerciante na col?nia.

Esse comércio desvantajoso, aliado à proibi??o de instalar manufaturas próprias e produzir artigos semelhantes aos da metrópole, gerou uma situa??o de total dependência econ?mica, que posteriormente prejudicou a independência política e financeira dos países dominados.

  • Balan?a comercial favorável: países como Inglaterra e Fran?a, que n?o puderam contar com o afluxo de metais preciosos, desenvolveram uma política de conten??o de importa??es, enquanto estimulavam as exporta??es. Dessa forma, o dinheiro arrecadado no comércio externo era bastante superior àquele gasto na compra de produtos estrangeiros, deixando um saldo financeiro favorável ao país. Para isso, os governos tomaram medidas protecionistas: estimulava-se a produ??o agrícola e manufatureira do país; impunham-se altas taxas alfandegárias aos produtos importados, for?ando a redu??o de consumo dos mesmos; n?o se permitia a importa??o de produtos que concorressem com os de fabrica??o nacional; proibia-se a exporta??o de matérias-primas que pudessem desenvolver mercadorias semelhantes às fabricadas pelo país.
  • Monopólios: a comercializa??o era permitida a grupos de mercadores escolhidos pelo rei. Esses grupos tinham seus locais de compra e venda predeterminados, n?o podendo operar fora de suas regi?es. Os monopólios permitiam ao soberano um eficaz controle das transa??es efetuadas nos diversos países.

No início do século XVII, a prática provou que o equilíbrio da balan?a comercial e os monopólios contribuíram decisivamente para a supremacia anglo-francesa no conjunto das na??es europeias. O ouro em quantidade, sem aplica??o sólida, n?o garantia o progresso de um Estado. A Espanha, que n?o aplicou seus lucros na melhoria das técnicas agrícolas e tampouco na instala??o de manufaturas, perdeu sua posi??o para os países que desenvolveram a produ??o interna e fortaleceram o comércio nos dois níveis: externo e interno.

Os homens da Idade Média consideravam os aspectos e fatos da vida e da história de acordo com os ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos históricos se explicavam pela vontade de Deus, um ser superior. Toda a ciência, a literatura e a arte daquela época dependiam do pensamento religioso.

Todavia, no decorrer do século XIII, a Itália e o resto da Europa come?aram a modificar seu modo de pensar, voltando suas aten??es para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter importancia como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua vontade.

No Renascimento, o mundo aparece como cenário das a??es humanas, e n?o como express?o da vontade divina. A natureza também atrai as aten??es e se torna objeto de observa??es e estudos por parte dos renascentistas.

A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspetos, o prosseguimento da vida econ?mica, social e cultural que aconteceu na Itália e depois no resto da Europa.

O termo Renascimento vem de renascer da Idade Média, isto é, renascer ou reviver os valores da Antiguidade clássica greco-romana.

O Renascimento come?ou na Itália, com o desenvolvimento das cidades e do comércio.

As cidades italianas abrigavam nobres senhores, como os Louren?o de Médici, da cidade de Floren?a; os Gonzaga, da cidade de Mantova; os Sforza, da cidade de Mil?o, e tantos outros nobres senhores que, gozando de prosperidade econ?mica, resolveram financiar e proteger artistas, cientistas e literatos.

Esses protetores de artistas eram chamados mecenas.

  • A descoberta do Novo Mundo (Américas): As Grandes Navega??es trouxeram novas experiências culturais e científicas.
  • O humanismo: Durante toda a Idade Média, o homem foi uma criatura frágil e submissa à vontade de Deus. Com o humanismo, ele acaba por se tornar responsável por si mesmo e n?o mais subordinado à vontade divina.
  • A queda de Constantinopla, a importante capital do Império Romano do Oriente, grande centro comercial e cultural medieval. Muitos intelectuais de Constantinopla se dirigiram à Itália após a sua queda.
  • O apoio dos mecenas, ricos senhores que patrocinavam artistas e literatos.
  • A inven??o da imprensa: Os livros n?o seriam mais manuscritos, o que facilitaria a divulga??o da cultura.
  • Abertura das universidades: Os humanistas fizeram reviver e renascer valores da Antiguidade clássica greco-romana.
  • Características: O Renascimento tem como características: cria??o, originalidade, novos ideais, renova??o artística e intelectual.
  • Retorno à cultura greco-romana: Antigos valores s?o reaproveitados.
  • Racionalismo: O uso da raz?o, mais do que dos sentimentos.
  • Hedonismo: Os prazeres de viver a vida no dia-a-dia foram valorizados.
  • Neoplatonismo: Alguns valores da Igreja foram criticados e abandonados.

Chamamos de humanismo o movimento literário e cultural que fez reviver os estudos da literatura clássica grega e romana, indispensáveis para a forma??o do homem e para levá-lo a viver com sabedoria e harmonia em sociedade.

O interesse dos humanistas era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, enfatizando o homem, a ponto desse movimento ser chamado de antropocentrismo, colocando o homem como centro dos interesses e aten??es.

Os humanistas desprezaram alguns valores crist?os, embora fossem crist?os, e apenas desejavam dar uma nova interpreta??o às mensagens do Evangelho.

Os humanistas queriam a todo custo criar uma nova cultura: introduziram métodos críticos na leitura e interpreta??o de fontes, reconstruindo textos originais, eliminando deforma??es e omiss?es dos copistas medievais.

Muitas universidades foram fundadas, porém o ensino era ainda medíocre. Muitos príncipes, nobres e humanistas reuniram importantes obras manuscritas da Antiguidade, a pre?o de ouro, e juntos come?am a formar grandes bibliotecas. Surgiram, também, associa??es culturais chamadas academias.

Renascimento literário

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O papa Nicolau (1447-1455) reuniu no seu palácio mais de 5 mil manuscritos, que mais tarde viriam a formar a biblioteca do Vaticano, hoje uma das mais ricas do mundo.

A inven??o da imprensa, em 1450, pelo alem?o Johannes Gutenberg, foi responsável pela impress?o da Bíblia e, daí por diante, surgiram muitos livros, facilitando o conta(c)to dos leitores com a cultura. Nesse meio tempo, os artistas italianos se entusiasmaram pela arte greco-romana e tentaram fazê-la reviver.

Grandes humanistas apareceram em toda a Europa e deram for?a ao movimento literário.

  • Fran?ois Rabelais (1494-1553), autor que pretendeu satirizar os costumes educacionais da época. Sua obra-prima, Gargantua e Pantagruel, é uma narrativa baseada em lendas populares francesas e nela Rabelais satiriza os costumes da época.
  • Michel Montaigne (1533-1592), escritor francês. Estudou Direito e sua principal obra é Ensaios. Nela, ele comenta e analisa o comportamento, as rea??es do homem e os problemas do seu tempo, tomando por base suas próprias experiências.

Renascimento artístico

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A principal característica da pintura renascentista é a liberta??o. Os homens do Renascimento se sentiam o centro do Universo, expondo sua própria personalidade ao mundo que os circundava, procurando leis de equilíbrio e de harmonia para imitá-la na vida e na arte.

A renova??o do humanismo e do Renascimento transforma conven??es, ideias, ambientes e cria a base cultural que se irá manifestar na Idade Moderna.

  • Rubens, nascido Peter Paul Rubens (1577), o maior dos pintores flamengos. Demonstra euforia da vida, as formas s?o livres, as pinturas femininas (as mulheres) s?o pesadas e as pinturas masculinas (os homens) s?o sólidas, bem constituídas.
    Principais telas: Rapto das filhas de Leucipo, Rapto de Europa, Cora??o de Maria de Médicis e outras.

Renascimento científico

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  • Nicolau Copérnico (1473-1543), polonês. Seu trabalho girou em torno da revolu??o da órbita celeste. Ele contestava que a Terra fosse o centro do Universo e dava a ideia da teoria heliocêntrica.
    Segundo Copérnico, o mundo material n?o possuía centro. Dessa forma, ele mostrou aos homens que as mesmas leis que regiam os fen?menos da Terra podiam ser aplicadas ao Universo.
    Copérnico colocou o Sol, e n?o a Terra, como centro do Universo. Essa teoria se chamou heliocentrismo.

O Renascimento foi um fen?meno histórico que fez reviver valores, criar outros novos e trouxe o despertar de novos momentos na literatura, na arte e na ciência.

A sociedade da época aproveitou muito da cultura renascentista, que até hoje chega para nós. Foi o Renascimento, sem dúvida, o alvorecer da Idade Moderna.

Reforma e Contra-Reforma

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A Reforma foi um movimento que surgiu dentro da Igreja Católica como resposta às dúvidas dos fiéis e às discuss?es religiosas. As ideias renascentistas valorizaram o homem e suas realiza??es, a expans?o comercial permitiu o confronto de valores e culturas diversas e provocou um "repensar" crítico do mundo, até ent?o dominado pelo clero romano. As altera??es político-econ?micas da época exigiam uma reformula??o na estrutura social, mas a Igreja retardou sua a??o, permitindo o aparecimento da crise nas ideias católicas.

No plano político, a autoridade papal (supranacional) interferia no poder do rei. A obrigatoriedade do consentimento do papa na administra??o dos soberanos ia enfraquecendo o poder deles sobre o Estado. A teoria do Estado independente de Maquiavel come?ava a frutificar.

No plano econ?mico, a Igreja continuava proibindo a usura (juros altos) e pregando a venda das mercadorias por um pre?o justo. Essa teoria era incompatível com o enriquecimento e a ascens?o da burguesia comercial. Os negociantes queriam liberdade de pre?os para garantir a expans?o de seus negócios e aumentar seus lucros.

Os camponeses, sem esperan?as dentro de suas vidas miseráveis, queriam livrar-se das taxas impostas pelos grandes senhores e também do dízimo obrigatório cobrado pela Igreja.

Essa insatisfa??o era alimentada pela corrup??o que se verificava nas ordens clericais. Como representantes de Deus, investidos de poder supremo sobre os homens, suas preocupa??es se restringiam à política, à guerra e às artes, ignorando a necessidade das almas que lhes cabia conduzir. A riqueza e o conforto em que viviam desagradava aos fiéis, que desejavam uma religi?o mais próxima dos ensinamentos e exemplos de Cristo.

A decadência moral dos sacerdotes favoreceu o aparecimento de numerosas seitas, que contestavam alguns dogmas católicos e propunham uma vida de desapego aos bens materiais. Entre estes, destacaram-se os valdenses (seguidores de Pedro Valdo) e os albigenses (da cidade francesa de Albi), que pregavam maior fraternidade entre os homens, uma vida mais humilde, com a divis?o dos bens entre os membros de suas comunidades. Essas atitudes foram consideradas "heresias" e a Igreja, através dos tribunais da Inquisi??o, perseguiu e matou aqueles que se obstinavam em seguir essas seitas.

Outros pregadores, como o inglês John Wycliffe (professor em Oxford) e o estudante tcheco John Huss, condenaram o poderio da Igreja, propuseram a seculariza??o de seus bens e o acesso dos fiéis às escrituras. A morte de John Huss e do monge florentino Savonarola, líder político que criticou o humanismo renascentista e a corrup??o do papa Alexandre VI, aumentou o conflito que se instalava entre os poderes dominantes na época.

Outro fator que desmoralizou a autoridade da Igreja Católica foi a crise do papado, que foi o controle que os reis franceses exerceram sobre o papa durante o século XIV, com a transferência da sede do Vaticano de Roma para Avinh?o (Fran?a). Os demais países contestaram e a Igreja chegou a possuir dois pontífices: um em Roma e outro na Fran?a.

Raz?es políticas na Reforma

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A Reforma protestante foi iniciada por Martinho Lutero, e foi principalmente impulsionada por raz?es de interpreta??o das escrituras, políticas e sociais[5][6][7]

  • Contesta??o veemente sobretudo a doutrina de que o perd?o de Deus poderia ser adquirido pelo comércio das indulgências. Essa discordancia inicial resultou na publica??o das famosas 95 Teses de Lutero em 1517, em um contexto de conflito aberto contra o vendedor de indulgências Johann Tetzel, escritos, a pedido do Papa Le?o X, e que resultou na excomunh?o de Lutero da Igreja Romana e em sua condena??o como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Germanico.
  • os conflitos políticos entre autoridades da Igreja Católica e governantes das monarquias europeias, tais governantes desejavam para si o poder espiritual e religioso da Igreja e do Papa,[8][9] muitas vezes para assegurar o direito divino dos reis;
  • Práticas como a usura eram condenadas pela ética católica, assim a burguesia capitalista que desejava altos lucros econ?micos sentiram-se mais "confortáveis" se pudessem seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e conceito de Lutero de que a fé sem as obras justifica (Sola fide);[9][8][10][11][12][13]
  • Algumas causas econ?micas para a aceita??o da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja católica e de se ver livre da tributa??o papal.[14] Também na Alemanha, a pequena nobreza estava amea?ada de extin??o em vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam às terras da igreja. Somente com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras;[15][16][17]
  • Durante a Reforma na Alemanha, autoridades de várias regi?es do Sacro Império Romano-Germanico pressionadas pela popula??o e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas,[18] substituindo-os por religiosos com forma??o luterana.[19]

A Reforma de Martinho Lutero

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Era bastante ruim a situa??o da Alemanha, no século XV. Sem um poder centralizado, dividida entre vários senhores feudais e praticando uma economia agrária, custava a desenvolver-se economicamente. O povo estava esmagado pelos tributos feudais e o dizimo. A Igreja recolhia ali inúmeros impostos e era proprietária de grandes extens?es de terras.

A única consola??o do povo era a fé. Mas como acreditar numa Igreja que vendia os cargos eclesiásticos a quem pagasse mais e que n?o escondia os filhos ilegítimos dos "celibatários" sacerdotes? E, pior do que tudo: oferecia o perd?o dos pecados através do pagamento de bulas que comprovavam a absolvi??o do papa (indulgência).

A indigna??o aumentou quando o monge Tetzel foi à Alemanha para a venda de bulas, no intuito de arrecadar mais dinheiro para a constru??o da Basílica de S?o Pedro. Martinho Lutero, monge alem?o, criticou os abusos de Tetzel e come?ou a denunciar publicamente a corrup??o da Igreja Romana.

A preocupa??o de Lutero era com a salva??o da alma, mas, perseguido e amea?ado de excomunh?o, n?o recuou e exp?s suas ideias na Catedral de Wittenberg (as 95 Teses de Lutero).

Lutero, contrariando a doutrina adotada pela Igreja Romana de que o homem se salva pelas boas obras, adotou as ideias de Santo Agostinho, "O homem se salva pela fé". Prop?s uma igreja mais simples, onde o Evangelho fosse discutido pelos fiéis, que teriam a Bíblia traduzida no seu próprio idioma (O próprio Lutero traduziu a Bíblia para o alem?o). Também era contrário ao celibato clerical e favorável a que as terras da igreja passassem a pertencer ao Estado.

Persegui??o e massacre de anabatistas

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Martinho Lutero era radicalmente contra o corpo doutrinário e o movimento anabatista que originou-se na Reforma, que foi liderado por Thomas Münzer.[19] Münzer inicialmente era adepto de Lutero, porém ao defender juntamente com seu movimento uma sociedade sem diferen?as entre ricos e pobres, e sem propriedade privada,[19] este foi fortemente atacado por Lutero, e eles romperam.[14] Lutero argumentou para Münzer que a existência de "senhores e servos era vontade divina",[19] legitimando assim o poder político.

Em 1524 Münzer iniciou uma revolta camponesa comandada pelos anabatistas,[19] que provocou a Guerra dos Camponeses, comandando massas camponesas contra a nobreza imperial. Nesse conflito Lutero escreveu aos príncipes contra Munzer, afirmando: "Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que n?o há nada mais pe?onhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde".[19]

Após a derrota dos Camponeses na guerra, os anabatistas continuaram sendo perseguidos e executados em países protestantes,[5] por exemplo, a Holanda e Frísia, que massacraram aproximadamente 30.000 anabatistas nos dez anos que se seguiram a 1535.[5]

Controvérsia com Filipe de Hesse

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Filipe I de Hesse, cuja bigamia provocou grande escandalo e prejudicou a imagem de Lutero e os reformadores alem?es, que aconselharam Filipe a se casar secretamente e negar o caso quando viesse a público.[20] Pintura de Filipe I no Museu de Wartburg.

Em dezembro de 1539, Filipe I de Hesse, que já era casado, queria se casar novamente com uma das damas-de-espera de sua esposa e assim, praticar a bigamia. Filipe solicitou a aprova??o dos principais reformadores alem?es; Lutero, Melanchthon e Bucer, e se justificou citando como precedente a poligamia dos patriarcas. Lutero e os demais teólogos n?o tomaram uma decis?o geral, e informaram a Filipe que, se ele de fato, estava determinado, deveria se casar secretamente e manter silêncio sobre o assunto.[21][22]

Como resultado, em 4 de mar?o de 1540, Filipe casou com uma segunda esposa, Margarethe von der Saal, com Melanchthon e Bucer entre as testemunhas. No entanto, Felipe n?o conseguiu manter em segredo o casamento, e ele amea?ou tornar público o conselho de Lutero. Lutero disse-lhe para "dizer uma boa e grossa mentira" e negar o casamento completamente, o que Filipe fez durante a controvérsia pública subsequente.[20] Na opini?o do biógrafo de Lutero, Martin Brecht, "dar conselhos confessionais para Filipe de Hesse foi um dos piores erros que Lutero cometeu, e (...) a história considera Lutero como principal responsável".[20] Brecht defende que o erro de Lutero n?o era seus conselhos pastorais particulares, mas que ele calculou mal as consequências políticas..[20] O caso causou danos duradouros à reputa??o de Lutero.[23]

Revoltas sociais

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A doutrina luterana provocou uma divis?o entre os nobres alem?es, muitos deles ansiosos por se apoderar dos bens do clero, para aumentar seus domínios. O apoio desses nobres foi decisivo para que as ideias de Lutero prosperassem. Reunidos pelo imperador Carlos V (do Sacro Império Romano-Germanico) para que voltassem a fé católica, muitos nobres protestaram (daí o nome protestantes dado àqueles que aderiram à nova religi?o). Sem conseguir um acordo, o rei deu consentimento para que cada nobre escolhesse livremente sua religi?o. Os camponeses eram obrigados a adotar a religi?o de seu senhor.

Os pequenos nobres, animados com a perspetiva de mudan?as e melhor divis?o de riquezas, disputaram com os grandes senhores as terras anteriormente pertencentes a Igreja. Essa revolta dos pequenos cavaleiros foi rapidamente vencida pelos príncipes.

Ao mesmo tempo, surgiram líderes entre os camponeses. Baseados nas escrituras, queriam o fim dos privilégios feudais, o n?o pagamento de taxas consideradas abusivas e um tratamento digno. Os camponeses afirmavam que essa nova ordem era agradável e compatível com a justi?a divina. As revoltas camponesas foram duramente criticadas por Lutero, que autorizou os nobres a combatê-las com rigor e violência, pois "n?o há nada mais daninho que um homem revoltado…".

Essa defesa dos interesses feudais fez com que o luteranismo fosse a religi?o dos grandes senhores, que passaram a ser os líderes espirituais da nova Igreja. A doutrina luterana espalhou-se pela Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca.

As ideias protestantes foram adotadas também na Suí?a. Em Genebra, com a prega??o de Jo?o Calvino, o protestantismo sofreu uma reformula??o e maior radicaliza??o.

Calvino desenvolveu a teoria da predestina??o: Deus escolhe os eleitos segundo seu critério, para nós desconhecido, mas justo e infalível, ou seja, o homem nasce salvo ou n?o, e ocupar um alto posto ou enriquecer pelo trabalho eram sinais da escolha divina.

Para a cidade de Genebra, com um comércio desenvolvido e uma poderosa burguesia, essa doutrina significava o reconhecimento da riqueza e do trabalho dos negociantes como situa??o aben?oada aos olhos de Deus.

Calvino tornou-se um autêntico líder político e estabeleceu, de maneira rígida, as regras a serem seguidas pelos calvinistas:

Em resumo: a conduta calvinista estimulava a poupan?a e reduzia os gastos desnecessários. Essa teoria estava de acordo com a filosofia de vida dos burgueses que, enfim, possuíam uma religi?o que os valorizava.

Predestina??o e Calvinismo

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A pe?a fundamental da doutrina de Jo?o Calvino é a predestina??o, atualmente considerada controversa por muitos setores da sociedade e grupos religiosos.[5]

Calvino creditava todo o centro da história, bem como de sua teologia à ideia da Soberania de Deus. De forma que este havia planejado, por meio de Decretos Eternos, o destino final de cada ser humano. E por consequência o ser humano estava predestinado desde antes de seu nascimento ao céu ou o inferno. Segundo sua cren?a, alguns (dentre toda humanidade já caída e destinada ao inferno) foram eleitos por Deus para serem salvos, isto é, para serem iluminados pelo Espírito Santo que os levariam a um genuíno arrependimento de seus pecados e serem, desta forma, salvos pela Gra?a Divina, ao passo que outros foram eleitos a permanecer como estavam: perdidos em seus pecados e n?o arrependidos, herdando consequentemente à justa maldi??o eterna - recompensa direta do pecado - independentemente dos atos que estas pessoas cometassem em vida. Calvino, como todos os demais protestantes em suas diversas formula??es soterológicas afirmava que a salva??o n?o se dá pelas obras e sim pela Gra?a divina. Calvino considerava também o trabalho e a prosperidade financeira um sinal das bên??os de Deus, legitimando o lucro.[5][24][25] Assim o calvinismo ganhou popularidade e for?a entre os burgueses.[8]

Calvino e Genebra

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Miguel Servet, cientista e reformador protestante, sentenciado à morte a fogueira por suas ideias teológicas pelo Conselho de Genebra presidido por Jo?o Calvino.[26]

Jo?o Calvino, juntamente com seus seguidores, instalaria em Genebra um governo de caráter teocrático,[27][28] e quem descumprisse as normas e doutrinas oficiais do estado era punido. Centenas de pessoas[29] seriam sentenciadas à morte.[8] O caso mais famoso é o do cientista e reformador Miguel Servet, primeiro a descrever a circula??o pulmonar,[30] condenado a morrer na fogueira por suas ideias teológicas pelo Conselho de Genebra presidido por Calvino,[26] que havia inclusive consultado outros reformadores sobre o assunto, como os seguidores de Martinho Lutero,[31] que concordaram universalmente com sua execu??o.[31] Servert, por exemplo defendia o Antitrinitarismo[26] (motivo pelo qual foi condenado em países católicos e protestantes.[32]) Após o ocorrido Calvino escreveu:

Quem sustenta que é errado punir hereges e blasfemadores, pois nos tornamos cúmplices de seus crimes (…). N?o se trata aqui da autoridade do homem, é Deus que fala (…). Portanto se Ele exigir de nós algo de t?o extrema gravidade, para que mostremos que lhe pagamos a honra devida, estabelecendo o seu servi?o acima de toda considera??o humana, que n?o poupamos parentes, nem de qualquer sangue, e esquecemos toda a humanidade, quando o assunto é o combate pela Sua glória.[33]

Destrui??o de patrim?nio artístico e cultural na Holanda

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Durante a Reforma nos Países Baixos iniciada em 1560, a partir de agosto de 1566, uma multid?o de calvinistas invadiu a Igreja de Hondschoote na Flandres (atualmente norte da Fran?a) com a finalidade de destruir imagens, ícones, esculturas e obras de arte católicas.[34][35][36] Esse incidente provocou outros semelhantes nas províncias do norte e sul, conhecido como "Beeldenstorm", em que calvinistas invadiram igrejas e outros edifícios católicos, para destruir estátuas e imagens de santos em toda a Holanda, o que provocou uma enorme perda de patrim?nio histórico e cultural daquela época.[34]

Reforma Inglesa

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A Reforma Inglesa foi promovida pelas necessidades políticas de Henrique VIII. Sendo este casado com Catarina de Arag?o, que n?o lhe havia dado filho homem, Henrique solicitou ao papa Clemente VII a anula??o do casamento.[37] Perante a recusa do Papa, por raz?es pessoais Henrique fez-se proclamar, em 1531, chefe absoluto da igreja inglesa. O "Ato de Supremacia", votado no Parlamento em novembro de 1534, colocou Henrique e os seus sucessores na lideran?a da igreja. Os súditos deveriam submeter-se ou ent?o seriam excomungados, perseguidos[38] e executados, tribunais religiosos foram instaurados e católicos foram obrigados à assistir cultos protestantes,[39] muitos importantes opositores foram mortos, tais como Thomas More, o bispo John Fischer, bem como sacerdotes, frades franciscanos e monges cartuchos.

Quando Henrique foi sucedido pelo seu filho Eduardo VI em 1547, implantou o calvinismo como doutrina oficial da Igreja Anglicana, doutrina religiosa mais conveniente à nova nobreza e burguesia.[40][41]

Os católicos também tiveram diversos direitos institucionais negados no Reino Unido, do século XVI até o final do século XIX, um deles, foi o direito de possuir armas de fogo, considerado um dever para protestantes, e terminantemente proibido para católicos. Quando em 1780, o Parlamento inglês tentou outorgar o mesmo direito aos católicos, 120.000 protestantes assinaram uma peti??o contrária a decis?o, e depois provocaram uma revolta em Londres, que resultou na morte de centenas de católicos e incêndio e saque de capelas e casas católicas.[42]

Outras consequências

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A partir dela surgiram novas igrejas protestantes: huguenotes (Fran?a), reformistas (Países Baixos), presbiterianos (Escócia) e puritanos (Inglaterra).

Essas igrejas aboliram a obrigatoriedade do latim nos ofícios religiosos, desconsideraram a autoridade papal, adotaram como válidos apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia, acabaram com o celibato para os sacerdotes e permitiram a livre interpreta??o da Bíblia, aumentando a participa??o dos fiéis no culto (reuni?es de ora??o e leitura). Criaram uma religi?o mais individual, em que os santos e os padres passaram a ser dispensáveis.

Tribunais religiosos e Ca?a as Bruxas

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Tribunais religiosos e a ca?a às bruxas, bem como outros métodos de combate à heresia foram perpetradas tanto pela Igreja Católica quanto pelas Igrejas Protestantes[43] (como a Igreja Anglicana,,[39] Igreja Luterana[44] Igreja Calvinista[26] e Igreja Presbiteriana[45]). Por exemplo, a Ca?a às Bruxas na Nova Inglaterra nos Estados Unidos em 1692 (as Bruxas de Salém) foi financiada por puritanos.[46][47][48]

Censura literária

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Com a inven??o da máquina tipográfica de Johannes Gutenberg, as Igrejas Protestantes, ao mesmo tempo em que propagavam a bíblia e suas ideias,[8] também tornaram proibidos uma série de livros católicos e outros que contrariavam suas doutrinas.[49] Tais como a Igreja Luterana e a Igreja Anglicana.

Contra-Reforma

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Os movimentos protestantes diminuíram consideravelmente a influência da Igreja Romana em vários países e provocaram a perda de suas terras nesses domínios.

A expans?o rápida do protestantismo e a press?o dos católicos para a moraliza??o de sua religi?o fizeram surgir uma rea??o para afirmar o credo católico. Esse movimento foi liderado pela ordem dos Capuchinhos, que viviam na austeridade tradicional, e pelo cardeal Ximenes, da Universidade de Salamanca. Mas a Igreja só conseguiu reafirmar-se definitivamente após a promulga??o das resolu??es do Concílio de Trento (reunido entre 1545 e 1563 na cidade de Trento, na Itália), que estabeleceu:

  • Rejei??o ao protestantismo.
  • Manuten??o dos sete sacramentos.
  • Obrigatoriedade do uso do latim na missa.
  • Manuten??o do celibato para sacerdotes.
  • Fim da venda de indulgências.
  • Restaura??o dos tribunais da Santa Inquisi??o para julgamento de atos e ideias contrárias ao pensamento católico.
  • Reafirma??o da doutrina de Boas Obras: o homem se salva pela e pela caridade que pratica.
  • Cria??o da Congrega??o do índex, que censurava livros e espetáculos (determinando o que n?o devia ser lido ou visto pelos católicos).
  • Cria??o da Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola. Tinha por lema "lutar por Deus e pela cruz". Os jesuítas, formados dentro de rígida disciplina moral, atuaram decisivamente, combatendo o avan?o do protestantismo. Através do ensino e prega??o, destacaram-se também na evangeliza??o das civiliza??es recém-descobertas no continente americano.

A reabilita??o moral da Igreja deteve o avan?o do protestantismo, mas n?o impediu a divis?o de doutrinas. A partir da Reforma, o mundo n?o estava mais submetido à supremacia da Igreja Romana.

Primórdios do absolutismo europeu

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Foi na parte política que houve as maiores transforma??es dos tempos modernos. Se observarmos bem, foi sempre a figura do rei que ficou em destaque em todo o curso da História, desde as velhas monarquias ocidentais e orientais até hoje. O rei sempre foi a autoridade máxima.

Ainda hoje, temos países em que o rei é o governante, como, por exemplo, na Inglaterra e na Suécia, que s?o sistemas monárquicos modernos, constitucionais.

As causas gerais desse sistema de absolutismo em toda a Europa foram:

  • A influência do Direito Romano, que come?ou a se restaurar no século XII.
  • O prestígio da própria tradi??o feudal, com o rei concentrando todos os poderes.
  • A Igreja que, por fim, preferiu associar-se ao poder civil.
  • A cria??o de exércitos permanentes pelos reis, que proibiam guerra entre vassalos, cassando-lhes o direito de formar tropas e cunhar moedas.
  • O apoio que a burguesia, oprimida pela nobreza, deu aos reis.
  • A decadência da cavalaria feudal.
  • A amplia??o do domínio real por alian?as de famílias ou por conquistas.

Tudo isso levou à centraliza??o monárquica, constituindo-se o novo absolutismo, desta vez esclarecido e progressista, fundado numa ordem política expressa na constitui??o do Estado moderno e na existência de uma nova entidade coletiva que, a partir de agora, ia formar a na??o.

O rei passa a ser senhor absoluto, símbolo nacional. Ele é quem faz as leis, aplica a justi?a, cuida das finan?as e estabelece hierarquia de funcionários; enfim, ele é a fonte de todos os poderes.

Felipe II e o domínio espanhol na Europa

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No ano de 1556, quando Carlos V decidiu abdicar do trono em favor de seu filho Filipe II, este herdou a coroa da Espanha, o ducado de Mil?o e o reino de Nápoles, os Países Baixos e as col?nias americanas.

Era um domínio imenso para um jovem soberano, que tinha um auto-conceito da própria autoridade real. Ele mostrou, desde os primeiros atos de seu governo, a firme decis?o de concentrar em suas m?os o poder.

Filipe II, por trinta anos, reinou nesse vasto império, controlando pessoas e afazeres, até aqueles de menor importancia. Tudo isso por um ambicioso programa de reconduzir a unidade do mundo católico sob o domínio da Espanha.

Na parte interna, sufocou revoltas regionais e perseguiu hereges, mouros e hebreus.

Na política externa, empenhou-se em defender a Santa Sé, levantar a bandeira do catolicismo em todos os países que estavam envolvidos em guerras de religi?o e lutar sem trégua para impedir o avan?o dos turcos no mar Mediterraneo.

Com a morte de Filipe II, no ano de 1598, pode-se constatar que bem pouco dos objetivos políticos por ele implantados durante anos, com profunda obstina??o, tiveram efeitos satisfatórios. A Espanha, nessa época, acumulou metais preciosos, sua indústria ficou quase que paralisada e, assim, seus domínios foram ficando arruinados.

A Espanha estava esgotada pelas guerras, as quais foi submetida durante anos. Suas finan?as fundamentavam-se na terra, na agricultura e na indústria, em plena decadência.

Enquanto isso, a Holanda e a Inglaterra se tornavam duas grandes potências navais. Nesse mesmo tempo, a Fran?a superava a crise de uma guerra civil e implantava suas bases para uma futura supremacia na Europa.

Forma??o dos Países Baixos

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A Bélgica e a Holanda foram os primeiros Países Baixos a experimentar o peso da política autoritária de Filipe II e também os primeiros a opor forte e tenaz resistência a ele.

As inimizades, que já há tempos punham em choque a rica burguesia flamenga contra os exageros do fiscalismo espanhol, explodiram em uma revolta em 1566, quando Filipe II pretendia introduzir nos Flandres o Tribunal da Inquisi??o. Nobres, burgueses, populares, calvinistas e católicos se uniram em luta, que assumiu as características de uma guerra de liberta??o nacional.

No ano de 1579, sob a chefia de Guilherme I, Príncipe de Orange, proclamaram sua independência e se constituíram na República das Sete Províncias Unidas, em 1581, formando a Holanda.

No ano de 1648, a Espanha se decidiu a reconhecer a independência dessa nova República.

A Holanda, em pouco tempo, havia se tornado uma grande potência marítima. Com uma frota de 20 mil embarca??es, dominava o oceano e concentrava enorme quantidade de capital em seus bancos, tornando-se o maior centro monetário da Europa.

Porém, as lutas entre a Holanda e a Espanha ainda perduraram até 1648, quando chegou ao fim a Guerra dos Trinta Anos, que envolveu, no início do século XVII, a maioria das na??es europeias, por motivos políticos, econ?micos e religiosos.

No ano de 1526, com ofensivas fulminantes, os turcos haviam conquistado grande parte da Hungria e chegaram quase às portas de Viena.

Na áfrica, tornaram-se donos da Síria e do Egito e controlavam a Argélia, de onde partiam as frotas de piratas bárbaros para dominar os crist?os e escravizá-los.

Em agosto de 1571, uma frota veneziana caía prisioneira dos turcos otomanos, na ilha de Chipre. Os turcos amea?avam tomar o Mar Mediterraneo.

Filipe II havia iniciado uma luta contra eles. As lutas eram sem tréguas, feitas com armas brancas e sempre com represálias sanguinárias.

Foi no ano de 1571 que as potências crist?s resolveram se reunir sob a prote??o do papa Pio V, na Liga Santa, e conseguiram defrontar-se com os turcos em uma grande batalha naval, no cora??o de seus domínios. No dia 5 de outubro de 1571, a frota crist?, composta de 208 navios, sob o comando de Jo?o da áustria (irm?o de Filipe II), se confrontou nas águas de Lepanto (na Grécia) com a frota turca, formada de 230 navios. A vitória dos crist?os foi triunfante.

A Batalha de Lepanto foi o maior evento militar do século XVI e p?s fim ao domínio turco no Mediterraneo, que passou ao domínio espanhol.

Poucos anos depois, Filipe II obteve outro sucesso na política colonial. Em 1580, a dinastia portuguesa entregava, por falta de herdeiros diretos, a coroa de Portugal para a Espanha, e Filipe II ficou governando col?nias portuguesas na índia Oriental e na América do Sul. Foi a época do domínio espanhol no Brasil (1580-1640).

Os domínios espanhóis eram t?o vastos que se dizia que neles "o Sol nunca se punha", pois se estendia do Oriente ao Ocidente.

Lutas político-religiosas na Fran?a

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A Fran?a também sofreu a interven??o política e religiosa de Filipe II.

Esse país, cansado de longas lutas contra Carlos V, era palco de agita??es e grandes contrastes sociais. A monarquia, aproveitando-se da crise, queria restabelecer seus privilégios. Nesse clima de aguda tens?o, o calvinismo renascia e ganhava for?a entre os artes?os, entre alguns elementos da pequena burguesia urbana e até das nobres famílias feudais. Porém, entre os camponeses, uma grande massa n?o aderiu ao calvinismo e continuou fiel ao catolicismo.

Iniciou-se, assim, uma série de intermináveis guerras religiosas, que amea?avam destruir a unidade política da Fran?a. Os católicos encontraram no Duque de Guise um capit?o hábil e decidido. Os huguenotes (assim eram chamados os calvinistas franceses) insistiam para que os Bourbons, importante família da Fran?a, lutassem a seu lado.

Naturalmente Filipe II apoiou os católicos. Os huguenotes foram apoiados pela anglicana Isabel I da Inglaterra; eles faziam arrua?as, invadiam igreja, destruíam imagens e matavam católicos.

Noite de S?o Bartolomeu, 25 de agosto de 1572.

Por mais de trinta anos (1562-1598), a Fran?a foi teatro de uma violenta guerra civil. O episódio mais trágico foi a Noite de S?o Bartolomeu (24 de agosto de 1572), quando milhares de huguenotes foram a Paris, convidados para o casamento do seu comandante, o capit?o Henrique de Bourbon, com Margarida de Valois, irm? do rei Carlos IX.

Os huguenotes, atraídos ao palácio para a festa, foram massacrados enquanto dormiam. Outros milhares foram assassinados em pra?a pública, por ordem da rainha m?e, Catarina de Médicis. Ela estava convencida de que só liquidando os huguenotes poderia ser restabelecida a paz no reino.

A rainha convenceu seu filho Carlos IX a fechar os olhos diante desse plano de massacre, e Henrique de Guise preparou tudo para realizar o plano.

Na manh? de 24 de agosto de 1572, um domingo, a guarda real tomou posi??o diante do Louvre. Os calvinistas foram para lá saber do que se tratava, e bastou o primeiro tiro para dar início ao tumulto. A ordem do rei e da rainha era de matar só os chefes calvinistas, mas a popula??o, fanática, juntou-se a eles, e a matan?a foi geral. Só pela manh? foram mortos mais de 2 mil huguenotes. Parece que o rei e a rainha, assustados com tudo aquilo, quiseram conter o massacre, mas a luta continuou até o dia 26 de agosto.

Foi o mais vergonhoso massacre religioso da história.

Os chefes protestantes que conseguiram salvar-se foram refugiar-se nos subúrbios de Paris.

Após o massacre de S?o Bartolomeu, católicos e huguenotes fizeram acordos de pouca dura??o.

Dois partidos surgiram: a Santa Liga do Duque de Guise e a Uni?o Protestante de Henrique de Navarra.

Havia entre os nobres franceses, Henrique III (rei da Fran?a na época) e o Conde de Guise, divergências religiosas. O rei Henrique III mandou assassinar o Conde de Guise e, em 1589, foi vítima do punhal de um fanático. Como n?o deixava herdeiros nem descendentes, foi sucedido por Henrique de Navarra, chefe do partido protestante, Rue subiu ao trono com o título de Henrique IV.

Henrique IV assumiu o trono e tornou-se católico, inaugurando a Dinastia dos Bourbons, que governou a Fran?a até 1792.

Para p?r fim às lutas religiosas internas, ele concedeu o édito de Nantes (1598), um documento que concedeu a liberdade religiosa.

Com a paz interna, cresceu o comércio e a indústria na Fran?a.

O rei ganhou prestígio e o absolutismo consolidou-se. Ele morreu em 1610, assassinado por um fanático católico.

A Inglaterra da rainha Isabel I

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Isabel I.

Isabel I de Inglaterra, a grande adversária de Filipe II de Espanha, subiu ao trono após a morte de sua irm?, Maria, a Católica, que tinha deixado uma triste recorda??o a seu povo, pela crueldade de seu governo e pela persegui??o aos protestantes ingleses.

A jovem rainha Isabel I esfor?ou-se para assegurar a paz religiosa e preservar seu país do fanatismo religioso que explodia em todo o continente europeu. Sob seu reinado, foi dada continuidade às obras de Henrique VIII.

Nos campos, surgiu uma nova classe de ricos proprietários, que investiam grandes capitais para ajustar a agricultura às novas exigências da indústria. Eles n?o se contentavam em produzir só para o próprio consumo; queriam produzir também para vender.

Com o grande consumo de l?, as terras e os campos foram usados para pastagem de ovelhas.

A Inglaterra abria novos mercados para os produtos de sua indústria e teve, desta forma, que aumentar a sua frota, formada de navios ligeiros e bem armados, que come?aram a fazer a rota atlantica para quebrar o monopólio espanhol na América e dominar o comércio mundial.

Comércio e pirataria caminhavam passo a passo. Surgiram companhias de navega??o, que trocavam produtos como a l? inglesa com cereais da Pol?nia e sedas do Oriente. A pirataria saqueava quem estivesse por perto.

Uma esquadra foi preparada por Filipe II, da Espanha, em 1587, para invadir e conquistar a Inglaterra.

As duas potências estavam em luta desde meados do século XVI, com a pilhagem sistemática de col?nias e navios espanhóis por corsários ingleses.

Divergências religiosas separavam a Espanha da Inglaterra. Além dessas divergências, explodiu uma guerra e, desde 1584, as rela??es diplomáticas entre esses dois países ficaram cortadas.

Para quebrar o poderio inglês, Filipe II montou a Invencível Armada, formada de 135 navios, 2 000 canh?es, 10 000 marinheiros e quase 50 000 soldados, sendo que a maior parte, os mais poderosos e maiores navios eram de origem portuguesa. Era comandada pelo Duque de Medina-Sidonia. Em 1588, foi atacada por navios ingleses, antes de penetrar em águas britanicas. Após refugiar-se durante algum tempo em Calais, rumou para a Inglaterra, mas um violento temporal destruiu mais da metade de seus navios, e a esquadra voltou para a Espanha sem combater e quase sem embarca??es.

Com isso, a Inglaterra passou à frente da Espanha no poderio marítimo.

Absolutismo francês

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O desejo de ordem e de unidade desenvolvido durante o século XVI levou o povo a aceitar o espírito do absolutismo, no século XVII.

As pessoas julgavam que a concentra??o de poderes nas m?os de um só homem, o rei, seria o melhor caminho.

As multid?es queriam ver no rei a imagem de Deus. O rei, para elas, deveria ser um herói, amante da glória, protetor das letras, mas sem esquecer a predile??o pelas armas (visto que a qualidade de conquistador era estimada como a mais nobre e o mais elevado dos títulos por todos os contemporaneos).

A Guerra dos Trinta Anos refor?ou enormemente o prestígio internacional da Fran?a. O povo vinha reclamando, questionando mudan?as políticas.

O absolutismo francês compreendeu desde os reinados de Francisco I, em 1515, até o reinado de Luís XVI, em 1792.

Duas grandes dinastias reinaram na Fran?a nesse período: a Dinastia Valois-Orléans-Angoulême e a Dinastia Bourbon.

A Dinastia Valois-Orléans-Angoulême compreendeu os seguintes rei Francisco I, Henrique II, Francisco II, Carlos IX e a regência da rainha m?e Catarina de Médicis e Henrique III.

Dinastia Bourbon

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Henrique IV, o Grande

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Henrique IV da Fran?a, o Grande.

Foi o fundador da Dinastia Bourbon. Em 1572, tornou-se rei de Navarra. Sua família era uma das mais importantes do país. Seu principal momento na vida política foi a assinatura do édito de Nantes (1598), documento que dava liberdade religiosa para católicos e protestantes.

Foi um rei que mereceu o título de restaurador e libertador do Estado. Morre em 1610, assassinado por um fanático religioso.

Luís XIII, o Justo

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Filho de Henrique IV, tinha apenas oito anos de idade quando o pai morreu.

A nobreza pensou em assumir o trono mas a rainha m?e Maria de Médicis assumiu a regência em nome do filho até que ele completasse a maioridade.

No ano de 1624 foi nomeado o cardeal Richelieu como primeiro-ministro com o apoio da rainha m?e Maria de Médicis.

Cardeal Richelieu.

O cardeal Richelieu tinha como nome de batismo Armand-Jean du Plessis. No governo da Fran?a, combateu as duas principais for?as políticas: a nobreza e os protestantes.

Na política, envolveu a Fran?a em várias guerras e n?o pensou duas vezes quando teve que aliar-se aos protestantes contra a casa dos católicos de Habsburgo, que dominava grande parte da Europa.

Nessa fase, a Fran?a participou da Guerra dos Trinta Anos.

A Fran?a lutou contra a áustria e teve alguns sucessos no início, mas depois foi amea?ada pelos espanhóis. A Espanha, aliada à áustria, procurava conquistar a Fran?a.

O cardeal Richelieu reprimia quem n?o concordasse com sua política.

Foi um lutador incansável pela melhoria dos portos e pela cria??o de companhias de comércio.

Com a morte do rei Luís XIII e de Richelieu, cabia o direito de governar a Luís XIV, que era ainda uma crian?a. Assumiu, ent?o, a rainha m?e Ana da áustria.

Ana da áustria era esposa de Luís XIII. Eles tiveram um filho, Luís XIV. Com a morte do rei Luís XIII e do cardeal Richelieu, ela resistiu às pretens?es da nobreza e nomeou como ministro o cardeal Jules Mazzarino, que ajudou a governar a Fran?a até a maioridade de Luís XIV.

Luís XIV, o Grande

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Luís XIV da Fran?a.

Subiu ao trono da Fran?a em 1661, depois de anos da regência da rainha m?e Ana da áustria e da morte do cardeal Mazzarino.

Nesse período, a Fran?a esteve no auge do seu esplendor absolutista.

Esse soberano fez por merecer o apelido de Rei-Sol. Ficou célebre por sua frase: L'état c'est moi ("O Estado sou eu").

A sua corte era organizada segundo as regras de um cerimonial complicado, que tinha seu centro na pessoa do rei, que era quase divinizado.

Tudo isso foi feita de maneira a afirmar o poder absolutista de Luís XIV. De fato, para ele, o rei era o único dono do Estado e sua autoridade n?o devia ser discutida por nenhuma magistratura, ou por seus súditos.

Os aristocratas foram privados por Luís XIV de ocupar cargos administrativos. Os cargos de administra??o do Estado foram distribuídos diretamente e controlados por ele.

A nobreza foi, portanto, afastada do poder político, mas isso n?o fez melhorar a condi??o dos camponeses que trabalhavam em suas terras.

Os nobres n?o pagavam taxas e continuavam a impor seus tributos e presta??es, que vinham da época feudal.

A política do rei, mediante o desenvolvimento das manufaturas e das atividades comerciais, ia favorecendo essencialmente os burgueses, isto é, os grandes empresários (de tecidos, de constru??o naval) e os comerciantes de grande porte (exportadores e importadores de matérias-primas, de comestíveis, etc.), que eram os únicos capazes de investir grandes capitais.

Guerras de expans?o
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Com Luís XIV, continuou a política de expans?o da Fran?a.

O Palácio de Versalhes como era antigamente.

O invencível exército francês dominava já a Europa depois da vitória contra a Espanha e os Habsburgos.

Profundamente renovado era seu exército, armado de fuzis novíssimos e de baionetas, com uma potente artilharia. O exército francês só foi vencido no mar, durante uma invas?o aos Países Baixos (1672-1678), quando romper os diques e alagar o próprio territórios a render-se aos invasores.

Luís XIV perseguiu protestantes, e muitos deles deixaram o país.

Foi ele quem mandou construir o Palácio de Versalhes, onde morou e no qual trabalhavam mais de 4 mil funcionários. Seu exército uniformizado servia o rei e guardava o palácio.

Essa obra, os gastos da corte e o envolvimento da Fran?a em guerras político-religiosas arruinaram a economia francesa.

Política do Rei Sol
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O Conselho de Estado, órg?o consultivo, era constituído de pessoas que o rei escolhia, e só ele estabelecia critérios para seus componentes.

Jean-Baptiste Colbert.

Entre os ministros que formavam o conselho, destacaram-se, o ministro da Guerra (Louvois), o ministro da Fazenda (Colbert) e Vauban, que auxiliava o rei nas técnicas de defesa militares.

O colbertismo foi uma política adotada pelo ministro da Fazenda, que aperfei?oou o sistema de cobran?as de impostos e exerceu um rígido controle sobre a receita e a despesa do Estado.

Organizou um sistema de contabilidade pública e procurou conter os gastos excessivos, conseguindo o milagre de equilibrar o or?amento tradicionalmente deficitário do país.

Estimulou a vida econ?mica francesa, adotou uma série de medidas sábias e inteligentes, apoiou o comércio internacional.

O colbertismo trouxe para a Fran?a indiscutíveis benefícios. Porém, a interven??o exagerada dos poderes públicos na economia provocou a diminui??o da produ??o. Após a morte de Colbert, n?o tendo sido encontrado um ministro que o substituísse a altura, a Fran?a entrou em decadência e o governo de Luís XIV sofreu reveses.

Balan?o do reinado
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O despotismo de Luís XIV n?o se limitou ao plano político, cultural e religioso.

Revogou o édito de Nantes e perseguiu huguenotes, proibido o culto de protestantes. Nos assuntos religiosos da Igreja Católica, teve atritos com o papa.

Na política exterior, o rei Luís XIV desejava alcan?ar as fronteiras naturais (Pirenéus, Alpes), o que levou a lutas constantes contra a Holanda, a Espanha e a áustria.

Ao final de t?o longo reinado (54 anos), a Fran?a havia aumentado seu território e se sobressaindo diante das na??es europeias, porém sua economia estava na bancarrota. Os gastos excessivos haviam arruinado o país.

Luís XIV morreu em 1715.

Luís XV, o Bem-Amado

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Luís XV, o Bem-Amado.
Luís XVI da Fran?a.

Bisneto de Luís XIV, herdou a coroa em 1715. Durante a primeira parte de seu governo, o reinado foi exercido por seu tio, o Duque Felipe de Orléans. A regência terminou em 1723, data em que foi chamado o cardeal Fleury, que orientou na vida política.

Luís XV lan?ou seu país em dois conflitos externos: a Guerra da Sucess?o da áustria e a Guerra dos Sete Anos.

Ao morrer, em 1774, deixou a Fran?a empobrecida e mergulhada em sérios problema econ?micos.

Seu sucessor foi Luís XVI.

Neto de Luís, subiu ao trono em 1774. O povo esperava melhoras com ele no poder.

Esse rei governou na época da Revolu??o Francesa. Ele e sua esposa Maria Antonieta morreram guilhotinados pelos líderes da Revolu??o Francesa, que p?s fim ao absolutismo na Fran?a e introduziu o sistema da República.

Absolutismo inglês

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O absolutismo na Inglaterra teve início com Henrique VII, primeiro rei da Dinastia Tudor. Esse soberano encontrou um país enfraquecido pelas lutas internas, que aceitou sem resistência a centraliza??o do poder. Mais tarde, a submiss?o da Igreja inglesa ao poder real (anglicanismo), com Henrique VIII, e a prosperidade econ?mica do reinado de Isabel I, mais a habilidade desses reis de "controlar" o Parlamento, permitiu-lhes um domínio total sobre seu país.

A morte de Isabel I (1603), que n?o deixou herdeiros, fez com que o trono passasse a seus parentes escoceses, os Stuarts.

Jaime VI & I, rei da Escócia e da Inglaterra, era favorável às ideias absolutistas. Para fortalecer seu poder, lan?ou novos impostos sem autoriza??o do Parlamento e tentou refor?ar a Igreja Anglicana (da qual era chefe supremo), perseguindo católicos e protestantes. Sua falta de habilidade política colocou o Parlamento contra seu governo e sua intolerancia religiosa desagradou principalmente aos burgueses e ao povo. Foi durante o seu governo que se iniciou o povoamento da América do Norte. Muitos. colonos fugiam das persegui??es religiosas provocadas por ele.

Retrato equestre de Carlos I com o senhor de Saint Antoine, por Antoon van Dyck.

Seu filho, Carlos I, adotou a política paterna, aumentando as divergências entre o poder real e os membros do Parlamento, que, agora, raramente eram convocados.

Durante seu reinado, Escócia e Irlanda revoltaram-se por causa dos altos impostos cobrados.

Para esmagar a rebeli?o, Carlos I foi for?ado a convocar o Parlamento: precisava de dinheiro para pagar o Exército. Depois de conseguir seu objetivo, o rei procurou dissolver o Parlamento. A burguesia, cansada de tanto autoritarismo, n?o aceitou essa atitude e iniciou uma rebeli?o para depor o rei. A Inglaterra se dividiu em dois partidos opostos:

Os cabe?as-redondas venceram e condenaram à morte o rei Carlos I. Nas lutas, destacou-se a lideran?a de Oliver Cromwell, membro da pequena nobreza que, apoiado pelos puritanos, assumiu o poder com a tarefa de reorganizar o Estado.

Oliver Cromwell por Gaspard de Crayer.

O governo de Cromwell (1649-1658) se caracterizou por medidas centralizadoras. Reagiu com violência e sufocou todos os movimentos contrários à sua política, quer por parte da nobreza escocesa, quer por parte dos protestantes, membros do partido dos cabe?as-redondas. Rapidamente esqueceu os ideais republicanos da Revolu??o, tornando-se um autêntico monarca absolutista, fazendo-se nomear "Lorde Protetor" da Inglaterra, com poderes hereditários.

A rebeli?o irlandesa, iniciada no governo de Carlos I, foi duramente esmagada: matou inúmeros padres, apossou-se das terras dos católicos irlandeses, distribuindo-as entre os protestantes. Pretendia com isso acabar definitivamente com essas revoltas. (O tempo encarregou-se de mostrar seu erro: as disputas que se verificaram entre católicos e protestantes na Irlanda, iniciadas nessa época, duram até nossos dias.)

No plano administrativo, sua realiza??o mais importante foram os Atos de Navega??o, que obrigavam os países importadores a transportar suas mercadorias unicamente em navios ingleses ou, ent?o, de seu próprio país.

Essa medida estimulou a constru??o naval e a Inglaterra superou a Marinha neerlandesa (a maior frota da época), tornando-se a Rainha dos Mares. Gra?as a ele, o Imperialismo Britanico foi n?o só possível, mas dominante até o início da Primeira Grande Guerra, quando a Inglaterra viu seu lugar ser ocupado por a mais nova potência mundial, os Estados Unidos da América.

Apesar de governar sem o Parlamento, recebeu apoio do Exército e da burguesia, esta satisfeita com os lucros obtidos gra?as à política econ?mica adotada pelo seu governo.

Com a morte de Cromwell, em 1658, a Inglaterra voltou a viver um breve período de agita??o. Seu filho, Ricardo, n?o foi capaz de manter-se no governo e come?ou nova disputa pelo poder. Para evitar nova guerra civil, que poria a perder os avan?os econ?micos conquistados, a burguesia aceitou a restaura??o da monarquia, desde que o rei se submetesse às leis do Parlamento, isto é, a restaura??o da Monarquia Parlamentarista.

Restaura??o monárquica (1660-1688)

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O rei Carlos II da Inglaterra.

Carlos II, herdeiro de Carlos I, que estava exilado na Fran?a, assumiu o trono inglês, jurando obediência à Constitui??o. No entanto, apoiado pelo rei absolutista Luís XIV, procurou concentrar o poder em suas m?os e, ao mesmo tempo, reabilitar a Igreja Católica. Seu governo foi marcado por protestos dos parlamentares, que conseguiram uma única vitória: a lei do habeas-corpus, que garantia ao indivíduo prote??o contra pris?es sem comprova??o de crime.

Seu irm?o e sucessor, Jaime II, era católico declarado (é preciso lembrar que um retorno ao catolicismo implicaria a devolu??o das terras que os anglicanos haviam tomado da Igreja Católica). Para evitar que, novamente, a religi?o católica se tornasse a religi?o oficial na Inglaterra, nobres e burgueses se uniram para depor o rei, entregando o poder à sua filha Maria Stuart (protestante).

Revolu??o Gloriosa

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Maria Stuart e seu marido, Guilherme de Orange (neerlandês) aceitaram o trono inglês. Ao desembarcar com seu exército na Inglaterra, Guilherme recebeu apoio das cidades inglesas. Pressionado pela situa??o, Jaime II renunciou e a revolu??o se fez sem lutas.

Guilherme III da Inglaterra.

Antes de serem coroados, os novos soberanos juraram respeitar a "Declara??o de Direitos" que, entre outros itens, proibia o rei de convocar exércitos sem autoriza??o do Parlamento e aumentar os impostos, garantia a liberdade individual e a propriedade privada.

Essa revolu??o, que afirmou definitivamente a superioridade do Parlamento sobre o poder real, determinou maior desenvolvimento inglês e, por isso, recebeu o nome de "Revolu??o Gloriosa".

Consequências

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Desde essa época, o Parlamento passou a dirigir a política inglesa. Com o tempo, o primeiro-ministro, escolhido entre os membros do partido mais votado, passou a exercer a fun??o de chefe de governo. Dar a express?o "O Rei reina, o Ministro governa".

O rompimento definitivo com o absolutismo favoreceu o desenvolvimento de nova política econ?mica, adequada aos interesses da crescente burguesia: optou-se pelo livre comércio, dando fim aos monopólios. Qualquer pessoa que tivesse recursos suficientes poderia iniciar uma atividade produtiva e comerciar livremente em qualquer regi?o de sua escolha. Isso estimulou grandemente a produ??o agrícola e manufatureira e fez com que a Inglaterra conseguisse reunir condi??es favoráveis para ser a pioneira na Revolu??o Industrial.

Breve cronologia da Idade Moderna

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Referências

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